A CRRC, maior fabricante de trens do mundo, poderá abrir em breve uma fábrica de trens no Brasil. Declarações do governador Tarcísio de Freitas apontam inclusive um local para a nova unidade da montadora chinesa, a cidade de Araraquara (SP).
Durante entrevista para o programa Conexão Paulista, o governador apontou alguns dos contratos bem sucedidos da CRRC como o Trem Intercidades e a licitação para 44 novos trens do Metrô de São Paulo.
“Olha como isso é importante. Licitamos o Trem Intercidades, aí ganhou a CRRC. Aí ela ganhou o leilão dos trens da linha 2. Aí a gente vai lançar o (TIC) Sorocaba-São Paulo, aí tem o leilão da linha 11, 12 e 13.”

A alta demanda de projetos, sejam adquiridos ou futuros, é uma das principais motivações da fabricante chinesa se instalar no Brasil. Como já foi divulgado pelo site, a CRRC vai projetar e montar os trens em território nacional.
A futura unidade fabril deverá ficar localizada em Araraquara, segundo o governador. Possivelmente a CRRC poderá adquirir a fabrica da IESA que está em recuperação judicial e que já forneceu trens reformados para o Metrô e a CPTM.

“Aí o que os caras já pensaram? Opa, vou ter que montar uma fábrica de trens em São Paulo. Aí pega aquela fábrica que estava fechada lá em Araraquara. Opa, é lá que eu vou. Vou montar uma fábrica lá em Araraquara e vai vir emprego pra lá. Quer dizer, vamos fazer ferrovia em São Paulo. Vamos fazer locomotiva, vamos fazer trem de passageiro em São Paulo. É isso que faz a roda girar.”

Caso se confirme, a estratégia da CRRC poderá ser bem sucedida uma vez que os custos para implantação da unidade vão ser reduzidos, sendo necessário apenas reformas no local.
Em termos logísticos, há vantagens já que o local está há cerca de 13 quilômetros da SP-364 (Rodovia Washington Luís) e de uma ferrovia operada pela Rumo Logística.

A presença da CRRC no Brasil não só deverá mexer apenas com o mercado nacional mas também influenciar o mercado latino americano de material rodante.
A empresa consegue fornecer atualmente trens com qualidade elevada a custos baixos, pressionando empresas como Alstom, CAF, Hyundai e Marcopolo a se reinventarem para se manterem no mercado.
Só se os chineses gostarem de perder dinheiro. Não há demanda para alimentar fábricas de trens no Brasil. Vejam aí a CAF e a Rotem paradas e sem encomendas. Muito mais barato fabricar na China e trazer de navio para o Brasil.
Todas as falas do Tarcísio tem esse tom “puxadinho” como se ele estivesse em uma mesa de um bar com a montadora.
A CRRC visa não só atender a demanda do Brasil, como a América Latina, citada pela matéria.
A demanda por trens deve continuar crescendo no Brasil.
Trem é um equipamento feito para durar 30 anos, no mínimo. Assim, as aquisições são pontuais e não há demanda para produção contínua em escala na América Latina.
Se existisse demanda para fábricas na América Latina, a CAF fabricaria os novos trens dos metrôs de Caracas, Medellin, Quito e Santiago em Hortolândia e não na Espanha.
É mais barato para a CRRC construir na China e trazer pronto para a América Latina. Tarcísio inventou essa narrativa de fábrica apenas para enganar os incautos. O fato é que a concessão da Linha 7+TIC foi um fracasso, com a vitória de um consórcio obscuro, onde a empresa nacional não tem dinheiro e a empresa chinesa não tem tradição nesse tipo de negócio.
Parabénsss!! governador Tarcísio, quem sabe vamos ver o crescimento de Araraquara-SP, malha ferroviária já temos basta ter coragem e vontade de trazer um progresso para esta cidade que por anos ficou nessa mesmice. Parabénsss!!!
ET…a Rodovia Washington Luiz é SP 310 e não SP 364 como mencionado