A situação das obras nas estações da Linha 17-Ouro: Aeroporto de Congonhas

Obras da estação mostraram avanços na complementação da cobertura e na instalação das escadas rolantes. Ações da construtora estão focadas no acabamento
Estação Aeroporto de Congonhas (Jean Carlos)

Ao longo das últimas semanas, fizemos o acompanhamento das obras da Linha 17-Ouro desde a estação Morumbi até a estação Washington Luís. Com andamento das obras bastante lento, a previsão para a operação do ramal de monotrilho ainda é incerta.

Nesta última matéria faremos a análise da estação Aeroporto de Congonhas que fará a integração dos trilhos com o sistema aeroportuário.

No mês de agosto de 2022 estivemos na estação para observar o andamento das obras. Na ocasião em questão não foi possível ver a presença de nenhum funcionário no canteiro de obras.

O corpo da estação está completamente construído e contava com cobertura parcialmente implantada. Era possível também ver parte da estrutura em alvenaria da estação que abrigará salas técnicas e operacionais.

Algumas escadas rolantes estão implantadas na estação, sendo quatro delas visíveis. A estação Aeroporto de Congonhas será diferente das demais obras, uma vez que não deverá ter um nível intermediário, sendo o mezanino localizado no nível do solo.

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Já em novembro de 2022 a estação sofreu alguns avanços mais significativos. A cobertura da estação foi finalizada e as escadas rolantes aparentemente tiveram partes dos componentes montados, como os corrimãos em borracha. Todas elas encontravam-se descobertas sem as lonas.

A estação Aeroporto de Congonhas ainda conta com um túnel de integração que permitirá acesso direto ao aeroporto. Porém, não é possível visualizar  essa integração pelo lado externo da estação.

Segundo o relatório de empreendimentos do Metrô atualmente a estação avança com os serviços relativos ao acabamento dos bicicletários

Confira também as obras das demais estações:

Conclusão

Ao realizar o acompanhamento de todas as estações da Linha 17-Ouro, é possível tomar duas conclusões importantes sobre as obras. O primeiro ponto a se destacar é de que o modal adotado não interfere diretamente no curso das obras, a exemplo da estação Morumbi, que tem maior porte e está pronta antes de todas as outras estações.

O segundo ponto a ser destacado é a falta de celeridade crônica das obras do restante das linhas. O que se pede aqui não é um milagre, mas minimamente o básico que uma empreiteira de grande porte faça em prol de uma obra pública.

É bastante contrastante observar que o Metrô consegue imprimir grande eficiência nas obras das linhas 2-Verde e 15-Prata enquanto o monotrilho da Zona Sul sofre para ter um prazo de conclusão.

Cabe também citar que a Linha 17-Ouro faz parte do pacote de linhas concedido à Viamobilidade como parte do repasse da Linha 5-Lilás à iniciativa privada. 

Se por um lado o Metrô não deverá arcar diretamente com os eventuais problemas no pós-obras, o estado certamente será punido com a receita frustrada pelas centenas de milhares de passageiros que não puderam utilizar o ramal de monotrilho.

Até agora não há um prazo definido para a conclusão do primeiro trecho. Isso denota que, de fato, falta compromisso com o dinheiro do contribuinte, e ainda mais, gera descrédito a sociedade quanto a eficácia do modo de transporte, suscitando teorias conspiratórias que alimentam os grande conglomerados rodoviaristas, tal como aconteceu com a Linha 18-Bronze.

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