A ViaMobilidade, operadora das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, afirma que transportou cerca de 13 mil passageiros no serviço expresso e semi-expresso para o festival de música The Town durante o domingo (3).
O serviço de viagens exclusivo do evento possui tarifas diferenciadas que variam de R$ 15 para a modalidade semi-expressa (que executa paradas em algumas estações) até R$ 40 para os trens expresso que partem de Barueri e fazem parada somente na estação Pinheiros.
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No primeiro dia de operação do evento uma falha de energia causou transtornos e maior tempo de viagem para os passageiros pagantes dos serviços. O site fez uma análise sobre este primeiro dia de operação.
No domingo, já sem falhas, os relatos sobre as viagens de ida ao evento foram mais positivos, com as partidas e tempo de percurso ocorrendo dentro do previsto.
Segundo o site da ViaMobilidade, são disponibilizadas sete viagens expressas e nove no modelo semi-expresso. Ou seja, 16 trens operaram de forma exclusiva para os passageiros que iam ao The Town.
A média de passageiros em cada trem foi de 812 passageiros, o que simboliza que houve lotação de bancos de 246% e passageiros transportados em pé. A quantidade de bancos de um trem da Série 8500 é de 330 assentos.
É possível estimar aproximadamente qual foi o lucro da Via Mobilidade com a exploração da venda de passagens.
Para o serviço semi-expresso consideramos:
- Valor da passagem: R$ 15
- Quantidade de viagens: 9 viagens
- Passageiros em média: 812 passageiros
- 812*15*9 = R$ 109,6 mil
Para o serviço expresso consideramos:
- Valor da passagem: R$ 40
- Quantidade de viagens: 7 viagens
- Passageiros em média 812 passageiros
- 812*40*7 = R$ 227,3 mil
Portanto, o valor médio aproximado, considerando que a mesma quantidade de passageiros embarcaram nos trens, é de R$ 336,9 mil. A variação de valores é de R$ 520 mil (receita máxima) e R$ 195 mil (receita mínima).
Financeiramente dizendo, poderíamos dizer que um trem semi-expresso e expresso são muito mais lucrativos do que trens convencionais lotados. Observe a comparação:
Trem Comum
- Capacidade Máxima: 2024 passageiros (6 pass/m²)
- Tarifa Pública: R$ 4,40
- Valor total de um trem lotado: 2024*4,40
- Receita do trem: R$ 8,9 mil
Semi-Expresso
- Capacidade média: 812 passageiros
- Tarifa: R$ 15
- Valor total do trem: 812*15
- Receita do trem: R$ 12,1 mil
Expresso
- Capacidade média: 812 passageiros
- Tarifa: R$ 40
- Valor total do trem: 812*40
- Receita do trem: R$ 32,4 mil
Vale lembrar que a ViaMobilidade não recebe o total da tarifa do transporte (R$ 4,40) e sim um valor por passageiro transportado definido pelo contrato de concessão. Ou seja, a receita real é menor no momento.
Um trem expresso com menos da metade da capacidade vale mais de três vezes a receita de um trem de passageiros lotado. Em termos financeiros, a ViaMobilidade fez um bom negócio ao disponibilizar tal formato de viagens, uma vez que pode auferir maior quantidade de receita e gerar lucro com a operação.
Se na Fórmula 1 fizer expressos entre Barra Funda e Autódromo, o lucro será ainda maior!
A que custo? Simplesmente ignorou os usuários comuns para dar prioridade ao expresso.
Expresso da Discriminação, esqueceu do trabalhador para priorizar o público do Theo Town, trabalhador sempre sofrendo com a Via Imobilidade que esqueceu que o trabalhador usa diariamente o sistema ferroviário.
E acrescenta o que na vida do usuário comum? principalmente daquele que usa o serviço tradicional..
As pessoas acham bom como se fossem acionistas da empresa. Piada pronta.
Bom que vai ajudar a pagar os ônibus da PAESE do primeiro dia
“E os problemas para o passageiro comum?” Perguntam alguns. Simples. Não ligam. Se não ligam em todos os outros dias do ano, pq ligariam no dia do The Town?
É a concessão cumprindo seu papel, de encher o bolso de pouquíssimos, às custas do sacrifício da esmagadora maioria. O liberal periférico simplesmente ama.
“Vale lembrar que a ViaMobilidade não recebe o total da tarifa do transporte (R$ 4,40) e sim um valor por passageiro transportado definido pelo contrato de concessão”
recebe um valor fixo por passageiro transportado, e se não atingir o valor de 1,1 milhão de usuário o governo completa o restante. isso é uma clausula contratual. isso dá mais de 100 milhões por mês de remuneração para a concessionária. ou seja, o governo pagou pelo serviço regular que foi renegado no dia do the town, e ela ganhou 300 mil por fora.
aí fica fácil