Já com 16 meses de atraso em relação ao cronograma original, a construção da estação Varginha, da Linha 9-Esmeralda, recebeu seu primeiro aditivo contratual que elevou o custo do projeto em R$ 2,92 milhões.
O contrato foi assinado com a empresa Engibras Engenharia em abril de 2019, que deveria ter concluído a estação até outubro de 2020. Mas, como o site mostrou, as obras tiveram um início lento, com várias interrupções até o ano passado. Só recentemente, os trabalhos ganharam volume, porém, a entrega até o final deste ano, prevista pelo governo Doria, ainda é bastante duvidosa.
A Engibras venceu a concorrência para concluir a estação Varginha com uma proposta de R$ 87 milhões. A obra havia sido iniciada por outro consórcio mas o governo Alckmin cancelou o contrato porque ele não se enquadrava nos requisitos do governo federal para receber recursos financeiros.
Até então, pouca coisa havia avançado – apenas parte da plataforma e um edifício de apoio. Em julho do ano passado, a Engibras e a CPTM, responsável por supervisionar a obra, assinaram um aditivo que readequou o cronograma físico-financeiro, mas sem os custos e o prazo de 18 meses.
O acréscimo de quase R$ 3 milhões ao contrato foi justificado
pela CPTM como “readequação da Planilha de Quantidades e
Preços, com acréscimos e decréscimos de itens, bem como a
inclusão
de preços adicionais“. Ele equivale a um aumento de 3,3% no
valor original, ou seja, bem abaixo do limite de 25% previsto por
lei.
A estação Varginha complementará o projeto de extensão da Linha 9-Esmeralda, que conta também com a estação Mendes-Vila Natal, inaugurada em agosto do ano passado por Doria, mas que seis meses depois continua recebendo pouquíssimos passageiros por conta da operação restrita e desconectada do restante do ramal.
Quando estiverem operando de forma plena, as duas estações deverão atrair diariamente cerca de 110 mil usuários em dias úteis. Mas isso deve demorar já que a própria CPTM avisou que Varginha ficará um ano inteiro em “operação assistida” após ser inaugurada.
Não faz sentido deixar tanto tempo para operação assistida é sinal que não estava pronta ainda!!
Só no Brasil a demorar é vantagem. Em um país desenvolvido a empresa seria colocada na lista negra e o presidente dela seria responsabilizado pelos transtornos causados na sociedade.