ARTESP assumirá fiscalização do transporte metroferroviário após acordo com STM

Portaria conjunta deliberou que as funções de fiscalização passarão para a agência reguladora de transportes do estado
Trens da CPTM e do Metrô (Jean Carlos)
Trens da CPTM e do Metrô (Jean Carlos)

A ARTESP, agência reguladora de transportes do estado de São Paulo, emitiu nesta terça-feira, 18, uma deliberação conjunta com a Secretaria de Parcerias em Investimentos e a Secretaria de Transportes Metropolitanos para a assunção das funções de fiscalização do transporte coletivo sobre trilhos e pneus.

A decisão foi acertada por ocasião da 205ª Reunião Extraordinário do Conselho Diretor da ARTESP que aprovou, por meio da deliberação nº30,  a minuta de uma portaria conjunta.

Portaria conjunta entre SPI, STM e Artesp (Artesp)
Portaria conjunta entre SPI, STM e Artesp (Artesp)

A minuta SPI/STM/ARTESP, ainda sem número, determinará uma data para que a ARTESP passe a ser a entidade fiscalizadora do transporte sobre trilhos e pneus no estado.

Antigamente essa função era competência exclusiva da STM. Com a chegada da SPI, a CMCP foi incorporada à pasta, passando a fiscalizar as concessões ferroviárias de forma apartada da STM.

Trem do Metrô de São Paulo (Jean Carlos)
Trem do Metrô de São Paulo (Jean Carlos)

Com o fortalecimento da ARTESP, a STM também perderá o controle sobre a EMTU, extinta após decreto do governador do estado Tarcísio de Freitas.

A STM ainda estaria responsavel pela atuação no Metrô, CPTM e EFCJ. Já as linhas concedidas passam para o controle e gerenciamento da ARTESP

Segurança da CPTM terá reforço em 2025 (Jean Carlos)
Trem da CPTM (Jean Carlos)

A STM também ficará responsável pela coordenação da política pública no transporte como nos projetos de longo prazo, tais como o PITU 2040, e aquisições de maior relevância, como a compra dos 44 trens para o Metrô.

A reestruturação da ARTESP dará à agência reguladora maior potencial de escalabilidade, permitindo assim um aumento progressivo de sua estrutura conforme mais linhas passarem a ser geridas pela iniciativa privada.

O esvaziamento da STM, no entanto, pode dar margem para uma possível mudança ou extinção no futuro, à medida que outras áreas da gestão estadual passem a assumir seu escopo de atividades.

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  1. A gestão atual trabalha diuturnamente para enfraquecer a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, que tem todas as atribuições assumidas pela SPI e Artesp, tem os projetos das futuras linhas ignoradas em favor do projeto das concessionárias e está cada vez mais virando um cabide de emprego. Cadê o Marco Antônio Assalve?

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