A Prefeitura de São Paulo publicou na quinta-feira, 13, o edital para contratação de empresa que fará o desenvolvimento do projeto executivo, elaboração de projetos básicos e estudos ambientais para implantação da ciclopassarela Panorama, que passará por sobre o Rio Pinheiros e ficará ao lado da estação Berrini, da Linha 9-Esmeralda da CPTM, ao bairro do Real Parque e conjuntos habitacionais Panorama.
O custo do projeto deve ficar em torno de R$ 72 milhões e será bancado com recursos advindos da Operação Urbana Faria Lima.
A futura ciclopassarela terá extensão aproximada de 600 metros com o seu acesso Oeste junto à Av. Magalhães de Castro e seu acesso Leste junto a Av. das Nações Unidas na confluência com a Rua Mario Gonçalves da Silva, ao lado da estação Berrini da Linha 9. Ambos os acessos bem como as conexões com as ciclovias existentes, paralelas às Vias Marginais e às linhas de trem, se darão por meio de rampas circulares.
Para abrir espaço para o acesso ao lado da estação, a Prefeitura deverá desapropriar um posto de combustível localizado no quarteirão ao norte do acesso de Berrini.
As propostas devem ser recebidas pela Prefeitura até o dia 4 de março, data em que ocorrerá a abertura dos envelopes. A SPObras, responsável pelo projeto, não divulgou um prazo aproximado para que a ciclopassarela fique pronta.
Acesso dificultado
Ao longo dos cerca de 22 km em que a Linha 9 percorre as margens do Rio Pinheiros são raros os pontos em que pedestres e ciclistas têm acesso facilitado às estações do ramal. Um deles é a estação Cidade Universitária por conta da existência da ponte de mesmo nome, localizada ao seu lado.
Há outras propostas de ciclopassarelas que poderão no futuro facilitar o acesso à linha de trens metropolitanos como o projeto do Parque Global, um empreendimento na altura da estação Granja Julieta e que pretende criar uma passagem elevada entre os dois lados do rio.
Com a despoluição do rio Pinheiros em que não é mais possível se sentir o mal cheiro e nem o aspecto visual desagradável que tinha até pouco tempo atrás, ficam plausíveis projetos de ocupação de suas margens. A linha da CPTM que passa ali, o próprio monotrilho, junto com o parque linear sendo implantado ajudarão a compor um novo cartão postal paulistano. Bem distante dos projetos do prefeito Jânio Quadros, que queria ocupar as margens dos rios paulistanos, como o Tietê, sem considerar sua despoluição e tratamento dos esgotos da cidade, em uma época que o tratamento era em torno do 20% na região metropolitana. Hoje, com índices de tratamento passando dos 80% é possível já se pensar em projetos como este.
Desde quando que o rio pinheiros está despoluído e não está mal cheiroso?
Muito bom, a região da estação Jurubatuba está necessitando urgentemente de uma solução parecida. A muitos anos prometem a ponte Jurubatuba/Veleiros mas até agora só promessas.