Audiência pública de concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade deve ocorrer em maio

Afirmação partiu do secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, durante chegada do Tatuzão Sul à estação PUC-Cardoso de Almeida nesta quarta-feira, 31
Trem da Linha 11-Coral (Jean Carlos)

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) planeja apresentar a concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, em audiência pública em maio.

A previsão partiu do secretário de Parcerias em Investimentos (SPI), Rafael Benini, durante evento de chegada do Tatuzão Sul, da Linha 6-Laranja, à futura estação PUC-Cardoso de Almeida.

Segundo Benini, os três ramais de trens metropolitanos deverão ter seus trajetos estendidos após a concessão.

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A Linha 12-Safira, que hoje tem a estação terminal em Calmon Viana, deverá seguir até Suzano, um projeto que já foi iniciado em outras gestões.

Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos (GESP)

Já a Linha 11-Coral poderá ser estendida até César de Sousa, em Mogi das Cruzes, enquanto a Linha 13-Jade terá um trecho a partir do Aeroporto de Guarulhos até a região de Bonsucesso.

CCR já fez estudo sobre concessão das três linhas

O secretário também chamou a concessão de “PPP”, ou seja, uma parceria público-privada, modalidade diferente do que ocorre com as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, que são operadas pela ViaMobilidade.

Nesse caso, o governo e ente privado dividem os investimentos na operação e expansão do serviço.

Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM

A concessão dos três ramais da CPTM foi sugerida pelo grupo CCR à gestão anterior, como revelou este site com exclusividade.

Por meio de uma Manifestação de Interesse Privado, a empresa fez um estudo preliminar em 2021 sobre a possibilidade de as linhas serem repassadas para a iniciativa privada

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21 comments
  1. Poderia explicar qual a diferença entre PPP e concessão? Teria alguma vantagem para o governo também fazer parte da operação/expansão ou é somente um modo das concessionárias dividirem os custos da construção dos ramais?

      1. Sim, isso eu entendo, porém gostaria de saber o por que dá mudança do modo de “concessão”. Talvez porque a concessionária não teria condição de arcar com a expansão de todos os ramais? Essa história está estranha para mim…

        1. E no caso, assim como o Guile falou em baixo, com a PPP, seria uma parceria onde a empresa vencedora, dividiria o custo com o estado, pra fazer chegar a linha 11 ate cerqueira cesar, onde, este site e outros ja mostraram, que os ultimos estudos resultaram em valores muito altos para fazer isso acontecer. Alem de que, a malha depois de estudantes, esta sob concessao da rumo para cargas e o acordo foi feito com o governo estadual, e nao federal.

          Entao, no projeto PPP, o mais provavel, se sair do papel, é que:
          O estado, deixando de operar e gerir a linha, aplique esse dinheiro na reforma da estaçao, dos trilhos e na segregaçao dos mesmo, junto com a empresa privada. E ai, na PPP, provavelmente, a empesa privada opera a linha, mas as o governo do estado + a empresa privada bancam toda a reforma dos trilhos, rede area, e estacões, ate cerqueira e depois, a empresa privada opera ate lá.

          é um modo de o estado diminuir os custos pq nao vai operar, e a empresa privada tbm nao gasta tudo sozinha pra fazer a estacao, ja que o interesse pela retomada da estaçao, nao é privado, é publico e o prefeito da regiao com os enes publicos, querem que o trem volte ate la.

          é um modo de fazer um ganha ganha pra todo mundo.

          1. eu não disse bem isso não. eu apenas escrevi o que concessão e PPP significam naquilo que está escrito na lei.

            o TIC eixo norte prevê investimentos de 80% do estado, além de garantia de retorno de 20 bilhões ao longo da concessão. o edital anterior previa apenas garantia de retorno na operação da linha 7, a ultima modificação já garante retorno também para o TIC.

            a PPP da linha 4 amarela estabelece em contrato 72% de investimento do estado, mas já houve estudos que mostraram que esse valor chegou a percentuais maiores.

            essa história de que o estado diminuirá os custos repassando a operação e manutençao das linhas já se mostrou equivocada, pois os custos aumentaram significativamente. tem uma reportagem do UOL mostrando isso. não existe almoço grátis, se o estado deixa de operar, a concessionaria vai cobrar esse custo do estado e mais o seu lucro.

            então a história é muito mais perde – ganha (perde o estado, ganha a concessionária)

    1. a PPP é regida pela Lei Nº 11.079/2004, onde em teoria estado e iniciativa privada devem fazer investimentos, com a concessão patrocinada dos serviços outorgados a iniciativa privada, através da contraprestação pecuniária.

      já a concessão “comum” regida pela Lei 8987/95 trata-se concessão patrocinada, onde o estado repassa a titularidade de sua administração para uma empresa privada, onde essa recebe a tarifas cobrada diretamente pelo usuário além de contraprestação pecuniária caso necessário.

  2. Ricardo, boa tarde! Tudo bem? Não seria César de Souza, o prolongamento da Linha 11? Acredito que houve um equivoco, tanto no texto como na fala do secretário…

    1. Neste caso, a CCR já até adiantou como vai ser a concessão antes mesmo de ganhar, aí eles define qualquer valor igual fizeram na concessão da linha 8 e 9 e temos uma nova ViaMobilidade.

  3. Governo que não conhece o estado, secretario falou “César de Castro” e “Levar linha 11 até Mogi”, absurdo demais e demonstra que o turista cujo tira coisas da cabeça sem embasamento nenhum (como no caso das câmeras policiais) está perdido

  4. O que é paradoxal é que no momento de expandir a malha as concessões pela iniciativa privada como a CCR entre outras se omitem, preferindo gastar milhões em publicidades enganosas em Revistas especializadas, Rádios, TV’s, e até ajudando ONG’s sem nenhuma conexão com a mobilidade no interior e até construindo escolas! Iludindo a população, e pagando dividendos aos acionistas bancados pelo Estado, sendo que levianamente estão utilizando teoricamente o EIA/RIMA e o EIA que deveria analisar que os impactos potenciais no meio sócio econômico dos empreendimentos, dando ênfase aos reflexos na infraestrutura viária de transporte e logística visando o bem-estar da população, porém na prática virou um órgão político oficial manipulado para se passar um verniz para justificar as concessões atabalhoadas retirando a prioridade do Transporte Metropolitano em detrimento dos TIC, desta forma a maioria de suas diretrizes e recomendações não é apoiada pelo Setor de Transporte da USP!

    1. O setor de transportes da USP foi contra o projeto do metrô de São Paulo nos anos 1950 e 1960.

      Usar apenas a USP para embasar/cancelar algo é temerário.

  5. Uma lástima esse fim que vai dar a CPTM por puro jogo de interesses e pouco ou nenhum benefício de fato aos passageiros.

    Nas redes sociais, a CPTM é bem engajada e vários comentários em prol da empresa temem o padrão via mobilidade e são contra as privatizações. Esse governo atual tapa os olhos para a gestão porca que a CCR vem tendo com as L8 e 9, mas ficaram ferozes com a Enel.

    Se esse ano fosse de eleições, isso seria a pá de cal na reeleição do Tarcisio, os eleitores da RMSP iam brigar com os do interior contra mais um mandato desse privatista.

  6. O Estado concede, mas o Estado continua financiando as obras, financiando as expansões, repassando verba pra mantes subsídio, e o lucro fica todo com o comprador.

    Só no Brasil mesmo que você vende algo e ainda PAGA pra quem “comprou”. E ainda tem gente que aplaude e acha normal…

  7. E o trem intercidades leste( Vale do Paraiba)? Se entregar sem o trem intercidades, ele nunca sairá, esse Tarcísio é o pior governador do Brasil.

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