Alstom e CRRC agilizam entrega de novos trens da Linha 15 enquanto BYD tem meta difícil

Fabricante francesa já trouxe quatro dos 19 trens de monotrilho ao Brasil, já empresa chinesa precisa enviar 12 composições até o final do ano
Trens da BYD e Alstom em montagem na China
Trens da BYD e Alstom em montagem na China (CMSP)

Não se trata de uma “corrida”, mas o fato que duas fabricantes de monotrilhos estejam no meio de envios de trens fabricados na China ao Brasil criou uma espécie de “competição informal” para ver qual delas consegue entregar sua encomenda o quanto antes.

A Alstom, com a ajuda da CRRC, tem 19 novos trens para serem entregues a Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo até o final de 2026.

Já a BYD possui um contrato para fabricar 14 unidades do Skyrail, monotrilho de cinco carros para a Linha 17-Ouro, e entregá-las até dezembro deste ano.

Interior de um dos carros do trem N03 (CMSP)

Mas na prática, a empresa francesa está mais adiantada. Quatro trens da Frota S já estão no Pátio Oratório, na Zona Leste de São Paulo e a 11ª composição (S38) se encontra em montagem na China, conforme imagem compartilhada pela companhia.

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Nenhum desses trens começou a prestar serviço na Linha 15, no entanto, mas isso pode ocorrer em breve, abrindo a chance de uma redução no intervalo do ramal, que hoje é de 180 segundos.

O S38, 11º trem novo da Linha 15 em fabricação na China (CMSP)

Prazo apertado

A BYD, por sua vez, trouxe até o momento dois trens ao Brasil, que estão no Pátio Água Espraiada. O terceiro deles tinha previsão de partir da China em abril para chegar a Santos em junho.

Como existe ainda uma certa burocracia alfandegária para liberar a composição no porto, imagina-se que o N03 só chegará ao pátio por volta de agosto.

Trem N03 deve embarcar para o Brasil neste mês (CMSP)

Há tempo hábil para que as nove unidades restantes sejam entregues até o final de 2025, mas talvez o cronograma possa atrasar.

O que não seria algo tão impactante já que a Linha 17-Ouro, mesmo que inicie o serviço em junho do ano que vem, não deve precisar de tantos trens no início.

Quem sabe a BYD não “ultrapasse” sua concorrente no segundo semestre e termine o ano com mais trens de monotrilho entregues que a Alstom.

4 comments
  1. Nossas Alfandegárias são uma coisa de outro mundo realmente..

    Como ter burocracia com um produto do governo e da população, que é testada e retestada para um uso público , não consigo entender porque demora tanto pra liberar um produto desses.

    1. A burocracia alfadegária é necessária para garantir que o produto que chegou é exatamente o mesmo que está na nota fiscal. As empresas estão cientes do tempo de desembaraço, e devem incluir nos prazos de entrega. Se a fabricação atrasa, não adianta culpar as autoridades alfandegárias de atrasar o processo

  2. Sempre dou graças a Deus pela BYD ter vencido esse contrato de trens e sistemas e não aquela bomba de consórcio Signalling, que tinha a falida Itapemirim liderando. A Linha 17 não ia ficar pronta nunca.

  3. Não se pode comparar maçãs com laranjas! Não há uma concorrência aqui, a L15 já opera e os novos trens são para melhorar o headway com a abertura dos novos trechos.
    Já a L17 necessita urgentemente dos trens para que possa entrar em operação.
    Mas caso queira fazer comparação, acrescente quando os contratos foram assinados, qual a estimativa dada pelas empresas, qual o impacto do atraso, entre outras coisas

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