A entrega da estação Vila Sônia na sexta-feira (17) marcou o fim de um dos projetos mais atrasados da malha metroferroviária de São Paulo, mas o governo do estado ainda tem alguns ‘abacaxis’ para resolver no segmento de trilhos.
Um deles é a estação Varginha, da CPTM, prometida para ser concluída dentro de um ano. A obra ganhou mais ritmo e faz crer que até pode ficar pronta perto desse prazo, o que seria um alívio na longa espera pela Linha 9-Esmeralda no extremo sul da capital.
A grande dor de cabeça que resta para a gestão Doria, no entanto, continua sendo a Linha 17-Ouro. O monotrilho da Zona Sul está perto de completar 10 anos em obras sem que exista um cronograma público suficientemente confiável para sua conclusão.
Nos últimos meses, integrantes do governo têm feito previsões desconexas, mas as informações mais recentes parecem convergir para um início de operação real em algum ponto de 2024.
A mais nova declaração a respeito do ramal foi feita por Paulo Galli, secretário dos Transportes Metropolitanos, durante a cerimônia de acionamento do primeiro tatuzão da Linha 6-Laranja.
O chefe da pasta, instado por um repórter da TV Globo, tentou esclarecer o assunto, porém, citou datas diferentes em relação à uma entrevista anterior.
Segundo Galli, o primeiro trem produzido pela BYD SkyRail na China, deve embarcar para o Brasil em setembro de 2022 e que a Linha 17 deverá abrir em 2023 ou “um pouco mais para frente”.
O executivo também revelou que será assinado um aditivo contratual com o consórcio Monotrilho Ouro (KPE e Coesa) para corrigir (para cima) os valores por conta da alta do preço do aço. De acordo com Galli, isso impactou no atraso da montagem das estruturas metálicas das estações e pátio, mas que isso será resolvido já no começo de 2022 quando as obras deverão ganhar velocidade.
Novo contrato de enegia
Analisando as diversas informações compartilhadas não apenas pelo governo Doria como também pela própria BYD, o que se constata é que a entrega dos trens não deve ter grandes alterações em relação ao cronograma oficial.
O primeiro trem, chamado de cabeça de série, começará a ser montado em janeiro e ficará pronto em março, quando então passará por testes na China em uma via adaptada para o padrão existente em São Paulo e implantado pela Scomi, fornecedora do original das composições.
Esse primeiro monotrilho rodará avaliando sistemas e todos os requisitos do Metrô de São Paulo. Conforme afirmou o diretor da BYD Alexandre Barbosa, uma equipe da companhia deverá ir à China no segundo semestre para aprovar o projeto. Enquanto isso, uma composição, que pode não ser a cabeça de série, será embarcada em um navio para o Brasil.
A chegada pode ocorrer em dezembro, conforme consta no planejamento original, sendo então levada para o pátio Água Espraiada. Daqui a um ano, acredita-se que o Metrô conseguirá finalizar boa parte da estrutura de manutenção a fim de acomodar o primeiro trem.
Nesse meio tempo, o consórcio Monotrilho Ouro deverá ter avançado bastante com a obra civil, deixando boa parte das estações pronta para receber sistemas como portas de plataforma, telecomunicação e sinalização, todos a cargo da BYD.
Entraríamos então em 2023, quando seria possível iniciar os testes in loco com o monotrilho. Claro, desde que o Metrô resolva uma importante questão, a alimentação de energia do ramal, cujo contrato original está prestes a ser rescindido enquanto uma nova licitação é lançada.
Enquanto esse projeto não evolui, o Metrô deve utilizar algum tipo de solução provisória, suficiente para energizar as vias para os testes. O novo contrato de alimentação, se for assinado ainda no primeiro semestre de 2022, deve ser entregue por volta de 2024, quando provavelmente a Linha 17-Ouro passaria a ter uma operação completa em seu trecho prioritário de oito estações.
Vale lembrar que a descrição acima é apenas um exercício mental baseado em várias informações, algumas não tão confiáveis. Por isso, ainda é arriscado cravar uma data mais precisa, embora possa-se dizer com certa segurança que o ramal de monotrilho conseguiu superar a maior parte dos seus problemas.
Saiu um novo vídeo. Esse é de novembro. As estações estão sem cobertura e o ritmo continua mesmo de meses atrás.
PSDB mais e mais fazendo o embromation de sempre. Vende logo SP pra China oras
Pois é, o grande responsável por toda essa confusão e atraso agora quer ser vice-presidente!
O atual Secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, usa dos mesmos artifícios dos anteriores, ou seja faz compromissos sobre o futuro do presente de algo imprevisível!!!
Da mesma forma concordando com o sr. Paulo Meca quando diz; “Nós precisamos terminar os projetos. Não adianta a gente ficar bombardeando” (Se referindo a Linha 15-Prata). Mas se são os próprios dirigentes que ficam prometendo inumeráveis linhas novas sem concluir as iniciadas, ou seja se fala uma coisa e se faz outra! esta Linha 17-Ouro mesmo está incompleta nos dois extremos, por que substituíram a Linha-18 Bronze por BRT?
Primeiro constrói uma linha de cada vez, concluam as que estão por incompletas e somente após isso que se comece novas implantações.
NÃO PULAR ETAPAS! Um dos maiores erros crônicos persistentes do Metrô é fazer o uso político e tentar construir várias linhas ao mesmo tempo, conhecendo a histórica instabilidade política econômica do nosso país.
É pq funciona e dá voto. Não é à toda que o PSDB está há tanto tempo no governo. Às vésperas das eleições eles prometem colocar estação de metrô no bairro do cara e fala que se a oposição vencer, o metrô não sai. O cara vota no PSDB, eles vencem e o metrô não sai mesmo assim.
Já passou da hora do povo votar em outro partido pro governo de SP.