Em reportagem publicada neste domingo, 27, pelo jornal Folha de São Paulo, a construtora espanhola Acciona afirmou que está buscando financiamentos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas também em outros bancos, nacionais e estrangeiros, para levantar R$ 8 bilhões para tocar as obras da Linha 6-Laranja (Brasilândia – São Joaquim).
Para o presidente da empresa no Brasil, André de Angelo, o momento é de otimismo em relação à retomada da economia do país e há espaço para buscar novas parcerias com o setor público. O executivo previu que haverá operários trabalhando de forma simultânea nas obras das 15 estações e que deve contar com 3.000 funcionários nos canteiros a partir de março de 2021, atingindo um total de 9.000 trabalhadores em março de 2024 – um ano antes da abertura do ramal.
A Acciona assumiu as obras da Linha 6 em outubro e deve entregá-la a população em 2025. A concessionária, denominada Linha Universidade, também será responsável pela operação do ramal Laranja. A concessionária Move SP, que foi a parceria original do governo na obra da linha 6 , não conseguiu obter empréstimos junto ao BNDES e este foi um dos motivos por ter abandonado as obras e, posteriormente, vendido a concessão à Acciona.
Ajuda espanhola
No final de novembro, a secretária de estado do Comércio da Espanha, Xiana Méndez, visitou os canteiros da Linha 6 em São Paulo e revelou que o governo do país europeu avalia apoiar o empreendimento com alguma linha de financiamento.
A obra é a maior já tocada pela Acciona em sua história, o que fez a Méndez cogitar a ajuda. “O governo tem vários instrumentos para projetos no exterior e analisamos vários deles. Estamos entusiasmados e acreditamos que é possível contribuir com instrumentos de capital, com empréstimos com cobertura de risco”, afirmou.
A Acciona está oferecendo como garantia nesses empréstimos as futuras receitas tarifárias e não-tarifárias que serão geradas pela operação da Linha 6, onde será responsável pela operação por 19 anos.