O Metrô decidiu multar a fabricante Scomi Engineering BHD, que era responsável pelo fornecimento dos trens de monotrilho da Linha 17-Ouro, além de sistemas relacionados. O valor da sanção é de R$ 88 milhões além de suspendê-la de participar em licitações por dois anos, assim como suas sócias no consórcio. A decisão é administrativa, portanto ainda cabe recurso da empresa que está sob intervenção na Malásia.
A Scomi fazia parte do consórcio Monotrilho Integração, formado também pela MPE, que faria a montagem dos trens no Brasil, e as construtoras Andrade Gutierrez e CR Almeida. O grupo venceu a licitação principal para construir a Linha 17 que previa uma extensão de quase 18 km e 24 trens do monotrilho. Mas o projeto acabou reduzido para menos de 8 km e 14 trens quando o governo do estado não conseguiu recursos para as fases 2 e 3 que levariam o ramal até a região do Morumbi de um lado e Jabaquara do outro.
A fabricante malaia derrotou a Bombardier no certame e pretendia expandir sua atuação no Brasil que incluía também um monotrilho em Manaus e na Linha 18-Bronze. Mas a lentidão das obras e a saída da MPE do consórcio acabaram alterando o cronograma de fabricação das composições. A Scomi passou a ser responsável única pelo material rodante e anunciou que construiria uma fábrica no país para reafirmar seu interesse nos projetos. Também levou técnicos do Metrô para conhecer um “protótipo” do monotrilho da Linha 17 em Kuala Lumpur.
Foi quando surgiu um impasse entre a contratada e a companhia. A Scomi dizia na época que o primeiro estava prestes a ser concluído e tentava receber algum adiantamento por isso, mas o Metrô, sem ter onde colocar os monotrilhos, não autorizou qualquer entrega. Mais tarde soube-se que não havia trem algum. Questionada pelo site, o representante no Brasil afirmou também que os trabalhos de instalação de sistemas estavam ocorrendo, mas nada se via nos canteiros.
Novo fornecedor
O governo tentou intermediar a troca da Scomi pela BYD, que teria interesse no projeto, mas a ideia acabou engavetada após a rescisão do contrato com o consórcio neste ano. Agora, o Metrô promete lançar uma nova licitação em junho para selecionar o novo fornecedor dos trens e sistemas e que terá que adaptá-los aos padrões da fabricante malaia, que forneceu as especificações técnicas das vigas-trilho.
Nota: Nota alterada em 06 de junho de 2019 a pedido da MPE que argumentou ter deixado o consórcio em acordo com os demais sócios e com o Metrô de São Paulo.
esta empresa SCOMI deveria ser processada na esfera CRIMINAL e TODOS os seus diretores serem condenados a revelia a penas severas de cadeia e os nomes deles colocados no alerta VERMELHO da INTERPOL !!