Com a aprovação da concessão das linhas 11, 12 e 13 para a iniciativa privada, a CPTM já está tomando providências administrativas para cancelar uma grande compra de equipamentos de manutenção que seriam utilizados na modernização das linhas.
Nesta sexta-feira, 1º de novembro, a estatal emitiu cinco avisos simultâneos no Diário Oficial, republicados em seu portal de licitações, informando que tomará providências para a revogação dos certames.
Abaixo segue a lista dos equipamentos que seriam adquiridos pela estatal e que tiveram a compra cancelada.
- Sistema de medição de geometria de via (SMGE) em 10 trens
- Dois caminhões de linha de alta performance (CAP)
- Composição mecanizada de carregamento, descarregamento e movimentação de trilhos longos soldados (CDTLS)
- Composição para manutenção de via permanente (CMVP)
- Unidade móvel para soldagem de fechamento de trilhos (UMSFT)
Todos os equipamentos seriam utilizados no processo de modernização das vias da CPTM. Com a concessão, a estatal não deverá empregar estes veículos no processo de manutenção e monitoramento da via permanente.
Todos os certames já tinham vencedores anunciados, mas as licitações ficaram travadas desde 2022. Nenhum valor foi desembolsado, tendo em vista que os contratos não foram assinados.
Leilão das linhas 11, 12 e 13 em 27 de março
Com exceção de alguns caminhões, os demais equipamentos que seriam adquiridos pela CPTM não aparecem como investimento dentro da minuta de contrato de concessão das linhas 11, 12 e 13.
O leilão dos três ramais que atendem a região leste da Grande São Paulo deverá ser marcado para o dia 27 de março.
Após repassá-las, a CPTM terá apenas a Linha 10-Turquesa sob sua responsabilidade, mas também ela será repassada à iniciativa privada, juntamente com o projeto da Linha 14-Ônix.
É o fim da era de ouro for trens metropolitanos paulista, sejam bem vindos a era das supervias paulistas
Era de ouro para quem?
Só se for para os empregados, fornecedores e fabricantes.
Para os políticos e para o povo, foi uma era de frustração e migalhas de melhoria.
A CPTM conseguiu ser pior que a Fepasa, não concluindo nenhum projeto lançado. E recursos não faltaram. Faltou competência da estatal.