Reza a lenda que várias turmas de alunos da Universidade Mackenzie que esperavam utilizar a estação Higienópolis-Mackenzie já se formaram, estão empregadas e com filhos nascidos. Exageros à parte, a abertura da parada, a oitava da Linha 4-Amarela, deve ocorrer nas próximas semanas – há rumores entre os funcionários que a inauguração estaria marcada para o dia 20 de dezembro, o que não é confirmado pelo governo.
Mesmo que esse prazo estoure mais uma vez a inauguração não deve passar de janeiro, o que significará uma longa espera de 13 anos desde que as obras começaram em setembro de 2004. É verdade que ela e também as estações Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia não faziam parte da primeira fase da linha, que começou a funcionar em 2010. Mas vá dizer a qualquer morador, estudante ou trabalhador da região se ver os canteiros de obras há tanto tempo não foi uma tortura daquelas de quase sucumbir.
Em que pese o a justificativa oficial de que não havia recursos para completar toda a linha de uma vez na década passada e dos vários problemas que a fase 2 enfrentou, trata-se de um exemplo de como não fazer uma obra de metrô. Ao optar por executar apenas parte dos trabalhos, o Metrô desapropriou, montou canteiros, alterou o cotidiano das pessoas durante um tempo longo demais.
O primeiro infortúnio da obra foi o desabamento do poço da estação Pinheiros em 2007 que paralisou os trabalhos por longos meses. Após a retomada da obra, as duas primeiras estações foram abertas em setembro de 2010 – Paulista e Faria Lima tinham entre si outras três estações parcialmente construídas. O governo do estado, então, fez a licitação de conclusão dessas estações em 2011, mas o vencedor acabou decepcionando: o consórcio espanhol Isolux Corsan-Corviam ofereceu um valor muito abaixo do esperado e mais tarde não deu conta do recado.
Com muito esforço, entregaram a estação Fradique Coutinho no final de 2014 enquanto já haviam esvaziado canteiros em outras estações. Depois de várias tentativas de acordo, o governo do estado rescindiu o contrato em 2015. Começava então mais um processo licitatório para finalizar a bagunça criada pela Isolux. Apenas em agosto do ano passado o consórcio TC Linha-4 retomou os trabalhos com a previsão de entregar Higienópolis-Mackenzie um ano depois.
Cara de estação
Apesar de atrasar alguns meses, o novo consórcio enfim imprimiu um ritmo adequado aos trabalhos e hoje já é possível ver os acessos de Higienópolis-Mackenzie na reta final do acabamento. Calçadas estão sendo construídas e quem passa de trem pela estação já enxerga elementos como escadas rolantes, portas de plataforma e pastilhas nas paredes. Segundo informações obtidas pelo blog, os trabalhos se concentram nos equipamentos de combate a incêndio, PSDs e na finalização dos pisos dos andares e revestimento em geral.
Não se sabe como estão outros equipamentos como bloqueios, a sala SSO e bilheteria, mas tudo isso precisará ser concluído nas próximas semanas se o governador Geraldo Alckmin quiser inaugurar mais uma estação em 2017. Ao menos os alunos do Mackenzie poderão usar a estação no ano letivo de 2018.
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Caramba, que alegria!
Uma revisão nesse texto não seria nada mal…
O resultado do cartel do metro aí está, uma vergonha desses politicos corruptos e incompetentes….
Além de causar confusão quanto à localização, a moda de batizar estações com dois nomes revela hesitação ou pouco conhecimento urbano por parte do metrô.
A estação deveria chamar-se simplesmente Mackenzie uma vez que essa instituição é mais antiga que o bairro de Higienópolis que é apenas tangenciado pela estação