Seguindo uma tendência mundial e que já é encontrada no Metrô do Rio de Janeiro, a Prefeitura de São Paulo iniciará um projeto-piloto na próxima segunda-feira (16) para permitir o pagamento da tarifa de ônibus por meios eletrônicos. O sistema em questão é o NFC, ou pagamento por aproximação (contactless) em que o usuário utiliza cartões de crédito e débito ou smartphones e smartswatches para liberar a catraca – o valor é debitado diretamente na conta bancária ou na fatura do cartão.
A experiência terá duração de três meses ou se atingir 500 mil transações, o que ocorrer primeiro – o projeto não terá custos para a prefeitura. Os leitores estarão disponíveis em 200 veículos de 12 linhas, a maior parte delas que atende estações do Metrô e da CPTM. Cerca de 2,9 milhões de passageiros serão beneficiados mensalmente com a nova tecnologia.
“Nós queremos ter um sistema mais moderno e mais eficiente para os nossos ônibus. Uma inovação que começa a ser testada em alguns ônibus para garantir mais agilidade, especialmente para a população que utiliza o sistema de ônibus apenas eventualmente, que não tem o Bilhete Único”, afirmou o prefeito Bruno Covas.
Na visão da prefeitura, a tecnologia NFC facilitará a vida de pessoas que utilizam os ônibus eventualmente e turistas, inclusive estrangeiros, já que o sistema aceitará cartões emitidos fora do país. O prefeito se mostrou aberto a experiências com outras empresas interessadas desde que sem custo para o contribuinte.
Longe do QR Code
A alternativa testada pela prefeitura evidencia mais ainda a obsolescência da função de cobrador a bordo dos ônibus. Atualmente, com a adesão maciça ao Bilhete Único, a necessidade de pagar a tarifa a bordo do veículo ocorre apenas com esses mesmos passageiros que serão beneficiados com o sistema NFC e com a vantagem de dispensar o uso de dinheiro em espécie.
A utilização do NFC era esperada também no Metrô e na CPTM, porém, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos optou por fazer uma primeira experiência com outra tecnologica, que utiliza o QR Code, código que pode ser impresso nas bilheterias e terminais de autoatendimento ou então gerada em celulares para leitura nos bloqueios.
Após a primeira semana de testes, mais de 21 mil bilhetes foram usados, com ampla maioria (91%) sendo impressa nas bilheterias e paga com dinheiro em espécie. A contrário do NFC, que debita o valor no momento da liberação da catraca, o QR Code virtual exige que o passageiro adquira a passagem antes no aplicativo VouD, criando uma burocracia extra – essa modalidade foi utilizada por apenas 3% dos usuários do QR Code na semana passada.
Só é importante acrescentar que essa forma de pagamento não dá direito às integrações, como no bilhete único