Em evento com ares eleitoreiros, o governador do estado Márcio França (PSD) percorreu um trecho de trilhos entre Campinas e Louveira com um trem fornecido pela concessionária de carga Rumo para lançar a ideia de estender a Linha 7-Rubi da CPTM de Jundiaí até a terceira maior cidade do estado.
Seriam mais 50 km de extensão adicionados à linha mas com disponibilidade de trens apenas em alguns horários do dia, segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos em nota enviada nesta terça-feira (04). A notícia parece ter pego de surpresa até pessoas envolvidas com o projeto do TIC (Trem Intercidades), bandeira lançada pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) que pretendia implantar um trem de média velocidade entre a capital e algumas cidades do interior, mas que está longe de sair do papel.
Agora, com a ideia lançada pela atual administração, pretende-se promover a eletrificação do trecho bem como a instalação de sistemas de sinalização e comunicação capazes de permitir que os trens da CPTM possam seguir viagem a partir de Jundiaí, onde hoje a linha termina. A participação da Rumo Logística, que é responsável pelos trilhos nessa região, pode envolver “o desenvolvimento dos projetos básico e executivo das obras de recuperação da via férrea e de energização da rede aérea”, de acordo com o governo.
Muitos “donos”
Acrescentar mais 50 km aos 60 km já existentes na Linha 7 faria com que ela tivesse uma extensão gigantesca e mais adequada a um trem regional com menos paradas pelo caminho além de velocidade média maior. Mas uma composição de trem metropolitano que percorresse todo esse trajeto, desenhado no final do século 19 para outro tipo de uso parece algo de improviso. Hoje as viagens entre Luz e Jundiaí mesmo quando diretas levam um tempo alto, de quase 2 horas. Esticar esse mesmo trem por mais 50 km certamente tornaria a viagem cansativa e muito demorada, talvez chegando perto de 3 horas, um tempo pouco atraente para potenciais usuários. O governador França, no entanto, afirma que esse percurso poderia ser feito em apenas 1 hora e 30 minutos, sem detalhar como os trens conseguiriam manter uma velocidade média de 73 km/h.
Um dos principais entraves para que o Trem Intercidades saia do papel está na faixa de domínio dos trilhos que seguem para o interior do estado. Concedidos à iniciativa privada pela União, eles têm como função primária hoje o transporte de carga, embora alguns trechos estejam subutilizados como o que liga Campinas a Jundiaí. Para que a CPTM possa utilizar esses trilhos é preciso firmar um convênio de cessão com o governo federal e a própria concessionária.
Além disso, nem todo o percurso tem condições de operar trens de passageiros, que atingem velocidades mais altas. Por isso será preciso corrigir o desenho da ferrovia para permitir que as composições atinjam um desempenho satisfatório. O TIC, inclusive, nasceu com propostas mais complexas e eficientes, mas que esbarraram num alto custo. A ideia inicial era traçar um novo caminho que fosse projetado para trens mais velozes. Isso incluiria mais túneis e elevados, o que faria o governo precisar desapropriar novas áreas.
Diante disso, pensou-se mais tarde em utilizar a faixa de domínio atual, com pequenas modificações, mas criar vias exclusivas para não gerar gargalos com os trens de carga. Novamente os valores ficaram proibitivos na visão do governo que passou a contar com a possibilidade de os trens de passageiros dividirem os mesmos trilhos com os de carga. Apesar disso, o custo para implantar a primeira linha do TIC está estimada em R$ 5,4 bilhões num trajeto de 135 km entre São Paulo e Americana. Isso se no futuro a CPTM não estiver operando linhas de centenas de quilômetros e viagens com duração de várias horas.
Com a infraestrutura atual da CPTM não dá.
Precisa implantar novas subestações, sinalização nova (pelo menos ATO), reduzir o bloco das vias e implantar 2 novas vias no leito atual para que não atrapalha a circulação dos trens paradores e viabilize as viagens expressas diretas.
Além disso, precisa de mais trens, frota própria. Não da para usar a frota da CPTM “emprestada” em linhas que ainda precisa de mais trens. Só fazendo tudo isso (que demandará alguns anos de obras) o trem regional se tornará viável. Fora isso, é só para inglês ver. Na teoria é bonitinho, mas na prática é inviável.
Ao invés de um trem até Campinas, pq não implantar os trens expressos nas linhas da CPTM, aproveitando os projetos que estão engavetados? Custo muito menor e vai beneficiar os 3 milhões de usuários diarios da linha + os do metrô, ajudando a reduzir a superlotação dos trens paradores.
E a construção de uma nova estação luz para desafogar e resolver o gargalo da região central?
Ao invés de resolver os problemas atuais da CPTM, querem arrumar mais gargalos…..
Basta prestar atençao na mesa com os 10 (dez) individuos (dentro d algum vagao festival), todos num imenso “lost time” tentando fazer cara d esperto, principalmente o magrelo narigudo, lado eskerdo da mesa na terceira posição, sorrindo e os demais somente fazendo figura.
Pois é, no conforto de um vagão especial é bem facil tomar decisões e viajar na maionese…
No dia 8 de Outubro pegam esse projeto surpresa e enfiam em uma gaveta pra nunca mais sair de lá de dentro.
Senhoras e Senhores:
em época de eleição, como agora – estamos em 05.9.2018 – com eleições para outubro deste ano – aparecem “milagres”…em discursos os políticos – em geral – “consertam” o brasil (assim mesmo em minúsculas, posto que país que põe fogo em patrimônio público literalmente…), prometem ferrovias, rodovias, obras e mais obras, mudanças nos impostos, etc Depois, eleitos, “não era bem assim”…isso não dá…faltam verbas, etc até quando isso hein???
Essa eu quero só ver. O pilantrinha do prefake quer levar a Linha 5 até o Ângela caso for eleito. Sequer terminaram a bendita extensão até Klabin, e querem prometer mais coisa, pra nunca sair do papel.
Quanto a extensão até Campinas, isso ainda é inviável prós trens regionais. O melhor seria modernizar a linha primeiro (quanto a mais trens, poderia ser viável manter a frota 1700/9500 na extensão)
Essa matéria nem deveria ser postada, não passa de uma mentira eleitoreira descabida….
Promessas,promessas e promessas, sou um entusiasta do transporte ferroviário mas até leigos sabem que não é tão fácil assim implantar uma extensão operacional “da noite para o dia”.
Como disseram ai nos comentários o que poderiam fazer pra “já” é a modernização da linha, basta vontade.
Um governo que tem grande dificuldades para inaugurar, a conta gotas, obras que eram para estar em pleno funcionamento há pelo menos 5 anos, deveria ter vergonha de se aproveitar de uma mentira dessas com objetivos flagrantemente eleitoreiros. Por essas e outras, não merecem minha confiança, menos ainda voto!
Promessas eleitoreiras são futuras mentiras concretas. Extremamente fácil é não acreditar naspromessas destes senhores e senhoras que estão a disputar cargos altamente benéficos a eles (as) mesmos.
Grande abraço