Moradores da região do Tatuapé a usariam para evitar seguir pela lotada Linha 3-Vermelha. Passageiros que hoje viajam de ônibus até alguma linha do Metrô passariam por ela a caminho do centro de São Paulo e, de lá, fariam conexão com as linhas 1-Azul, 4-Amarela, além de chegarem até a futura estação Água Branca. Tempo de vida economizado, menos stress, menos aperto. Tudo perfeito não fosse por um detalhe, a estação descrita acima é apenas um belo desenho de arquitetura.
Como mostram as imagens do post, a futura estação Anália Franco será uma das mais importantes da malha metroferroviária da Grande São Paulo. Isso porque nela passarão duas linhas, a Verde (2) e a Laranja (6). Isso, claro, se o Metrô não mudar seus planos. O problema é que as duas linhas em questão estão com as obras suspensas, sem previsão de retomada.
Caminho aberto para o tatuzão
O projeto arquitetônico mostrado aqui foi feito pela empresa Ponto de Apoio Engenharia para os clientes Infra 7 Engenharia e Mendes Júnior, este último responsável pelo lote onde está Anália Franco, na expansão da Linha 2 no sentido de Guarulhos. Desenvolvido com o uso do software 3D – BIM, ele é não só ótimo como referência visual, mas também para reduzir custos e aumentar a eficiência dos trabalhos.
Como a empresa descreve, a estação Anália Franco, localizada próximo ao shopping de mesmo nome, será construída primeiramente para a Linha 2, mas o projeto pedido pelo Metrô prevê a construção de parte da área destinada à Linha 6, incluindo o leito por onde o megatatuzão passará. Como mostra a imagem principal, a plataforma da linha Laranja ficará na parte inferior da estação enquanto a plataforma da Linha 2 encontra-se três níveis acima, sugerindo um ponto de conexão bastante eficaz. A estação também contará com iluminação natural provida por uma enorme cúpula envidraçada – tudo isso, é claro, se não houver mudanças no projeto.
No entanto, para tristeza dos potenciais usuários de ambas as linhas, a perspectiva de ver a estação Anália Franco e as demais paradas prontas é bem pessimista. Das duas, a Linha 2 é a que chegou mais perto de virar realidade. A licitação foi feita e os vencedores já tiveram os contratos assinados mas o governo do estado, sem recursos, decidiu postergar a ordem de serviço, que autorizaria o início dos trabalhos. Nesse meio tempo, a operação Lava Jato deixou algumas das construtoras numa situação em que é difícil crer que terão condições de assumir financiamentos para tocar seus lotes. Para os moradores da região por onde passará apenas alguns terrenos desapropriados foram limpos e trazendo mais problemas do que a solução que todos esperam.
Quanto à Linha 6-Laranja, a situação é bem pior. O trecho que inclui a estação Anália Franco nem foi licitado ainda. O governo priorizou a primeira parte da linha saindo da Brasilândia e parando em São Joaquim. De lá é que um dia será dada continuidade à linha em direção à Cidade Líder. Mas para isso a primeira fase precisará ser entregue, o que é um mistério visto que o consórcio Move São Paulo, vencedor da licitação, suspendeu as obras por falta de dinheiro e agora busca compradores para o negócio.
O jeito é respirar fundo e enfrentar a lotação de ônibus e da Linha Vermelha.
Existe alguma imagem dos projetos da estações ponte grande e dutra?
Piada!
Bom dia Ricardo! Na sua opinião, é possível que o próximo governador a partir de 2019 possa iniciar essas obras mencionadas no post e as das linhas 19 celeste e 20 rosa?