O Metrô voltará a aproveitar o período de férias em janeiro para realizar uma nova intervenção no túnel de ligação das estações Consolação (Linha 2-Verde) e Paulista (Linha 4-Amarela). Trata-se da readequação das duas esteiras restantes que ficam no corredor logo após a plataforma de Consoloção.
O objetivo, segundo a companhia, é deslocá-las 37 cm em direção às paredes do túnel e assim ampliar o espaço para os usuários que circulam sem utilizá-las. Pode parecer pouco, mas esse acréscimo deve permitir uma circulação mais confortável e um dos pontos mais estrangulados do sistema atualmente.
Semanas após as estações Santa Cruz e Chácara Klabin passarem a receber a Linha 5-Lilás, o Metrô decidiu retirar dois conjuntos de esteiras que eram utilizados em ambos sentidos. Na época, a ideia era ampliar a circulação que em tese deveria ter sido reduzida com a conexão com o ramal da Zona Sul. Sem poder isolar a área por muito tempo, a companhia acabou retirando as esteiras sem recolocar o conjunto restante.
Os trabalhos começarão na madrugada desta quinta-feira, 2 de janeiro, e devem se estender por todo o mês, informou o Metrô. Na primeira semana de obras, haverá uma redução da faixa de uso em 50%, mas na semana seguinte o espaço bloqueado será menor, evitando maiores transtornos durante os dias úteis – nos fins de semana, a interdição voltará a ser de metade do espaço.
Esteiras sobrando
Quando retirou as quatro esteiras com cerca de 80 metros de comprimento, o Metrô chegou a cogitar usá-las na estação Clínicas, da Linha 2, e onde facilitaria os deslocamentos de usuários que utilizam o Hospital das Clínicas. Mais tarde, o governo aventou a possibilidade de instalá-las em uma enorme passarela que ligaria a estação Aeroporto Guarulhos, da CPTM, aos terminais do aeroporto, mas desistiu em favor de um People Mover. Até o momento, não se sabe qual será o destino do equipamento, raridade na rede metroferroviária paulista.
A ligação entre as duas estações têm sido uma dor de cabeça de longa data para a companhia dada a grande demanda das duas linhas. Nos horários de pico o movimento é tão grande que foi apelidado de “marcha dos pinguins” por um ex-presidente do Metrô. A solução definitiva, segundo a empresa, é a construção de um novo túnel que assumirá o fluxo entre a Linha 2 e Linha 4, mas o projeto ainda está no início e sem previsão de conclusão.