O projeto do Trem Intercidades simboliza o retorno do trem de passageiros nas cidades do interior do estado de São Paulo.
Prestes a ser leiloado em 29 de fevereiro, o primeiro trecho, chamado de TIC Eixo Norte, entre a capital paulista e Campinas, já vem sendo estudado pelo governo há vários anos.
Inicialmente, a versão proposta pela CPTM previa uma implantação mais abrangente e capaz de oferecer um serviço bastante atraente aos passageiros.
Entretanto, o projeto original passou por diversas alterações a fim de reduzir custos, o que também acabou pesando no desempenho esperado, com viagens levando de 64 a 75 minutos.
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O projeto de Trens Regionais planejado pela CPTM era extenso e dividido em etapas. Uma das antigas versões do TIC previa o serviço entre São Paulo e Jundiaí, numa primeira fase, e entre Jundiaí e Campinas em uma segunda etapa.
O chamado Trem Expresso Jundiaí faria o serviço ferroviário entre as estações Água Branca, que seria remodelada, até a estação de Jundiaí, num trecho de aproximadamente 47,1 km.
Neste primeiro trecho, a viagem de trem entre as duas cidades seria de apenas 25 minutos. Isso significa uma velocidade média de 113 km/h no serviço antigo, que previa em projeto velocidade máxima de até 160 km/h.
O antigo traçado, mais arrojado, previa que boa parte da circulação ocorresse de forma totalmente segregada e em via dupla com bitola internacional de 1,435 m. Deste traçado cerca de 21 km seriam correspondentes a novas pontes e túneis que encurtariam a distância entre as duas cidades.
A estação terminal de Jundiaí seria construída na região do terminal Vila Arens, que hoje atende apenas ônibus. O projeto conjugava o Trem Regional com sistema rodoviário e um possível VLT que poderia ser implantado no local.
Os estudos para o trecho entre Jundiaí e Campinas seguiam moldes semelhantes. A distância estimada entre as duas cidades seria de 44,55 km implantadas em vias duplas com bitola internacional de 1,435 m em vez 1,60 m do TIC.
A velocidade máxima deste trecho seria de 160 km/h e velocidade média, de 99 km/h. Neste sentido, o projeto até Campinas é bastante semelhante ao TIC, que promete velocidade média de 95 km/h.
O projeto determinou que parte do trecho poderia ser retificado, tornando o traçado mais retilíneo, o que aumentaria a velocidade média.
A estação de Campinas seria reformulada para atender aos trens de longo percurso, de forma semelhan ao projeto atual.
Os trens regionais deveriam ter alimentação diferenciada, sendo utilizada catenária com 25kVca. O sistema de sinalização que seria empregado no modelo antigo poderia variar do CBTC até o ETRMS, proposto atualmente.
No final, o projeto de trem regional entre São Paulo e Campinas teria velocidade maior, com trens percorrendo trechos em até 160 km/h, resultando em um tempo de viagem total de apenas 52 minutos.
Parece pouco, mas a economia de tempo em uma viagem diária seria de até 35 minutos o que, multiplicado por cinco dias úteis, chegaria a quase 3 horas.
Poderia ser a diferença capaz de atrair uma clientela que hoje utiliza automóveis para viajar entre a capital e Campinas.
Apesar das vantagens técnicas, o projeto de Trens Regionais seria muito mais caro do que o atual e na época se questionava também o tempo de implantação e toda a burocracia para desapropriar e obter licenças ambientais para os novos trechos.
No entanto, vale lembrar que o projeto do Trem Intercidades não será simples de ser concluído. A previsão é que o serviço expresso só comece a operar em 2031, se não houver imprevistos.
Isso porque o traçado depende de intervenções realizadas pela MRS e a Rumo, concessionárias de carga que têm a prerrogativa de manter a faixa de domínio que será usada.
Depois que desistiram do Ferroanel, podem esquecer via dupla no TIC…
O vice do lula demorou tanto pra fazer, que agora o povo ficou a deriva..
Quem prometeu a complementação do “Ferroanel” em conjunto com o Rodoanel na campanha de 2022 entre outras coisas e não está cumprindo foi o Tarcísio, você como eleitor dele não se lembra disso?
A melhor mais rápida e econômica forma de se implantar TIC Trens Intercidades de passageiros pendulares regionais em São Paulo é se utilizar-se da maior parte do canteiro central das rodovias, assim para Campinas se utilizaria a Bandeirantes, São José dos Campos a Trabalhadores, Sorocaba a Castelo Branco e Santos a Imigrantes.
De mesma forma considero uma insensatez por ser antieconômica e desnecessária a implantação de tensão de catenária com 25kVca em vez da existente 3kVcc e bitola de 1,43 m em vez 1,6m do TIC.
No entanto os atuais planejadores insistem e querem impor um TIC até Campinas com 1 hora e 15 minutos velocidade média de 95 km/h e máxima de 140 km/h em trechos curtos em via singela, uma vez que o traçado atual não permite velocidades maiores, completamente ultrapassado e obsoleto goela abaixo dos usuários, utilizando as mesmas linhas saturadas e sinuosas interferindo nos atuais Trens Metropolitanos da Linha 7-Rubi que ainda possuem cargueiros da MRV.
Os canteiros de rodovias possuem perfil geométrico muito distinto do perfil de uma ferrovia, sendo totalmente inadequados.
Usar tensão de 3 kVcc no trem enquanto o mundo usa o mais barato e eficiente 25 KVca é apostar em tecnologia obsoleta. Mais um pouco e você vai defender trens à vapor. E a bitola larga só serve para enriquecer a indústria do ferro, não acrescentando nenhuma vantagem frente ao uso da bitola internacional.
Leoni reclama do projeto do estado mas sua alternativa consegue ser pior que a do governo.
Venha para o futuro, Leoni.
Se for linha de alta velocidade, realmente teria que ser 25 kVCA para ser mais viável. Se for um trem de média velocidade como que querem para esses TIC, 3kVCC é o suficiente.
O leito da rodovia dos bandeirantes com certeza tem um trajeto muito mais retilíneo do que a atual linha 7 + o trecho Jundiai – Campinas.
Ivo, não se faça de desentendido num assunto que você domina!
1-Os canteiros centrais das quatro modernas rodovias paulistas citadas no texto possuem raio de curvatura longo próprias e nenhuma interferência em relação aos cruzamentos e túneis, pois o maior obstáculo para implantar TIC Trens Intercidades de passageiros pendulares regionais em São Paulo é a implantação deles em linhas adequadas sem interferências com cargueiros e Trens Metropolitanos que possuem altas demandas e beneficiam usuários diários múltiplas vezes maior, e não a *fabricação de trens e componentes!
2-A especificação é clara, os Trens iriam trafegar em via dupla totalmente segregada, atingindo no máximo 160 km/h, portanto fica óbvio que esses TIC são trens de média velocidade (de preferência pendular) e não um TAV que utiliza 25kVca portanto a tensão de catenária existente 3kVcc é o suficiente assim como é na maioria dos países do mundo, (Inclusive a AMTRAK) EUA e com relação a bitola de 1,6m vale lembrar que embora as linhas sejam novas é uma forma mais flexível, racional e econômica de aproveitamento logístico de trens, equipamentos e estações existentes.
*Nota; Existe a opção da fabricação de trens Flex em dupla tensão se desejar em 3kVcc e 25kVca, inclusive pelas montadoras nacionais.
Além desse projeto horroroso, vamos perder a linha 7. Se nas linhas 8 e 9 a CCR já é uma porcaria, ano que vem salve-se quem puder na linha 7.
e porque ninguém nunca pensou em utilizar o leito da rodovia dos bandeirantes para fazer uma linha ferroviária ?
Esse projeto pela bandeirante (ou anhanguera, nao me recordo) ja foi pensado mas nao sei o que virou
Se não me engano, esse projeto foi na época do Quércia, por isso a distância entre as pistas e o canteiro central era grande.
Nunca existiu projeto nesse sentido. O canteiro da Rodovia dos Bandeirantes é mais largo por conta do governador Paulo Egydio ter decidido desapropriar áreas o suficiente para a futura duplicação da rodovia, prevista em seu estudo de viabilidade.
Concordo com sua idéia Guile, só acho que, se a linha percorresse um trecho da rodovia dos bandeirantes, na altura de Várzea Paulista ela deveria ser desviada em direção á linha 7 e percorrer este trecho até Campinas.
Pelos menos isto evitaria passar pela área superpopulosa da grande SP.
Em resposta ao Marcus que me questionou e os comentários fecharam:
Como é que usariam a Imigrantes sendo que tem uma serra no meio do caminho?
O projeto entre São Paulo e Santos possui duas alternativas mais viáveis após percorrer o trecho do planalto;
1- É pela Imigrantes até o alto da serra.
2-Atravé da estação Tamanduateí da CPTM também poderia ser cotada como parada inicial do trem até Santos vias no trecho entre Mauá e Rio Grande da Serra.
Porém para ambos os casos se fazer um novo sistema de cremalheira em paralelo a existente é a mais viável, semelhante ao da MRS, neste caso, diferente de outros TIC, o sistema deverá ser obrigatoriamente compartilhado com a operadora mostrando grande interesse devido à alta demanda.
Nota: A alternativa de perfurar um túnel em declive na rocha ( e não cascalho) de aproximadamente 40km com esta magnitude é muito cara e totalmente inviável, e a tensão elétrica local já é em 3kVcc e bitola em 1,6m.
Porque o Trem precisa “competir” com os automóveis e os ônibus??? Porquê precisa ser algo tão arrojado logo de início, cuja tarifa certamente afugentaria potenciais passageiros??? Não se pode raciocinar no médio-longo prazo, construindo-se uma demanda firme a partir de algo mais simples???
Já existe leito ferroviário de Jundiaí até Americana e além, e até mesmo um “ramal” de Campinas a Viracopos.
Bastaria a própria CPTM implantar duas novas linhas de Trens Metropolitanos: Jundiai-Campinas; e Campinas Americana – ambas já em via dupla, e que poderiam operar inicialmente com trens diesel-elétricos. Teríamos assim um corredor de trens metropolitanos, desde São Paulo (Linha Rubi) até Americana, com integrações em Jundiaí e em Campinas.
Inclusive a mesma fórmula poderia ser também aplicada no caso de Sorocaba, com uma nova linha Itapevi-Sorocaba integrada à já existente Linha Rubi.
Além de já haver demandas locais nas respectivas regiões, novas demandas surgirão entre essas regiões e a Capital – viabilizando naturalmente novos serviços semi-expressos e expressos, sem a necessidade de se tentar “competir” com as rodovias.
Projetos mais lógicos e eficientes, a custos bem menores. Já passou da hora de o Brasil aprender a pensar e planejar no médio e no longo prazos.
Correção:
Aonde sugiro uma linha metropolitana entre Itapevi e Sorocaba, a sua ntegração seria com a Linha Diamante (e não a Rubi).
A minha visão é parecida com a sua.
Entendo que o projeto deveria abranger somente a recapacitação do trecho jundiai – campinas, com trem metropolitano elétrico e operado pela CPTM, como uma extensão da linha 7. Um trem expresso deveria ser pensado somente se houver demanda.
Já o trecho entre amador e Sorocaba, esquece. A partir de amador bueno, o trecho está abandonado, além de ser bitola métrica. Entendo ser mais fácil fazer um trajeto novo, utilizando a castelo branco.