A menos de um mês do aguardado pregão eletrônico que escolherá o fornecedor de 44 novos trens para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, o Metrô realizou a sessão de recebimento de propostas para o contrato de gerenciamento desse projeto.
Quatro grupos participaram da sessão, a Pólux Engenharia, o Consórcio Tekhites-Modera, o Consórcio EPM e o Consórcio TÜV Rheiland. A melhor proposta em termos de preço foi da Pólux, que pediu R$ 19,4 milhões pelo serviço.
A empresa terá três dias úteis para enviar planilha de serviço e preço além de documentos para habilitação, que serão analisados pela comissão julgadora.
Se for habilitada, ela assinará contrato com prazo de cinco anos de execução, onde acompanhará todo o projeto, fabricação e início de operação das novas composições da chamada Frota R.
Questionamentos numerosos
O pregão eletrônico marcado para 23 de dezembro decidirá qual será o fabricante das 44 unidades de seis carros que reforçarão a frota do Metrô de São Paulo.
A licitação tem levado muito tempo para ocorrer, após correções no edital e as dúvidas continuam a surgir, como pode ser atestado pelos relatórios de questionamentos de potenciais participantes.
Aparentemente, há uma certa apreensão quanto às regras para fornecedores estrangeiros, pelo teor das perguntas. Como o financiamento envolve o BNDES, é preciso cumprir algumas cláusulas para estar apto a contar com o recurso finaceiro.
A expectativa é que pelo menos a Alstom e a CRRC participem do pregão. A empresa francesa é a que está com maior atividade fabril no Brasil, graças às encomendas da ViaMobilidade e Linha Uni, além de contratos de exportação.
Mas a fábrica de Taubaté (SP) ficará ociosa por algum tempo após a entrega do último de 36 trens Série 8900 para as linhas 8 e 9. Por ora, a planta produz os 22 trens da Linha 6-Laranja, entre outros.
A chinesa CRRC, por sua vez, fornecerá trens para o Metrô de Belo Horizonte e para o Trem Intercidades Eixo Norte, neste caso por ser sócia da concessionária TIC Trens.
Normalmente, a fabricante utiliza suas unidades na China, mas já houve declarações sobre ter instalações no país.
Outros possíveis concorrentes como a espanhola CAF e a sul-coreana Rotem, que também já produziram no Brasil, estão atualmente com atividades reduzidas em nosso mercado.