A Secretária de Parcerias em Investimento, pasta que promove as concessões do sistema sobre trilhos, deverá iniciar o processo de concessão da Linha 10-Turquesa, a última operada pela CPTM no começo de 2025.
O ramal será leiloado junto com o projeto da Linha 14-Ônix, que a estatal projeta, mas que nascerá fora do seu escopo.
Segundo entrevista do secretário Rafael Benini dada ao canal CNN Money, a concessão das linhas 11, 12 e 13 (Lote Alto Tietê) terá seu edital publicado ainda em novembro. O leilão está previsto para o final de março de 2025.
O executivo afirmou que após o leilão dos três ramais, a pasta começará o processo para lançar a concessão das linhas 10 e 14.
A ideia é que sejam realizadas as primeiras audiências públicas para a concessão das linhas 10-Turquesa e 14-Ônix. Esta segunda linha deverá ser implantada como VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) cortando a zona leste de norte a sul.
A publicação do edital das últimas linhas da CPTM deverá ocorrer ainda em 2025. O leilão poderá ocorrer entre o final de 2025 e o começo de 2026.
Próximos trens regionais
Benini também trouxe previsões sobre os demais trens regionais (Trem Intercidades) que serão lançados. O serviço até Sorocaba será o próximo TIC a ser leiloado.
O TIC Sorocaba deverá ser o último dos leilões das rotas ferroviárias a entrarem em disputa. A rota de trens rápidos deverá promover uma ligação eficiente entre a Região Metropolitana de São Paulo e Sorocaba.
Investimentos
O governo prevê investimentos da ordem de R$ 37 bilhões com o leilão de todos os ativos. Para as linhas 11, 12 e 13 estão previstos investimentos de R$ 13,3 bilhões entre expansão e modernização.
Para as linhas 10 e 14 o montante previsto será de R$ 15 bilhões, alavancado principalmente pela construção da nova Linha 14-Ônix. A escolha por VLT torna o projeto mais barato e fácil de ser implantado, mas de eficiência duvidosa.
O TIC Sorocaba deverá ter investimentos mais simples, da ordem de R$ 9 bilhões. A menor quantidade de estações e um possível compartilhamento de faixa de domínio pode possibilitar a redução dos custos de implantação.
Tempo entre leilões
Uma das preocupações da Secretaria de Parcerias em Investimento é a realização de uma sequência de leilões que não possa exaurir a capacidade total de investimento do setor privado.
A proposta é acompanhar o clima do setor ativamente para soltar os novos projetos em momentos mais oportunos, possibilitando assim maior chance de sucesso aos projetos.
Sabem dizer se ja foi batido o martelo sobre a linha 14 ser um vlt? uma linha como essa, cortando a ZL como um vlt, mesmo que seja perimetral, realmente me parece mais do que duvidoso, parece um belo erro grotesco
o início do fim foi quando Dória e baldy entregaram as linhas 8 e 9. uma concessão que não deu certo, mas que o atual governador defende a empresa com unhas e dentes. tudo que envolve a empresa, quando sobe até a secretaria, fica por isso mesmo.
a politicagem junto com o lobby empresarial vai fazer regredir a malha ferroviária. isso já é visível nas linhas 8 e 9, as melhores da companhia. a PL do Tarcísio dando poderes a uma agência reguladora que a gente sabe que só atende os interesses das concessionárias, é toda uma política de desmonte do estado e de injeção de dinheiro público no privado. mas no Brasil, o verdadeiro pagador de impostos, quem realmente trabalha pra pagar o imposto e sustentar o estado, que cada vez ganha menos e tem seu poder de compra reduzido, parece não se importar e ainda defende com garra quem o oprime. essa é a atual realidade, e acho difícil mudar. parece q quanto mais apanha, mais gosta.
Talvez para quem não usa, tem burrinha do que é estatal e tem no Doria cover um corrupto de estimação a concessão das linhas restantes da CPTM é motivo de comemoração. Mas para quem se tornará refém dessas empresas agora é só lamentar e se preparar para pelo menos 25 anos de raiva. O Doria cover já deixou claro que não está nem aí com as demandas dos usuários e que vai ser pura festa de desperdício de dinheiro dos nossos impostos com generosos montantes de aporte financeiro sem retorno real e que teriam um resultado muito melhor se fossem investidos diretamente pelo estado na CPTM e não nos bolsos dos amigos (ou sócios).