Um dos mistérios da controvertida Linha 17-Ouro pode estar perto de ser solucionado. Os monotrilhos que serão usados na linha devem começar, enfim, a ser entregues este ano, conforme revela reportagem da Revista Ferroviária, especializada no setor. De acordo com a publicação, a empresa malaia Scomi prometeu para agosto a entrega do primeiro trem dos 24 previstos para o ramal (quando estiver completo).
Ainda segundo o artigo, “caixas e componentes estão prontos”, faltando a montagem de sistemas e testes. A Scomi também revelou que lançará a pedra fundamental de sua fábrica no Brasil localizada em Taubaté, região leste do Estado de São Paulo. O local deverá começar a funcionar a tempo de receber a primeira composição, mas terá como principal função fabricar a maior parte dos trens da Linha 17 e também da Linha 18-Bronze, cujo início de construção está indefinido.
Parceria em xeque
O caso da Scomi lembra o da sul-coreana Rotem que teve que abandonar sua parceria local, a IESA, para tocar uma unidade própria em território nacional (que será inaugurada no mês que vem). A fabricante malaia também contava com a ajuda de uma empresa brasileira, a fluminense MPE, que trabalhou na reforma dos trens do Metrô. Porém, rumores apontam que o trabalho não evoluiu e agora a própria Scomi tomará à frente do negócio.
De fato, para a empresa asiática, o Brasil virou um caso especial: ela não é apenas fornecedora de duas linhas, mas parceira de outras empresas no país, seja como sócia do consórcio Monotrilho Integração (Linha 17) ou na sociedade que forma o consórcio ABC Integrado, que venceu a PPP da Linha 18, além de ter mostrado interesse em participar da concessão das Linhas 5 e 17. Embora sua parte nos dois negócios não envolva a parte civil, é interesse dela que ambos saiam do papel. Ter uma unidade no país certamente ajudará nesse sentido.
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