André Isper assume a fortalecida Artesp, agência de transporte público do estado

Ex-secretário executivo de Parcerias em Investimentos passou a ser o diretor-presidente da agência que regulará o transporte público no estado
André Isper, novo diretor-presidente da Artesp (GESP)
André Isper, novo diretor-presidente da Artesp (GESP)

Após ampliar a atuação da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) semanas atrás, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) indicou o secretário executivo de Parcerias em Investimentos, André Isper Rodrigues Barnabé, para ser seu diretor-presidente.

A nomeação, oficializada em 4 de outubro, foi efetivada nesta terça-feira, 8, segundo o Diário Oficial.

Isper, que tem se revezado com o Secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, em diversos eventos do plano de concessões do governo, passará a agora a ter em suas mãos a missão de regular e fiscalizar a infraestrutura e transporte sobre trilhos no estado, assumindo a tarefa do atual regulador, a Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP).

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Entre elas estão as concessões sobre trilhos como nas linhas 4-Amarela (ViaQuatro) e 6-Laranja (Linha Uni) e as concessões das linhas 5-Lilás, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 17-Ouro sob responsabilidade da ViaMobilidade, além do TIC Eixo Norte, que inclui a Linha 7-Rubi, nas mãos da TIC Trens.

Mas o novo papel da Artesp é mais amplo, com atuação também no sistema de ônibus e VLT que era então gerido pela EMTU.

Extensão da Linha 5-Lilás terá duas estações
Linha 5-Lilás (Jean Carlos)

Curiosamente, o próprio André Isper comentou sobre a mudança nas agências reguladoras do estado em setembro. “A iniciativa vai fortalecer a atuação das agências, regulamentando seus processos decisórios, além de garantir a autonomia técnica, administrativa e financeira das agências, integrando-as a um planejamento de longo prazo, com metas claras e mecanismos de controle de resultados”, disse o então secretário executivo.

Advogado formado na PUC/SP, André Isper era consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 2022 além de assessor-chefe da Diretoria de Planejamento da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) entre 2019 e 2022.

O executivo teve uma passagem anterior pela Artesp entre 2017 e 2019 quando ocupava o cargo de Superintendente de Regulação.

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  1. Ou seja, o Tarcísio está implementando uma “autoridade metropolitana” aquilo que nós estávamos defendendo pra SP.

  2. De nada adiantara se colocar um se colocar um novo dirigente enquanto não mudarem a mentalidade e se resolvem questões básicas como se minimizar a “Alta pendularidade” das linhas e priorizar os trens Metropolitanos em relação aos TIC’s, com levantamentos comprovados de quanto tempo aumenta e se perde com grande parte da população que utiliza o transporte público!

    Estes governantes continuam preferindo lançar novas linhas de Metrô no papel, e TIC’s obsoletos do que desenvolver as regiões periféricas principalmente pela iniciativa privada, através do redirecionamento do Plano Diretor!

    A mobilidade urbana no Brasil custa R$ 483,3 bilhões anuais Esta é a estimativa do custo socioeconômico da mobilidade urbana no Brasil, de acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). A divulgação do levantamento aconteceu em 2019. Nessa conta entram gastos individuais de usuários de transporte ou empregadores. Além de recursos do Poder Público para manter o sistema funcionando e os impactos sociais da movimentação das pessoas.

    Uma pessoa perde cerca de 32 dias por ano no trânsito O dado é da pesquisa feita em 2019 pela 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana, em parceria com a Ipsos. O estudo revelou que os brasileiros gastam, em média, 1h20 para se deslocar para as atividades principais do dia. Ainda mais: esse gasto chega a 2h07 para que se cumpram todos os deslocamentos diários. Na somatória do ano, esse tempo é o equivalente a 32 dias no trânsito – um impacto e tanto da mobilidade urbana na vida do brasileiro.

    26% da população paulistana gasta mais de 2 horas em deslocamentos diários
    O dado é da pesquisa Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana feita em 2020 pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência. Entre os que usam transporte coletivo público todos os dias, ou quase todos os dias, o tempo médio é de 2h31. São 4 minutos a mais do que em 2019. Já o tempo médio de deslocamento entre as pessoas que usam carro todos os dias é de 1h29.

    O centro de São Paulo concentra 64% dos empregos e apenas 17% de residentes!
    A afirmação é da urbanista Alejandra Maria Devecchi, gerente de planejamento urbano da Ramboll, empresa dinamarquesa de planejamento em infraestrutura especializada em questões ambientais. “Na região metropolitana de São Paulo, há uma clara dissociação entre a localização do emprego e a da moradia, com grande parte da população levando entre duas e três horas para chegar a seus trabalhos diariamente”, explica. De acordo com ela, esse impacto de mobilidade urbana representa 5 milhões de empregos e 2 milhões de pessoas residindo nessas áreas. “Os demais, ou 3 milhões de trabalhos, são distribuídos entre pessoas que se deslocam das mais diversas regiões metropolitanas para o centro”, diz.

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