CCR vs Comporte: Disputa pelas linhas 11, 12 e 13 terá apenas duas proponentes

Representantes dos Grupos que operam sistemas sobre trilhos foram vistos na Bolsa B3 entregando os envelopes com propostas
Linhas 11, 12 e 13 deverão ser concedidas (Jean Carlos)
Linhas 11, 12 e 13 deverão ser concedidas (Jean Carlos)

A concessão das linhas do Lote Alto Tietê terá apenas dois concorrentes e eles são bem conhecidos, o Grupo CCR e o Grupo Comporte.

Representantes das duas empresas foram vistos pelo portal Diário dos Trilhos nesta terça-feira, 25, entregando os envelopes lacrados com as propostas na B3, local do leilão marcado para dia 28.

Área da concessão (SPI)
Área da concessão (SPI)

O grupo CCR, que está prestes a mudar sua marca comercial para Motiva, era um dos cotados a disputar a concessão. Em 2021, a empresa deu início aos estudos para repassar as linhas 11, 12 e 13 após apresentar uma Manifestação de Interesse Privado (MIP).

Atualmente, a CCR está por trás da operação das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, e vai assumir a Linha 17-Ouro de monotrilho a partir de 2026.

O Grupo Comporte, por sua vez, tem a Metrô BH, concessionária responsável pelo sistema sobre trilhos da capital mineira, e é uma das sócias da TIC Trens, que venceu o leilão do Trem Intercidades Eixo Norte, incluindo a Linha 7-Rubi da CPTM.

Resta saber se a empresa nacional participará sozinha ou se terá outro sócio parceiro. A chinesa CRRC faz parte da TIC Trens, mas a concessão do Lote Alto Tietê não prevê a aquisição de material rodante, sua especialidade.

Grupos estrangeiros ainda distantes

A expectativa era de que participantes estrangeiros pudessem participar do certame, algo que aparentemente não ocorreu. O governo do estado tem feito vários road shows no exterior para atrair mais grupos, porém, o resultado até aqui tem deixado a desejar.

A participação no leilão está condicionada ao pagamento da garantia de proposta no valor de R$ 143 milhões.

Orçamento da concessão das linhas 11, 12 e 13 (SPI)
Orçamento da concessão das linhas 11, 12 e 13 (SPI)

A concessão envolve o investimento direto de quase R$ 15 bilhões na modernização e expansão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.

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  1. o resultado já foi decidido nos bastidores, o outro que entrou foi apenas por acerto.

    são 14,30 bilhões de reais, 70% do estado e os outros 30% também (via contraprestação pecuniária) , sem contar a tarifa de remuneração e demais reequilíbrio econômico financeiro. tudo isso com o governo federal e o BNDES como fiador, inclusive o Sr. Aloísio Mercadante deve comparecer nesse leilão como compareceu no leilão da linha 7. e tem gente que ainda diz q o governo federal “de esquerda” transformou o Brasil num comunismo …

    mais um ponto para os investidores … estado mínimo? só pro trabalhador. mas o trabalhador brasileiro, se fosse uma árvore, idolatraria a motoserra e o inseticida. então dê a eles o que querem.

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    1. Acho preocupante uma mesma empresa participar e ganhar os leilões. Mais no geral a iniciativa privada administra melhor do que o estado, estado esse que arrecada muito dinheiro e gasta de forma equivocada os recursos.

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  2. Que coisa! Muitos não devem saber ou se lembrar como eram os trens das atuais linhas 7, 10, 12 quando eram operados pela RFFSA/CBTU e FEPASA que operava as atuais linhas 8 e 9. Aliás nos anos 80 a FEPASA modernizou as suas linhas e estavam em melhor situação que as operadas pela RFFSA.

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