A CPTM publicou na segunda-feira, 16, o extrato do contrato para a prestação de serviços técnicos de arquitetura e engenharia para a adequação de três passarelas na Linha 11-Coral.
Entretanto, o serviço a ser firmado pela CPTM já consta como obrigação prevista para a futura concessionária das linhas 11, 12 e 13, conforme mostra o anexo II.A do contrato de concessão.
Escopo
Os serviços preveem que a empresa selecionada realize sondagens, projetos básicos e executivos de três travessias no bairro de Guaianases.
Entretanto, os projetos estão previstos dentro da concessão das linhas 11, 12 e 13, de tal forma que a assinatura do contrato atual não gere benefícios para a CPTM
As passarelas atendem as regiões de Vila Gertrudes, Jardim Soares e Vila ABC, todas localizadas em uma área de aproximadamente dois quilômetros de extensão.
O grupo vencedor do certame foi o Consórcio ESG Urbes-Pentágono (EP) formado pelas empresas ESG Urbes Consultoria Técnica e Gestão Social SLU Ltda e Pentágono Serviços de Engenharia Civil e Consultoria Ltda.
O valor do contrato é de R$ 824,5 mil assinado em 10 de dezembro e possui duração de 18 meses, tendo seu término previsto para junho de 2026.
Conflito de atividades
Existe no referido contrato um choque de atividades entre empresa estatal e futura concessionária, de forma que o governo do estado vai custear indiretamente projetos que deveriam ser delegados à futura concessionária.
Prevista para ocorrer em 2025, a concessão das linhas 11, 12 e 13 prevê uma série de investimentos, dentre eles a implantação de novas passarelas, incluindo as três contempladas no projeto.
A suposta falta de articulação entre CPTM e SPI tem gerado questões bastante peculiares como o lançamento da licitação da Estação Guaianases pela estatal, que teve que voltar atrás e cancelar o projeto.
Na imagem abaixo até mesmo os consultores contratados tem dúvidas sobre a inclusão ou não do projeto.
Este seria mais um caso de licitação que deveria ter sido cancelada mas, por algum motivo, foi autorizada onerando o estado em mais de R$ 800 mil.
O resultado para a população poderá ser uma obra mais rápida, mas indiretamente, custeada mais uma vez com dinheiro público, algo que deveria ser evitado com a concessão para a inciativa privada.
Ou seja, falha da CPTM. Se a empresa fosse um primor de gestão como o Metrô, não teria esse tipo de problema.
Uma Palhaçada neh, a CPTM fazer o serviço e o setor privado pegar de graça só visando o lucro, e ainda tem quem defenda isso. E quem paga por isso somos nós pq o setor privado mesmo tá nem ai.