A Prefeitura de São Paulo anunciou o início das obras do BRT Radial Leste, um corredor de ônibus com 10 km em sua primeira fase e que ligará a estação Penha do Metrô ao Parque Dom Pedro II.
O projeto, no entanto, já havia sido lançado por administrações anteriores, mas interrompido sem que nenhum trecho fosse concluído.
O corredor custará R$ 389 milhões e pretende “beneficiar” 400 mil pessoas por dia, disse a administração do prefeito Ricardo Nunes (PMDB), sem explicar se esse dado se trata da demanda do serviço.
Se for isso, trata-se de um número “excepcional” já que a Linha 3-Vermelha do Metrô transporta diariamente em média 1 milhão de passageiros, mas tem o dobro do tamanho.
Por falar em Metrô, o “BRT” fará um percurso quase idêntico à Linha 3, aproveitando justamente o eixo da via expressa Radial Leste. Haverá conexões para os passageiros com as estações Belém, Tatuapé e Carrão.
O prefeito chamou ainda o projeto de “primeiro BRT da cidade de São Paulo”, ignorando a existência do subutilizado Expresso Tiradentes, que tem até mais a ver com esse tipo de proposta.
Opinião: mais um retrocesso em mobilidade
“Baratos” e relativamente rápidos de implantar, os corredores de ônibus “gourmet”, chamados de BRT em uma ilusão criada pelo lobby que reúne as empresas do setor, perderam o apelo que tinham na década passada, quando vários sistemas foram construídos.
Passado o frenesi inicial, a maioria deles sucumbiu à problemas como lotação, falta de regularidade, sucateamento, insegurança além de tarifas caras, entre outros fatores.
O resultado não surpreende já que o BRT não passa de uma solução paliativa que não ataca a questão da mobilidade, que é justamente oferecer um serviço rápido, previsível, confortável e seguro.
Para atender esses requisitos é preciso investir pesado em tecnologia, o que corredores de ônibus não têm por uma razão simples: isso faria deles projetos caros.
Imagine segregar completamente vias, criar sistemas de automação dos veículos e implantar um sistema de sinalização integrado, além de tração elétrica, que não polui. Tudo isso colocaria por terra os argumentos defendidos pela indústria ligada a esse setor.
Mas o discurso tem sido o mesmo, ou seja, enumerar “perfumarias” como “portas de plataforma”, informação em tempo real sobre horários de ônibus, pagamento nos pontos e paradas alimentas por energia solar.
Na prática, o BRT vai enxugar gelo, concorrendo com o Metrô já que persiste o custo extra para mudar de modal.
Se houvesse um planejamento e estratégia para beneficiar passageiros, a prefeitura seria “sócia” do estado em expandir a malha sobre trilhos.
Em vez de percursos longos de ônibus, a gestão municipal poderia implantar serviços circulares em bairros para levar os passageiros até as novas estações da Linha 2-Verde, por exemplo. E adotar a integração tarifária.
Portanto, ver a prefeitura de São Paulo investir dinheiro em corredores enquanto o sistema de ônibus é um desastre em termos de custo, eficiência e falta de transparência, causa espanto.
Corredores de ônibus são adequados, sim, para pequenas e médias cidades, onde não há demanda suficiente para trens. Não para a maior cidade do hemisfério sul.
Fico pensando no impacto que esse corredor irá causar na já saturada radial leste, causando mais trânsito e poluição, imagina sair do centro e demorar uma hora ou mais até a Penha.
Não vai causar nenhum impacto, ja q a Radial vai continuar com o msm número de faixas para carrks, so será acrescentado duas faxias para o BRT (uma em cada sentido
Então o que a prefeitura vai fazer com o corredor que já existe na Radial Leste?? Geralmente o BRT fica no meio da avenida onde ele está sendo implementado, exceto se for elevado como o Expresso Tiradentes, então os carros vão perder duas faixas o que vai aumentar o trânsito na Radial Leste para compor uma modal que vai apenas remover as linhas de ônibus no trecho, enquanto poderia muito bem alargar as avenidas que vão para a Radial Leste, colocar ônibus maiores para melhorar a vida dos passageiros na região.
Cleber, acho q vc não entendeu o meu comentário, a Radial vai ser alargada recebendo 2 FAIXAS NOVAS, elas vão ser pro BRT, de para os carros, vai continuar o msm
A Radial será alargada? você realmente disse isso ? você ao mínimo conhece a Radial ? Voce mora aonde? a Ilusiolândia ?
Para colocar duas faixas novas na Radial Leste, você precisa ampliar as pontes na Radial, derrubar parte dos terminais que ficam na Radial, desapropriar parte de estabelecimentos comerciais que ficam na Radial e a Radial fica do lado da linha 3, então nem pense em colocar uma faixa, pois não tem espaço.
e ele terá pontos de ultrapassagens, se sim, será mais de 2 faixas perdidas!
E não, vão 2 faixas ganhas
Havia um estudo um tempo atrás de uma linha de metrô que percorria o eixo da avenida Celso Garcia, saindo da futura estação Pari até a Avenida Nordestina. Me pareceia uma soluçao bem mais robusta pra desafogar a linha 3.
Eu entendo as críticas, mas o BRT deveria ser implantado como um complemento a L3, atendendo regiões lindeiras que o Metrô não consegue atender e ajudando a distribuir demanda.
O ideal era integração tarifária entre o BRT e o Metrô, mas sabemos que isso não vai acontecer.
A mobilidade realmente só é pensada na lógica do “fui eu quem fiz” e não no melhor para a população. Um corredor que faz o mesmo serviço que o metrô e trem, que corre riscos de interferência que são mínimas no caso do metrô e trem e que agora pode melar um pouco as concessões das Linhas 11, 12 e 13, afinal, haverá um modal concorrendo e puxando parte dessa demanda.
Enfim, a ver cenas dos próximos capítulos.
“Corredores de ônibus são adequados, sim, para pequenas e médias cidades, onde não há demanda suficiente para trens. Não para a maior cidade do hemisfério sul.”
Qual a base para esse comentário? De onde o autor tirou isso? Corredores de ônibus são essenciais em TODA grande cidade do mundo, isso é óbvio, mostre uma grande cidade que não tenha isso.
Sistemas de BRT são comuns em inúmeras cidades, são sistemas complementares, e não concorrentes, aos sistemas sobre trilhos, e são bem mais eficientes do que corredores de ônibus convencionais, possuem uma capacidade e uma fluidez maior de passageiros. Já imaginou SP e a região metropolitana sem os trólebus? Sem os corredores que existem onde o metrô e os trens não chegam? Seria o caos total. Não adianta ser idealista e achar que transporte sobre trilhos vai chegar em 100% dos lugares e resolver todos os problemas, porque não vai.
A China, campeã de linhas de metrô e trem, é também campeã em sistemas de BRT, estariam errados? Pequim, Guangzhou, Xiamen tem extensas linhas de BRTs.
É preciso opinar com base em fatos, não por birra ideológica com este ou aquele modal.
mas justamente pela china ter tanto metro e trem, eles sabem colocar BRT em locais onde não existe demanda que justifica algo de maior capacidade, ou como uma rede complementar. o BRT Radial Leste nao funciona dessa maneira, e não faz sentido pois o trajedo que ele oferece (zona leste ao centro) tem que ser ofertado por algo mais rapido e de maior capacidade do que um onibus que cabe 270 pessoas. um trem da cptm cabe 2100. o que precisamos em são paulo, nessa regiao, com esse tipo de trajeto, são mais trilhos e não ônibus parrudos
Ou seja, substituir a Radial Leste por mais um par de trilhos?
São Paulo precisa de BRT e Metrô e de todos os meios de transporte existentes.
O BRT Radial Leste não concorre com o Metrô, ele atenderá uma demanda já estabelecida de pessoas que usam hoje os ônibus que já usam a Radial Leste e saem de Cidade Tiradentes, pelos eixos Aricanduva, Eduardo Cotching, Conselheiro Carrão, Itaquera, Salim Farah Maluf, entre outros. Considerando que as estações do BRT atenderão também regiões entre as estações, complementará o atendimento do metrô no eixo Radial Leste, através de integração tarifária.
Essa gritaria anti-BRT está igual a gritaria anti-monotrilho que outro site promove.
“Mostre uma grande cidade que não tenha isso”. Bruno, basta visitar Londres e achar algum BRT. Eu mudo o nome do site para MetraNext se você encontrar.
Não tem nada de birra ou gritaria. Ônibus funciona bem em trajetos menores, alimentando sistemas robustos ou, se for em longa distância, quando a demanda é pequena.
O BRT emula uma operação sobre trilhos, mas sem organização, segregação e qualidade já que o atrativo é o custo baixo e a entrega (eleitoral) rápida.
Claro que consegue fazer mais que ônibus compartilhando vias ou mesmo corredores de baixa qualidade como o da Santo Amaro ou Ibirapuera. Mas o custo para a cidade é enorme.
Vejam que a Linha 3-Vermelha está ainda 374 mil passageiros/dia abaixo do volume de outubro de 2019. Ou seja, ela conseguiria absorver ao menos uns 200 mil passageiros com certo conforto, que eu duvido que o BRT vai levar por dia.
O prefeito poderia propor integração gratuita com o Metrô e CPTM já que parece que dinheiro não é problema na SPTrans.
Enquanto São Paulo não tiver uma rede sobre trilhos suficiente em extensão e distribuição e uma ocupação do solo mais equilibrada, oportunismos como esses vão surgir. Depois deixarão de fazer sentido.
(Já estou vendo leitor ‘denunciar’ meu comentário para ele sumir…rs)
Ricardo,
Eu morei um bom tempo na cidade do México. Lá tem metro e BRT. Os dois modais sao necessários e se complementam.
Em uma cidade com 12M de pessoas, tudo que for feito será pouco. E ainda lembrando que teremos Linha 19, Linha 16 em planejamento (sou otimista, elas irao sair).
O BRT não é oportunismo, é atendimento de demanda de média capacidade, algo que São Paulo tem e não vai desaparecer (e nem ser atendido totalmente por VLT e Monotrilho). Uma cidade do porte de São Paulo não se pode dar ao luxo de acabar com o ônibus, nem se tivesse 2000 km de metrô.
A demanda de média capacidade precisa ser atendida e o BRT é uma alternativa viável. A Linha 3 já não absorvia os passageiros dos ônibus que circulam na Radial Leste no cenário pré-pandemia, como absorveria hoje?
Os ônibus já circulam pela Radial Leste, o uso é intenso, logo qual o problema de melhorar esse corredor de média capacidade usando o ônibus? Qual seria a alternativa para essas pessoas? Construir mais um par de trilhos paralelo ao existente?
Desde os anos 1960 alguns “especialistas” e lobistas defendem que São Paulo priorize o metrô e abandone os ônibus. Seguimos esse pensamento e o metrô não foi ampliado como deveria, mesmo tendo recebido o grosso dos recursos públicos destinados ao transporte. Hoje SPTrans e EMTU agonizam, com projetos parados, abandonados e com recursos retidos e ou entregues para asfaltamento de vias.
Não é preciso sucatear o ônibus para ampliar o metrô.
Ivo, você está preso na ideia que o fluxo pendular no eixo da Radial é eterno. Eu espero que não seja, que a gente crie alternativas para deslocamentos mais efetivos que não passem pelo centro da cidade.
O ponto é que ter ônibus circulando pela Radial Leste é sintoma de um sistema falho. Se usam é porque é mais barato e não há opção melhor de trajeto.
O que defendo no texto é um planejamento mais amplo e que se sobreponha às vontades eleitorais de governadores e prefeitos. Temos que criar novos nós no sistema metroferroviário, mudar fluxos e melhorar a ocupação do solo de regiões mais centrais.
E aí usar o modal adequado para cada função.
Sr. Ricardo tenho q discordar de vc nesse ponto, não é pq tem ônibus na Radial q o sistema é falho, concordo q não é suficiente o atual sistema, porém dizer q e falho por conta dos ônibus não faz sentido algum, vejo ônibus como um modal completamentar ao metrô, até pq como as pessoas chegariam ate a linha Vermelha se não tivesse ônibus? Além disso, muitos preferem pegar ônibus pela falta de integração com o Metrô, pra assim, pagar mais barato na passagem
Pessoal esse BRT é pra desafogar AS LINHAS DE ÔNIBUS, a comparação com o Metrô é desnecessária, claro q ele vai não vai desafogar a linha vermelha. A maior parte das linhas de ônibus q passam por este trecho estão saturadas, como talvez muitos não pegam ônibus na radial, ou talvez nunca pegaram, sabem disso
As linhas de ônibus em Londres transportam mais de 5 milhões de passageiros diariamente, Ricardo. Você defenderia extingui-las? Porque, afinal, o metrô de Londres tem uma extensão bem considerável. Como eu disse, exemplos não faltam de grandes cidades com extensas malhas sobre trilhos que usam BRTs, pois não são concorrentes, são complementares.
O custo para a cidade é manter linhas de ônibus saturadas, presas no trânsito e de baixa qualidade. O BRT vem para reduzir a saturação, pq tem mais capacidade, reduzir o tempo de deslocamento e dá outra opção de transporte para as pessoas. E futuramente será uma conexão perimetral entre o Terminal São Mateus e a Radial Leste.
Desculpe, mas você duvida que vai absorver essa quantidade de passageiros pq não deve usar os ônibus na região, e provavelmente não leu os estudos de demanda do projeto, a estimativa não foi tirada da cartola.
Gritaria anti-BRT sem base nos fatos.
Bruno, seja honesto, você perguntou se alguma cidade do mundo ignora “corredores de ônibus” e eu te dei o exemplo de Londres. Aqui tem faixa de ônibus e olhe lá. Há linhas de ônibus de longa distância, mas apenas em trajetos complementares.
De resto, ônibus em Londres faz o que teria que ser feito em São Paulo: alimenta os eixos sobre trilhos do ‘Tube’, do Overground e outros serviços. Não tem nada a ver com tirar importância do ônibus e sim usar o modal no lugar certo.
No Brasil, a falta de capacidade, interesse e recursos da administração pública prega o caminho fácil, tanto é que Metrô só foi surgir em 1974 quando em São Paulo e no Rio deveria existir há mais de um século.
Enquanto cidades como Curitiba virarem as costas para o metrô vão continuar enganando sua população, infelizmente.
Penso que qualquer nova opção de transporte à população é bem-vinda. Respeito, mas não concordo com a opinião do site de que “(…) mais um retrocesso em mobilidade
“Baratos” e relativamente rápidos(…)”. A tendência das linhas de metrô é de cada vez mais não darem conta da enorme demanda de passageiros. Tentem adentrar num trem ou num metrô em horário de pico, seja de manhã ou principalmente, à tarde, refiro-me, especificamente, às linhas 9 esmeralda e 5 lilás que mais utilizo. Nem menciono a linha vermelha ou outras linhas, de trens mais “populosas”. Não fossem as linhas de ônibus que suprem o restante da demanda, aí sim, seria o caos. Claro que metrô é muito mais rápido, mas esse BRT (Bus Rapid Transit) parece uma boa opção. O que mais mata (no sentido figurado) em termos de mobilidade, são a quantidade enorme de semáforos, inexistência de passarelas e inexistência de túneis ou viadutos em vários nós de cruzamentos e pontes de SP. Não conheço esse BRT Tiradentes, mas por fotos não vejo essa coisa de “enxugar gelo” ou “paliativos”. Era fura-fila, depois paulistão e por fim Expresso Tiradentes. Se a manutenção de ônibus e vias forem regularmente feitas, sem problemas. Não adianta querer competir com primeiro mundo, pois, qualquer projeto de metrô demora no mínimo uns 8 anos, desde sua elaboração, projeto até o funcionamento.
Vou discordar em partes de você, Ricardo. O termo “concorrência” foi usado de forma equivocada. Modos sobre pneus e trilhos possuem um atendimento e uma inserção diferente. Não se trata de concorrência e sim de dar mais opções ao passageiro. Há demanda de sobra nesse eixo da Radial Leste. Além disso, há espaço para todos as tecnologias dentro de um contexto de sistema de transporte. Ou será que é melhor deixar do jeito que está para evitar “concorrência” com o Metrô?
É óbvio que muitas vezes o político de ocasião gosta de perfumar uma infraestrutura de transporte, porém neste caso a implantação do BRT (sendo ou não) é acertada pelas razões que já citamos. Hoje os ônibus circulam em faixa exclusiva. O BRT circulará em via segregada e isso já garante uma eficiência maior.
É diferente, por exemplo, do caso da Linha 18, onde já estavam com o contrato assinado e o governador Dória trocou por um BRT (que nem é BRT de fato). Aqui, a crítica desse site foi acertada e apoiamos incondicionalmente.
Colocar a imagem do BRT detonado do RJ não foi muito honesto, pois é sabido as reais razões disso. Basicamente as mesmas que deixaram a Supervia uma lástima. Será que isso é motivo para demonizar um sistema sobre trilhos? Por que não mostrar a situação do BRT depois que a prefeitura assumiu o serviço?
Vamos se esse site fará críticas pesadas quando a gestão Tarcísio anunciar oficialmente que a Linha 14 será em VLT, sendo que sua demanda, sua concepção e sua interoperabilidade (entre tantas outras coisas) foram pensadas para um trem convencional.
Oi James, você tem todo direito de discordar. Mas não tire conclusões precipitadas sobre supostas preferências de modal.
Não é porque o VLT usa trilhos que ele seria poupado de críticas neste site. Um sistema como esse no lugar do BRT também motivaria o mesmo raciocínio deste texto.
E se a Linha 14 for de fato um VLT, também será uma lástima. O ‘Tram’, na minha opinião, faz bem o papel de transporte em regiões adensadas como no centro do Rio ou o projeto Bonde São Paulo.
Por fim, aceito sua crítica à imagem do BRT do Rio. De fato, não foi um bom exemplo e você tem razão sobre a situação de penúria da Supervia.
Há imagens que definem melhor os problemas associados aos corredores de ônibus.
Exatamente!
Não há concorrência, há complemento.
Importante que o transporte público seja prioridade e investimento em aumentar a capacidade também do viário são importantes.
No caso da Radial Leste não haverá concorrência alguma, mesmo que a intenção fosse essa. A Linha 3 do Metrô e as Linhas Coral e Safira da CPTM estão completamente abarrotadas, e sem perspectivas de se conseguir ampliar as suas capacidades.
Lógico que para uma metrópole deste porte o ideal seriam mais linhas de Metrô e de Trens Metropolitanos, mas fato é que elas vêm sendo adiadas por décadas. E esse atraso não será resolvido no curto ou médio prazo, mesmo que os nossos governantes tomassem vergonha e começassem a mexer-se agora pra isso.
Defendo que existe sim espaço para os BRTs aqui em São Paulo, seja complementando sistemas metroferroviarios (na forma de “ramais”), ou ainda pelo médio-longo prazo naquelas regiões em adensamento cujas novas linhas metroviarias só existem no rascunho de projeto.
Agora uma coisa é certa: Se forem implantar BRTs aqui em São Paulo, que seja operando ônibus biarticulados (duas sanfonas) e com piso elevado, com as plataformas de embarque/desembarque em nível. Deve-se priorizar a maxima capacidade possivel, sem mesquinhezes e nem economias chulas. Não venham com a estupidez de empregar veiculos de piso baixo (péssimos e inadequados para essa finalidade).
Olá Sr Ricardo e acalorados amigos aqui presente.
Bem na verdade já exite um corredor de ônibus na Radial, só que está localizado na faixa a direita, e ali na altura da Cidade Patriarca tem ou tinha uma ciclovia (me lembro bem porque quase fui atropelado por uma na contramão) Eu tenho acompanhado as reportagens do Sr. Alberto Polo a respeito do movimento das linhas do metro, e até perguntei se teríamos uma nova série falando do movimento das estações dos trens metropolitanos. Dependendo da quantidade de passageiros da Linha 11, poderiam tentar fazer uns estudos para transfonar ela em um metro de superfície gradualmente. Os prós do metro sobre os trens são muitos, maior aceleração, melhor velocidade em curto espaço, mais leve, melhor frenagem, condução autônoma, é uma possibilidade muito fácil de ser executada. Que tal começar com uma pesquisa para ver o que a população local prefere. Oh pessoal fiquem calmos, é só uma sugestão. Abraços e fiquem com Deus
Por que não se estuda levar mais mobilidade também via trilhos para a Radial e a Zona Leste como um todo, já que ela é um gargalo que tende a aumentar com o passar dos anos?
Permitir com que a Acciona não deixe descansar em berço esplêndido os tatuzões e já começar a fazer a linha 16, a partir da Zona Leste? E, entre Abel Ferreira e Cidade Tiradentes, se conectar em Artur Alvim?
Fazer a linha 5 subir até o Belém ou até Gabriela Mistral, já que a linha 13 subterrânea tem mais cara de metrô que de CPTM?
Ressuscitar a linha que iria do Pari até Nordestina, como foi citado por outro leitor e colocá-la também no pacote de concessões junto com a linha 14-ônix? Isso sem falar da linha bronze, que poderia ser recriada, pegando parte da zona leste saindo do ABC sentido Mooca? Fora outra linha morta, a que sairia da Cachoeirinha sentido Pedro II?
Se houver no futuro mais conexões entre Brás e Itaquera, a tendência é diminuir a lotação das linhas 3 e 11, que pode até ser concedida e expandida, no antigo (e abandonado) projeto Lapa-Guaianases, que em tese será feito apenas pela linha 11 e com baldeação na Barra Funda.
Opções não faltam para expansão do transporte metropolitano sobre trilhos. Basta ter dinheiro, conseguir as parcerias público-privadas (capital chinês e europeu) e agilizar a parte burocrática.
Competitivo com o Metrô ? Ah, desculpa, mas devo discordar, talvez um transporte de apoio, ok, mas criar uma expectativa de que o B(OSTA)RT(RALHA) seja tão eficiente quanto uma linha de metro pesado, mesmo uma linha de VLT é simplesmente ridículo e trata o cidadão como um asno, infelizmente, o lobby do setor de transporte coletivo por ônibus é forte ( e tem até empresas ligadas com facções criminais) e obviamente, esse setor, que recebe milhões em subsídios municipais não deixariam que outros modais mais eficientes concorressem contra eles, e infelizmente temos um exemplo claro dessa pratica, pela troca do monotrilho 18-bronze por um corredor “B(OSTA)RT(RALHA)”, tudo para não prejudicar financeiramente a máfia Setti-Braga, e agora, o Ricardo Nunes, está colocando sua garras de fora, e mostrando quem é ele de fato, e pelo jeito, já já cancela o projeto VLT do Centro, para dar um beneficio gordo as empresas de transporte coletivo por ônibus, de certa forma mentindo sobre o que prometeu em campanha eleitoral.
A verdade é que a região metropolitana de SP está saturada. Não tem sistema que atenda a demanda adequadamente enquanto a concentração populacional continua aumentando num ritmo maior.
É essencial a descentralização econômica pois ela é a principal culpada por esses movimentos pendulares absurdamente longos que sobrecarregam os sistemas de transporte.
Se era pra fazer BRT entre o Centro e a Zona Leste, tinha que ser na Celso Garcia, onde precisam fazer algo de fato pois é insustentável hoje, não na Radial.
Caro Autor, você conseguiu instigar a opinião do seu público.
As palavras usadas na manchete são fortes mas o argumento se mostra ao menos sensato kkkkkk
Mas os caras ficaram com raiva kkkkkkk
Enfim, meus dois centavinhos
Acho que são públicos diferentes. Não concorrem e também não se atrapalham (e ninguém nunca disse que o faria, que fique claro).
O corredor da Rebouças felizmente ficou pronto antes da quase interminável linha amarela.
Tinha quem criticasse a sua implementação lá na primeira metade da década de 2000, pois concorreria com a futura linha de metrô.
Hoje é um dos corredores mais importantes da cidade e tem seu nicho específico. Não concorre com a linha amarela. Ambos estão lotados e tem seu papel.
Assim será na radial
o transporte publico sob trilhos sempre deve ser prioridade, existem muitas linhas de ônibus que fazem o mesmo trajeto do metro e do trem, causando mais barulho, mas transito, mais poluição sem necessidade, ônibus devem ser usados apenas em trajetos curtos dentro dos bairros onde não há trilhos, levar o passageiro de dentro do bairro até a estação mais próxima e só, por isso quanto mais estações melhor, menor será a necessidade de usar ônibus
8700
675K
4310
Todas sobrepostas ao metrô e juntas carregando mais de 2 milhões de passageiros por mês.
Essas linhas só possuem pontos na Radial Leste apenas ao lado das estações do metrô? Se existem pontos de embarque entre as estações do metrô, não há como falar em sobreposição.
Ah beleza, deixa o trajeto entre as estações desatendido, tira a opção dos passageiros em não enfrentar a lotação da ferrovia e de quebra ainda ferra com quem já usa o trem/metrô. É cada coisa que se lê aqui…
É curioso como se fala muito em BRT’s com problemas de implantação ou operação mas muito pouco se fala em sistemas de metrô com problemas de implantação.
Em Fortaleza, por exemplo, a União gastou quase R$ 2 bilhões para a implantar uma linha de metrô que não consegue transportar mais de 34 mil passageiros por dia. Um metrô com essa demanda não passa de um elefante branco. Entra ano, sai ano e ninguém soluciona o problema do metrô (que se resume em não ter sinalização capaz de permitir intervalos de 5 minutos entre trens- hoje o intervalo mínimo é de 17 minutos).
Esse fenômeno não se restringe ao Brasil. Em Quito, o governo do Equador construiu um metrô de mais de US$ 2 bilhões que transporta 159 mil passageiros por dia. O mesmo governo do Equador iniciou a implantação do BRT em Quito. Com US$ 172 milhões e corredores incompletos e saturados, transporta 750 mil passageiros por dia.
Eu moro minha vida toda no extremo da Zona Leste e posso afirmar, esse corredor BRT não vai resolver o problema da zona leste.
Quantas e quantas vezes vi filas de “Term. Cid. Tiradentes x Term. Pq. D. Pedro” na Av. Ragueb Choffi e na Radial com eles abarrotados de gente? Quantas vezes eu já não estive nessa situação?
O abandono da prefeitura e do governo com a periferia é escancarado, mas as pessoas se cegam por promessas de eleição. Se o governo já tivesse implementado uma linha entre Cid. Tiradentes (maior Cohab da América Latina), não seria necessário um BRT na Radial, pois a faixa exclusiva já supriria a demanda que teria.
Devo dizer que concordo com o Ricardo, estes BRT’s são situações semelhantes aos utilizados pela GRU-Airport que estão substituídos por People Move que na prática é substituir seis por meia dúzia, quando o ideal seria se eliminar as baldeações e facilitar os usuários, conforme defendido por este site, num dos muitos contratos feitos na correria de concessões mal elaboradas, para se ter uma frequência e largura maior dos atuais Ônibus Circulares seria muito mais fácil e econômico se aumentar a frota, uma vez que a largura é menor do que foi feito lá, o dinheiro gasto seria muito melhor empregado com o aumento da demanda se estendesse rumo até Bonsucesso!
De nada adiantara colocar um novo dirigente da Artesp, Agência de Transporte Público do Estado
enquanto não mudarem a mentalidade e não se resolvem questões básicas como se minimizar as “Altíssimas Pendularidades” das atuais linhas e priorizar os trens Metropolitanos em relação aos TIC’s, com levantamentos comprovados de quanto tempo aumenta e se perde com grande parte da população que utiliza o transporte público!
Estes governantes continuam preferindo iludir a população desinformada lançando concessões de forma aleatórias e novas estações e linhas de Metrô no papel, e TIC’s obsoletos sem consultar os usuários, do que desenvolver as regiões periféricas principalmente do Alto Tietê pela iniciativa privada, através do redirecionamento do Plano Diretor!