O termo “monotrilho” foi usado pelo governo do estado de São Paulo e pela concessionária GRU Airport durante o anúncio de implantação do sistema, que ligará a Linha 13-Jade aos terminais do Aeroporto de Guarulhos, porém, ele é um pouco impreciso. A razão é que esse tipo de modal não se resume apenas a trens que circulam por vigas de concreto como ocorre na Linha 15-Prata, do Metrô.
Na verdade, a denominação mais correta a ser usada nesse tipo de transporte é “Automated People Mover” ou “People Mover“, algo como “transportador de pessoas automatizado” numa tradução livre. E eles não são exclusivos de aeroportos. Podem ser vistos em parques de diversão ou em áreas centrais de cidades como na americana Detroit, por exemplo. Em comum, esses trens possuem uma operação remota que dispensa condutores e, nos casos dos aeroportos, geralmente tem poucos assentos para permitir que os passageiros possam acessá-lo com malas volumosas.
Há desde sistemas pagos e de grande extensão como o AirTran que serve o aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, como também linhas gratuitas dentro e fora dos aeroportos assim como percursos subterrâneos e elevados. Os tipos de propulsão também variam de sistemas elétricos com terceiro trilho, passando por mecanismos pneumáticos como o do Aeromóvel de Porto Alegre e até o avançado Maglev existente no aeroporto de Incheon, em Seul – em que o trem “levita” sobre o trilho graças ao uso de magnetos.
Por isso não se deve estranhar caso a GRU Airport contrate um sistema que pouco se assemelhe ao monotrilho como os que estão em construção em São Paulo e futuramente em Salvador. O “people mover” que será construído a partir de setembro poderá usar trilhos convencionais, pneus, o próprio monotrilho ou até estruturas metálicas com trens movimentados por cabos, caso da empresa alemã Doppelmayr Cable Car que é fornecedora dos aeroportos de Toronto, Cidade do México e do Metrô de Caracas.
Como pode ficar o “people mover”
Em geral, os “people mover” possuem recursos semelhantes ao que vemos nas Linhas 4-Amarela e a já citada Linha 15 como portas de plataforma e sinalização por CBTC. Pelas poucas informações divulgadas pela GRU Airport, o sistema de 2,6 km que será implantado no aeroporto terá duas vias e quatro estações. Pelo desenho divulgado durante o anúncio do dia 28 de maio, as estações deverão ficar a uma altura considerável do solo para permitir que os passageiros possam chegar aos terminais de forma mais acessível.
A estação do Terminal 1, o conhecido “puxadinho” onde opera a companhia aérea Azul, ficará em frente a área de estacionamento de ônibus e táxis. Como o terminal foi adaptado de um galpão de carga não se sabe se o projeto englobará uma passarela até dentro da área de embarque e desembarque ou se os usuários deixarão o “people mover” ainda do lado de fora.
Certamente a mais movimentada das quatro paradas, a estação em frente ao Terminal 2 será construída sobre a área de desembarque e poderia ter uma passarela que leve os passageiros diretamente para a ala de embarque, em frente aos bloqueios de acesso à area controlada. Já a última estação, do Terminal 3, é a única que possui uma área prevista em projeto, ao lado do edifício-garagem.
De acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia, oito empresas mostraram interesse em assumir o projeto e construção do “people mover”, mas sem divulgar quais são elas. Entre as fabricantes desse tipo de modal existem nomes conhecidos como a Bombardier, Siemens, Rotem, Mitsubishi e Ansaldo, além do grupo brasileiro Coester, que fabricou o Aeromóvel de Porto Alegre.
Deveriam aproveitar que irão fazer esse monotrilho até o aeroporto, extender até o terminal Bom Sucesso, passando pelo terminal são João também, essa periféria de Guarulhos está esquecida e abandonada…..
Para a Linha 14 – Ônix da CPTM, Será o Aeromóvel Com Ligação do Bairro Sul-Paulistano do Campo Belo até o Centro de Santo André, no ABC Onde Será a Partida do VLT Que Vai Se Estender Até o Bairro Guarulhense do Taboão
É mais ou menos assim mesmo..Lamentavelmente, consideração / planejamento zero.
O azar e o ônus é sempre td do cidadão…
Moro na região de Detroit, e o people mover aqui utilizado, é uma rota circular que atende aos principais pontos do centro da cidade. É bastante útil e barato, mas em uma situação onde as pessoas não estão com bagagens, o que permite o PM ter um tamanho pequeno e adequado, além da demanda ser pequena. Imagino que para o sistema em SP, o tamanho dos vagões terá que ser um pouco maior do que os PM convencionais, prevendo um passageiro com uma ou duas malas.