Atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) teve um papel importante em tornar o People Mover do Aeroporto de Guarulhos uma realidade. Mas isso quando era ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na época, o então governador do estado, João Doria, teve a iniciativa de buscar um entendimento com o governo federal para tirar do papel a antiga promessa da concessionária GRU Airport de implantar o sistema sobre trilhos que deveria ligar os três terminais do aeroporto com a Linha 13-Jade, da CPTM.
Como os dois mandatários ainda mantinham uma relação amistosa no início das suas gestões, as conversas evoluíram e o governo federal, por meio da ANAC e a SAC, viabilizaram uma mudança na concessão do aeroporto que abriu caminho para a implantação do People Mover. Foi quando a pasta de Tarcísio foi acionada.
Coube ao governo do estado apenas ser um observador do processo, por meio da CPTM, que ofereceu informações para auxiliar na busca pela melhor solução técnica.
Em nenhum momento, portanto, a gestão estadual teve voz ativa ou mesmo dividiu o investimento no People Mover, com exceção de algumas isenções fiscais adotadas.
Mas isso não impediu que Doria tentasse posar de dono do People Mover, em sua obstinação para sair candidato a presidente na eleição de 2022, no que fracassou ainda durante prévias do PSDB, partidodo qual era membro.
Em várias ocasiões, o ex-governado anunciou “ações”, fez previsões e até visitou as obras como se fosse algo da alçada do estado. Este site sempre fez questão de mostrar a realidade sobre isso, independentemente do partido em questão.
“A gente vai entregar aquela linha de monotrilho”
Pois agora é a vez de Tarcísio tentar fazer o mesmo que seu antecessor. O governador divulgou um trecho de entrevista à Rádio Bandeirantes em que trata o People Mover como parte do seu governo, o que é errado.
“Ao longo deste ano, provavelmente em março, a gente vai entregar aquela linha de monotrilho[sic] que une a última estação da Linha 13 da CPTM ao terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos”, disse ele.
Além de chamar o sistema erroneamente de ‘monotrilho’, Tarcísio insinua que o estado vai entregar o projeto, quando ele é de responsabilidade da concessionária GRU Airport, cujos recursos são bancados por meio de um ‘desconto’ na outorga que a empresa paga ao governo federal.
A previsão de funcionamento em março também soa como ‘palpite’. Pode ocorrer, claro, já que oficialmente não há uma data prevista para isso, mas não cabe a ele divulgar isso.
Aliás, da última vez que o fez, errou feio. No ano passado, o governador apostou que o Aeromovel passaria a funcionar em agosto, o que não ocorreu, como se sabe.
Não faltam méritos ao governador quanto aos projetos de sua responsabilidade, veja aí a Linha 17-Ouro, também citada por ele na entrevista. O ramal de monotrilho (de verdade) está caminhando a passos largos para ficar pronto no ano que vem e ligar o Aeroporto de Congonhas à malha metroferroviária.
Ele também previu uma futura ligação por trilhos com o Aeroporto de Viracopos, o que faz parte do escopo da sua gestão, porém, algo de longo prazo já que isso envolve o Trem Intercidades São Paulo-Campinas e um VLT em projeto que ligará o terminal com a cidade.
Portanto, desnecessário tomar para si iniciativas de outras gestões, goste ou não delas.
Será que este people mover vai ser inaugurado em março de 2025? Aliás não é monotrilho?
O foco deveria ser na conclusão das obras e testes para que o serviço deste modal seja seguro, confiável e regular ! acho que o projeto está caminhando relativamente bem desde o início e, esta fase de testes, deveria seguir até pelo menos o final do mes de Março para que os Engenheiros responsáveis se sintam seguros que tudo foi feito de acordo com o projeto e as normas técnicas aplicáveis no caso ! simples assim ! O fato de se ter a MARCOPOLO construindo e mantendo os 3x carros entregues foi muito importante para se afastar o que ocorre em Porto Alegre, onde a construção dos carros foi artesanal e caseira, sem o respaldo de um fabricante do porte da MARCOPOLO ! Gostaria de saber se o projeto permite a circulação simultanea de todos os 3 carros ?