A Acciona concluiu nesta semana a escavação em rocha da futura estação João Paulo I, da Linha 6-Laranja de metrô. Localizada ao norte da estação Freguesia do Ó, que também está sendo aberta pelo mesmo método, a nova parada já teve o poço de acesso e as extensões de túneis para as plataformas finalizados, segundo relatos de funcionários da construtora.
A equipe responsável pelo trabalho comemorou o feito nesta sexta-feira, 10, que contou com nada menos que 110 detonações de explosivos, no que foi chamado pelos presentes como o “recorde de maior detonação em rocha em área urbana da cidade de São Paulo”.
As escavações haviam começado em 2015 ainda quando o consórcio Move São Paulo era responsável pela Linha 6, mas as atividades foram interrompidas pouco depois. A Acciona retomou o canteiro no final de 2020, ou seja, 18 meses depois essa etapa foi concluída.
Foram retiradas do local nada menos que 70 mil m³ de rochas que exigiram 6,6 mil viagens de caminhões. Ao todo 58 toneladas de explosivos foram utilizados no processo, que exige alertas prévios nos arredores. Após as detonações, o material é içado e levado para depósitos. Algumas dessas rochas da obra acabam sendo utilizadas na produção de concreto do próprio empreendimento, segundo relatos de um funcionário ouvido pelo site.
As estações ao norte do Rio Tietê estão sendo construídas em solo rochoso, o que exige técnicas de escavação diferentes das vistas em regiões próximos ao centro da capital. Também a tuneladora norte, segundo tatuzão do ramal, foi fabricado para escavar em rocha. Ele deve partir nos próximos meses em direção à estação Brasilândia.
A Linha 6-Laranja terá 15,3 km de extensão e 15 estações entre a região da Brasilândia e a estação São Joaquim, onde se conectará à Linha 1-Azul. A previsão é que o ramal comece a funcionar em outubro de 2025, a despeito de o acidente com o interceptor de esgoto ter interrompido os trabalhos do primeiro tatuzão há quatro meses. A linha será operada pela concessionária LinhaUni, controlada pela Acciona.