Após protesto, Metrô remarca licitação de manutenção dos trens da Linha 15-Prata

Pregão eletrônico que escolherá empresa privada para serviços de manutenção dos monotrilhos Innovia 300 ficou para o final de outubro
Trem Innovia 300 da Linha 15-Prata
Trem Innovia 300 da Linha 15-Prata (Jean Carlos)

A pressão do Sindicato dos Metroviários parece ter tido efeito. A entidade reclama dos planos de privatização do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e também da terceirização da manutenção dos trens da Linha 15-Prata.

Após ameaçar realizar uma greve na terça-feira (15), os metroviários recuaram, afirmando que o Metrô de São Paulo havia prometido postergar o pregão eletrônico que escolherá a empresa privada que cuidará dos trens de monotrilho Innovia 300.

Nesta quarta-feira, como previsto pela direção do sindicato, a companhia remarcou o pregão eletrônico para 17 de outubro, quase dois meses após a data anterior (28 de agosto).

Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Em meio a vários problemas de disponibilidade da frota de 27 trens Innovia, fabricados pela Bombardier na década passada, o Metrô planeja contratar uma empresa que mantenha as composições em condições operacionais.

Atualmente, a Alstom, que comprou a Bombardier, realiza a manutenção em conjunto com equipes do Metrô, mas a garantia de vários dos trens já venceu ou está prestes a expirar.

 

A tabela de quilometragem de 25 trens da Linha 15. Faltam o M22 e o M23, que colidiram em 2019

Nos documentos da licitação consta, inclusive, uma listagem com 25 dos 27 trens. Os dois faltantes são os que se chocaram em janeiro de 2019 durante manobra após o fim da operação. As duas composições estão fora de serviço desde então por motivos nunca esclarecidos.

Além da frota atual, a Alstom está produzindo na China mais 19 trens para a Linha 15-Prata, que serão usados na expansão do ramal nos próximos anos.

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
7 comments
  1. Gente, mas se nem eles tão dando conta da manutenção dos trens, pra que impedir a contratação de uma empresa privada? Parece a Coesa que tirou a Constran da concorrência da continuação das obras da linha 17 quando disse que ela não tinha condições financeiras para terminar a obra, e no final, acabou se mostrando incapaz financeiramente igual sua colega.

    1. Os problemas do monotrilho são a falta de fornecimento de peças por parte da Bombardier e problemas estruturais na via. Como a terceirização vai resolver isso? Qual empresa tem know-how nesse tipo de modal no Brasil pra fazer a manutenção?

  2. Terceirizar é deixar pior do que está… vão ganhar dinheiro com a manutenção colocando pessoas sem experiência para cuidar dos trens >>> Resultado = acidentes.

Comments are closed.

Previous Post
Sistema de sinalização foi aprimorado na estação Palmeiras-Barra Funda (Jean Carlos)

ViaMobilidade implanta novo painel de controle local na estação Palmeiras-Barra Funda

Next Post
Composição da Linha 5-Lilás vazia (Jean Carlos)

CCR estuda pedir indenização por queda de demanda no transporte sobre trilhos durante a pandemia

Related Posts