Alstom triplica tamanho de fábrica em Taubaté para produzir 170 trens

Fabricante irá fornecer os 22 trens da Linha 6-Laranja e 38 composições que serão usadas pela ViaMobilidade nas linhas 8 e 9, além de clientes internacionais
Fábrica da Alstom, em Taubaté (Jean Carlos)

A Alstom, fabricante francesa de trens, inaugurou nesta segunda-feira, 7, a ampliação de sua unidade em Taubaté, interior de São Paulo. No local, que já havia assumido os principais projetos da empresa no Brasil no lugar da antiga fábrica da Lapa, serão feitos os novos trens da Linha 6-Laranja, Linha 8-Diamante e Linha 9-Esmeralda, entre outros projetos.

Segundo a fabricante, há pedidos para 170 trens, o que motivou a empresa a triplicar a área construída, que passou a contar com 60 mil m². O investimento na planta foi de R$ 100 milhões e incluiu também a transferência das áreas antes locadas na capital paulista.

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Inaugurada em 2015, a unidade produziu 27 carros Citadis do VLT do Rio de Janeiro e também trens do modelo NS16 do Metrô de Santiago, no Chile. Agora, no entanto, a lista de clientes é bem mais ampla e complexa, daí a necessidade de preparar Taubaté para produzir quase 1.000 vagões (carros) até 2028.

Para o Brasil, os clientes são a LinhaUni, concessionária da Linha 6-Laranja de metrô, que receberá 22 trens do modelo Metropolis, e a ViaMobilidade, que encomendou 36 trens também do mesmo modelo, porém, com oito vagões, que já estão sendo montados.

Além das clientes nacionais, a Alstom também produzirá 37 trens para a Linha 7 do Metrô de Santiago, 13 trens (78 vagões) para a Linha 5 do Metrô de Bucareste (Romênia), 35 trens Metropolis para a Linha 7 do Metrô de Taipei (Taiwan) e outras 29 composições do mesmo tipo para a Fase II da Linha Circular para a capital de Taiwan.

Projeção mostra como será o trem da ViaMobilidade (Alstom)

A indústria da mobilidade é atividade essencial para o mercado mundial e para a sociedade em geral. Temos buscado oportunidades estratégicas para continuar crescendo e apoiando comunidades na transição para o transporte de passageiros e de carga com emissões baixas e zero. Celebrar a expansão desta fábrica no Brasil é extremamente importante para reforçar nossa posição como referência global em mobilidade sustentável e inovadora, qualidade e satisfação do cliente na indústria metroferroviária”, afirmou Henri Poupart-Lafarge, CEO e Presidente do Conselho da Alstom.

Atualmente, a Alstom é uma das poucas fabricantes de trens instalada no Brasil que está com a produção ativa. A CAF, Hyundai Rotem e a antiga unidade de Hortolândia da Bombardier (hoje parte da Alstom) não têm encomendas conhecidas. Além dela, a brasileira Aeromovel iniciou os trabalhos de fornecimento de três People Mover para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

O setor ferroviário aguarda uma licitação do Metrô de São Paulo para a aquisição de 44 novos trens que serão usados na expansão da Linha 2-Verde, mas cuja publicação ainda não foi revelada.

 

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4 comments
  1. A aquisição dos novos 44 trens para a L2-VERDE pela CMSP pode ter certeza que vai ser de uma empresa da CHINA ,a Alstom não tem qualquer chance na disputa de licitação de fornecimento de trens

  2. A planta de Hortolândia não é a dos trens do monotrilho da L15? Com os prolongamentos e novo pátio o metrô ainda não deu ordem de serviço para o consórcio produzir novas unidades?

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