Aparelho de mudança de via da Linha 15-Prata quebra e ramal tem trecho interrompido

Ramal de monotrilho operou entre Vila Prudente e Oratório por uma via apenas durante a manhã. Metrô interrompeu trecho até São Lucas para corrigir problema nesta quarta-feira (24)
Área de mudança de via que teria apresentado problema nesta quarta-feira (iTechdrones)

A Linha 15-Prata teve um problema diferente na manhã desta quarta-feira, 24. O ramal de monotrilho sofreu com um pane no aparelho de mudança de via, também conhecido como “track-switch”, equipamento que permite que os trens possam manobrar para seguir no sentido Jardim Colonial/São Mateus.

Sem ele, os trens tiveram que manobrar antes de Oratório para retornar a viagem. De lá os passageiros seguiram por via única até Vila Prudente, estação mais movimentada da linha. Como a demanda é alta, o Metrô acionou o serviço PAESE para tentar minimizar o impacto da falha.

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Por volta das 11h, a companhia anunciou que interromperia a operação entre Vila Prudente e a estação São Lucas para que as equipes de manutenção pudessem atuar com mais segurança e rapidez para restabelecer o funcionamento do track-switch, citado apenas como “equipamento de via” pelo Metrô.

O serviço foi feito até por volta de 12h, quando a operação foi normalizada.

A nova área de manobras após Vila Prudente poderia ter evitado o problema de hoje se estivesse operando (iTechdrones)

Áreas de manobra prontas, mas fechadas

O novo problema do monotrilho da Zona Leste poderia ter passado despercebido para os usuários caso o Metrô já tivesse aberto uma área de manobra após Vila Prudente. A extensão deveria ter sido aberta no final do ano passado e foi construída para agilizar as viagens na Linha 15.

Se já estivesse disponível, os trens “driblariam” a falha no track-switch antes de Vila Prudente, passando a trocar de via após a estação.

Não se sabe a razão pela qual o Metrô ainda não liberou sua operação já que aparentemente a área está pronta. Há outra extensão em testes na outra ponta do ramal, após Jardim Colonial, e que chegou a funcionar em horários de baixo movimento.

Funcionário do Metrô em área isolada em frente ao painel do trem Innovia 300 (Jean Carlos)

Inaugurada em 2014, a Linha 15-Prata passa por seguidos problemas nos últimos meses, com falhas, vias danificadas, falta de trens e até mesmo uma nova colisão fora do horário comercial. Há queixas sobre os sistemas de sinalização e de comunicação, de acordo com funcionários e o Sindicato dos Metroviários.

O Metrô também vive um dilema com a capacidade de operação autônoma do ramal. Embora previsto no escopo do sistema de sinalização, a companhia mantém funcionários a bordo das composições em uma área improvisada já que os Innovia 300, fabricados pela Bombarder (hoje Alstom) não possuem cabines de comando, assim como os trens da Siemens que rodam na Linha 4-Amarela.

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  1. Este é o custo que se paga pela aprendizagem da implantação de sistema protótipo de monotrilho com alta capacidade debutante ao invés de VLT, trens e metrô que facilitaria o uso de pátios e oficinas comuns compartilhado com o Metrô e CPTM, de mais simples implantação e manutenção e economia, o que diminuiria seu custo, pois utiliza rodeiros iguais sobre trilhos de aço que possuem junta de dilatação imperceptível, além de chaveamento de mudança de vias simples, enquanto Monotrilho e People Mover possuem “Track Switches” – Aparelhos de mudanças de via (ambas em concreto armado de dimensão e massas colossais, ou seja da mesma secção da viga fixa horizontal), além de ”Finger Plate” –Na junta de dilatação horizontal e vertical (concreto com revestimento de um perfil metálico)um verdadeiro calcanhar de Aquiles em complexidade dificultando enormemente a manutenção, operação e reposição de sobressalentes requerendo guindastes especiais com alta tonelagem e longa lança interferências e bloqueios do transito local principalmente por ficar ~15 a 18m do piso para o modelo do porte da Linha 15-Prata, tratando-se o VLT de um trem mais estável com menor amplitude e que portanto oscila menos ao trafegar que um “Monotrilho” ou “People Mover”, semelhante ás linhas de Trens e Metrôs seja o mais indicado, com a grande vantagem de se ampliar imensamente o número de fornecedores e fabricantes.

  2. Que pena que não foi feito o metrô de verdade, ao invés dessa porcaria porca.

  3. poderia ñ tecer comentario algum pois minha já expressada aqui neste espaço, tempos atrás: esta linha do Metrô esta no processo da “Lei de Murphy”. O resto ñ preciso falar. Gostaria de poder fazer elogios aqui pois o Metrô de SP sempre “primou” pela excelência no transporte urbano sobre trilhos. Mas a linha 17…..

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