Quatro grupos concorrem por contrato de supervisão de fabricação dos novos trens do Metrô

Licitação de gerenciamento de projeto dos trens da Frota R, que reforçarão as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, teve entrega de propostas na sexta-feira, 22
Trem do Metrô (Jean Carlos)
Trem do Metrô (Jean Carlos)

A menos de um mês do aguardado pregão eletrônico que escolherá o fornecedor de 44 novos trens para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, o Metrô realizou a sessão de recebimento de propostas para o contrato de gerenciamento desse projeto.

Quatro grupos participaram da sessão, a Pólux Engenharia, o Consórcio Tekhites-Modera, o Consórcio EPM e o Consórcio TÜV Rheiland. A melhor proposta em termos de preço foi da Pólux, que pediu R$ 19,4 milhões pelo serviço.

A empresa terá três dias úteis para enviar planilha de serviço e preço além de documentos para habilitação, que serão analisados pela comissão julgadora.

Se for habilitada, ela assinará contrato com prazo de cinco anos de execução, onde acompanhará todo o projeto, fabricação e início de operação das novas composições da chamada Frota R.

As propostas para gerenciamento do contrato de fabricação de 44 trens
As propostas para gerenciamento do contrato de fabricação de 44 trens

Questionamentos numerosos

O pregão eletrônico marcado para 23 de dezembro decidirá qual será o fabricante das 44 unidades de seis carros que reforçarão a frota do Metrô de São Paulo.

A licitação tem levado muito tempo para ocorrer, após correções no edital e as dúvidas continuam a surgir, como pode ser atestado pelos relatórios de questionamentos de potenciais participantes.

Aparentemente, há uma certa apreensão quanto às regras para fornecedores estrangeiros, pelo teor das perguntas. Como o financiamento envolve o BNDES, é preciso cumprir algumas cláusulas para estar apto a contar com o recurso finaceiro.

A expectativa é que pelo menos a Alstom e a CRRC participem do pregão. A empresa francesa é a que está com maior atividade fabril no Brasil, graças às encomendas da ViaMobilidade e Linha Uni, além de contratos de exportação.

Fábrica da Alstom em Taubaté
Fábrica da Alstom em Taubaté (Divulgação)

Mas a fábrica de Taubaté (SP) ficará ociosa por algum tempo após a entrega do último de 36 trens Série 8900 para as linhas 8 e 9. Por ora, a planta produz os 22 trens da Linha 6-Laranja, entre outros.

A chinesa CRRC, por sua vez, fornecerá trens para o Metrô de Belo Horizonte e para o Trem Intercidades Eixo Norte, neste caso por ser sócia da concessionária TIC Trens.

Normalmente, a fabricante utiliza suas unidades na China, mas já houve declarações sobre ter instalações no país.

Outros possíveis concorrentes como a espanhola CAF e a sul-coreana Rotem, que também já produziram no Brasil, estão atualmente com atividades reduzidas em nosso mercado.

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