O modal de monotrilho recebeu mais um duro golpe nesta semana após o governo da Bahia anunciar a rescisão do contrato do chamado “VLT do subúrbio de Salvador” que havia assinado em 2019 com as empresas BYD SkyRail e Metrogreen.
O consórcio havia vencido uma licitação em 2017 que previsa substituir o degradado trem de subúrbio que circulava na região por um sistema leve moderno e mais capaz. A BYD, no entanto, ofereceu um sistema de monotrilho, o SkyRail, com vias elevadas e até mesmo uma extensão sobre o mar.
O custo original era de R$ 1,5 bilhão, valor bastante baixo para esse tipo de projeto. No entanto, as obras pouco avançaram, embora o trem de subúrbio tenha sido desativado em 2021, deixando a população a mercê de ônibus com tarifa quase dez vezes mais cara.
A BYD chegou a apresentar um dos trens SkyRail com as marcas do governo da Bahia, mas na China, em 2021. O monotrilho, no entanto, nunca chegou a ser enviado ao Brasil, até por conta da falta de estruturas para recebê-lo.
O governo do estado e a concessionária passaram vários meses discutindo aditivos e alterações no projeto, mas o valor elevado pela empresa tornou sua implantação inviável. A BYD chegou a oferecer outro sistema, de menor capacidade, o SkyShuttle, mas a hipótese não foi cogitada.
Em análise divulgada pela Procuradoria Geral do Estado em julho, foi recomendada a rescisão amigável do contrato, o que o governo oficializou nesta quarta-feira, 16 de agosto.
Perspectivas obscuras
O fim da linha de monotrilho baiana entra para a triste coleção de fracassos associados ao sistema. Atualmente há apenas a Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo em operação, mas com vários problemas crônicos. Já a Linha 17-Ouro segue indefinida enquanto o governo paulista busca uma solução para as obras civis paralisadas.
O fornecimento dos 14 trens será feito justamente pela BYD SkyRail, em um modelo semelhante ao que seria usado na Bahia. A empresa chinesa chegou a apresentar um protótipo em março de 2022, mas desde então não houve notícias relevantes sobre o andamento da fabricação das composições.
O sistema de monotrilho da BYD só é usado em pequenas linhas na China e o Brasil seria uma espécie de vitrine para a divisão ferroviária da empresa. O fim do projeto em Salvador deixa o futuro do sistema em xeque já que é pouco provável que alguma empresa assuma a mesma tecnologia. Se mudar o tipo de modal será preciso começar praticamente do zero.
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Se não vai mais implantar o SkyRail a BYD segue com planos ambiciosos na Bahia. A fabricante anunciou semanas atrás um investimento de R$ 3 bilhões para fabricar veículos automotores elétricos na cidade de Camaçari.
Falando em BYD, e os trens da Linha 17 – Ouro? Algum foi fabricado? O contrato foi “paralisado” por conta do outro contrato de obras?
realmente o povo do subúrbio é da periferia de Salvador gostam de serem enganados e maltratados por esse partido do pão com mortadela, esse partido governa a Bahia por 20 anos e nunca realizou uma grande obra para esses cidadãos mais eles continuam votando e sofrendo porque gostam.
eu sempre recebo amigos de diversos países da Europa e dos Estados Unidos e sempre levavam na feira de São Joaquim e pegava o trem para mostrar as belezas naturais do subúrbio, todos gostavam desse roteiro, aí veio esses governadores bandidos miseráveis e acabaram com a tradição e a história do trem do subúrbio, miseráveis, desgraçados, ladrões enganadores.
mais o povo merecem o governo que tem , infelizmente!
cadê ministério público, órgão dos direitos do cidadão, cadê a OAB, 3l3s acabaram com o trem e nada foi feito contra eles , eles deveria colocar os trem de volta , se no Brasil tivéssemos justiça ou seja se tivéssemos um sistema judiciário de respeito aos cidadãos mais temos um monte de bandidos na corte que se juntaram para acabar com o Brasil!
na verdade o erro do governo bahiano foi seguir a cartilha do PSDB, de fazer concessões.
se tá ruim com o PT, imagina se fosse a direita …
Cara toda hora isso, para de mimimi e lacração
de cara . vão fazer u, corredorzinho de onibus badarosca
pelo amor de Deus sabe que rodava no subúrbio de salvador o pai do 5400 ( thosiba)
Governo da Bahia mostrando que tem culhões para fazer o que o Governo de São Paulo já deveria ter feito há tempos com a linha 17. Ainda dá tempo…
Esse tipo de culhão em SP não serve pra nada. A Linha 17 está parada mas está quase pronta! Inclusive a estação Morumbi já está considerada uma estação finalizada.
já construiu baby ,não pode demolir, a L17-OURO já teve até concessão para o Grupo CCR (VIAMOBILIDADE-VIAQUATRO)
sena pra os próximos capítulos da1 a o próximo mandato e olhe lá o povo teq fica esperando ele ficarem mas 8 anos e no próximo companheiro aí sim sai do papel e olhe lá como o metrô 🚇
Prazos descumpridos e reajuste de 246% no contrato: entenda como obra do VLT de Salvador passou a custar R$ 5,2 bilhões.
Em fevereiro de 2019, o governo da Bahia assinou contrato com o Consórcio Skyrail, formado pela chinesa Build Your Dreams (BYD) e Metrogreen, para a construção do Monotrilho Metropolitano de Salvador. O novo modal substituiria o sistema de trens que atendia 10 estações e ligava os bairros da Calçada a Paripe, na capital baiana.
Na ocasião, todos os órgãos do governo estadual envolvidos na ação anunciaram, através de publicações nos sites oficiais, que o valor estimado do investimento para a obra seria de R$ 1,5 bilhão, com prazo para conclusão em 36 meses a partir da assinatura do contrato. No mesmo ano, a obra teve ordem de serviço autorizada.
O governo chegou a divulgar a previsão de que o projeto estaria 100% concluído no segundo semestre de 2024. A promessa era de que, no primeiro semestre de 2023, haveria um trecho de pouco mais de quatro quilômetros que chegaria até a parada Lobato.
Porém, quatro anos depois a realidade é muito diferente. Com contrato assinado, a obra sofreu sucessivas alterações de prazos de entrega, de traçado e principalmente de valores. Dos iniciais R$ 1,5 bi para a conclusão do VLT, o valor atual já passa de R$ 5,2 bilhões, um aumento de 246%.
Faltou uma informação fundamental importantíssima que foi omitida, se o governo do Estado fez um cambalacho e bancou e continua bancando obras inclusive com os preços das passagens todas as despesas com a CCR Metrô Bahia assim como faz o de São Paulo com a ViaMobilidade, só a partir destas informações é que poderemos avalizar esta concessão se foi benéfica ou não!?
Seria muito mais inteligente – barato e eficiente – a modernização do sistema que já existia. Agora que foi defeito o monotrilho, está aí uma oportunidade do governo baiano fazer um trem de superfície moderno, utilizando o leito já existente e fazer uma nova ponte, muito parecida com a do projeto do monotrilho.
Monotrilho é uma tecnologia muito presa ao fornecedor, já a tecnologia do trem é bem estabelecida e com fornecimento de “prateleira” em todo o globo.
Prezados amigos soteropolitanos, não foram por falta de avisos, pois cheguei a comentar neste prestigioso site antes da tomada de decisão da substituição dos trens metropolitanos por monotrilhos, que existem opções mais ágeis e econômicas sem interromper a circulação das numa substituição gradual e continua.
Uma das melhores formas de modernizar e atualizar os sistemas de trens de passageiros em locais em que ainda se utilizam da bitola métrica é a implantação de bitola em 1,6 m a exemplo do que acontece nas maiores metrópoles brasileiras, observando, uma foto frontal postada, como destas composições de Salvador-BA, Teresina-PI, Campos do Jordão-SP e o bonde Santa Teresa-RJ em bitola de 1,1 m, e que já sofreram múltiplos descarrilamentos e com mortes, pode se visualizar a desproporção da largura da bitola, 1,0m com relação largura do trem “l”=3,15 m x altura “h”= 4,28 m ( 3,15:1) conforme gabarito, o que faz com que pequenos desníveis na linha férrea provoquem grandes amplitudes, oscilações e instabilidades ao conjunto, podendo esta ser considerada uma bitola obsoleta para esta função, tal situação é comum na maioria das capitais no nordeste, exceto Recife-PE que já é nesta bitola.
Para que esta tarefa fosse executada sem grandes transtornos, inicialmente deveriam ser planejadas e programadas as substituições dos atuais dormentes que só permitem o assentamento em bitola de 1,0 m por outros em bitola mista, (1,0 + 1,6 m) preferencialmente em concreto, que tem durabilidade muito superior ~50 anos, principalmente os que possuem selas, para após realizar a mudança, observando que para bitola de 1,6 m o raio mínimo de curvatura dos trilhos é maior.