Chega ao Brasil nesta quinta-feira (05) o primeiro trem da Série 2500 adquirido pela CPTM para ser usado na Linha 13-Jade. Fabricado pela empresa CRRC-Sifang na China, o novo trem havia sido enviado em junho e tinha previsão de desembarcar em Santos no mês passado, mas o navio só atracou no porto nesta quarta-feira.
Segundo a CPTM, o trem será transportado por carreta até a Oficina Presidente Altino, em Osasco, onde passará por vários testes no sistemas elétrico, mecânico e de sinalização para então ser enviado para a Linha 13, que liga o sistema metroferroviário ao Aeroporto de Guarulhos.
A grande questão está no tempo que esses testes precisarão para estarem aptos à operar. As séries mais recentes recebidas pela CPTM tiveram um período de testes extremamente longo. A Série 8500, fabricada pela CAF, por exemplo, só entrou em serviço um ano depois de ser entregue para a companhia. Detalhe é que a fabricante espanhola já havia produzido dezenas de trens para a CPTM e deveria em tese estar preparada para atender os requisitos da cliente.
Há uma grande expectativa sobre os novos trens da Série 2500, os primeiros a contar com bagageiros sobre os assentos e entre as passagens dos vagões. Eles também trazem como diferencial um mapa dinâmico de estações e botão de abertura das portas, inéditos em São Paulo, além de serem importados, ao contrário dos atuais trens operados pela CPTM, todos montados no país – com exceção de composições mais antigas como a Série 2100.
Caso sua adaptação seja rápida e a qualidade, acima da média, será um duro golpe na indústria ferroviária “nacional”, na verdade, diversas empresas estrangeiras com áreas de montagem no Brasil. Já na licitação da Série 2500, a desvantagem de preço ficou nitida. Tanto Rotem quanto CAF, que têm unidades no interior de São Paulo e estavam fabricando trens na época, pediram muito mais pelas oito unidades encomendadas pela CPTM, R$ 10 milhões e R$ 80 milhões, respectivamente.
Desconto
Em relação aos trens chineses, a entrega da primeira unidade ocorrerá pouco mais de dois anos após a assinatura do contrato, em 2017. Segundo o edital da licitação, todos os trens deveriam ter sido entregues até julho, no entanto, mas o atraso da fabricante chinesa é pequeno se comparado ao que Rotem e CAF praticaram na encomenda de 65 unidades.
A CAF, aliás, ainda deve um trem da Série 8500 para a CPTM e que estava prestes a ser enviado, segundo revelou o perfil Paparazzi Ferroviário recentemente (veja abaixo). A fabricante espanhola, aliás, teve seu contrato reduzido em R$ 656 mil nesta semana, passando a constar um valor total de R$ 1.010.822.474, 92 para entregar 35 composições, pouco para uma empresa que levará quatro anos para fornecer esses trens.
Muito bonita esta composição. Parece bem acertada em relação aos bagageiros.
Nossa, então é mais barato importar? E porque essa diferença absurda entre as “nacionais”? 70 milhões de diferença é muita coisa… A diferença de qualidade das linhas 8500 e 9500, para efeitos de comparação, é mínima.
Porque não subiram esse trem pela Santos-Jundiaí?
As composições são bonitas.
Diferença de 70 milhões de reais entre as que são produzidas no Brasil e as chinesas…
Imaginem o quanto de mãos devem ser molhadas para produzir por aqui…