Nunca São Paulo transportou tantos passageiros pelos trilhos de suas linhas de metrô como em novembro. No mês passado, a média diária de usuários nas seis linhas que compõem o sistema foi de mais de 5,3 milhões pessoas, maior marca do ano e obtida por conta de recordes de passageiros em vários ramais.
É uma prova contudente da atração exercida pelo transporte ferroviário diante da queda regular nos números dos ônibus – embora estes ainda representem a maior participação na capital. Somados aos dados da CPTM que, em tese, devem mostrar crescimento semelhante, o transporte sobre trilhos avança no protagonismo e na importância fundamental para a mobilidade na Grande São Paulo.
O ano de 2019 marcou também o amadurecimento da rede sobre trilhos, expandida significativamente nos anos anteriores. Ramais como a Linha 5-Lilás ampliaram sua demanda enquanto as linhas 2-Verde e 4-Amarela atingiram patamares inéditos. De quebra, o monotrilho da Linha 15-Prata viu sua demanda crescer 160% de janeiro para novembro e já contribui com 2% do volume de passageiros das seis linhas. É ainda muito pouco, há de se reconhecer, mas um ramal que certamente vai multiplicar seus números em 2020 graças à expansão registrada neste ano.
Maiores e mais antigas linhas de metrô, a 1-Azul e 3-Vermelha seguem transportando diariamente quase 1,5 milhão de passageiros e só não levam mais gente porque estão no limite. Enquanto isso, as linhas 2-Verde e 4-Amarela viram sua participação crescer no sistema à medida que passaram a receber mais pessoas de outros ramais. O ramal administrado pela ViaQuatro, aliás, superou a linha 2 em vários meses e hoje pode ser considerado o terceiro mais movimento da rede.
O maior salto em número de passageiros, no entanto, veio mesmo da Linha 5-Lilás, a que mais cresceu em extensão e estações nos últimos tempos. Em novembro foram 622 mil usuários, quase 100 mil a mais que a média de fevereiro.
Perto da saturação?
O crescimento do número de usuários das linhas de metrô, no entanto, faz surgir o temor da saturação do sistema num horizonte não muito distante. Atualmente, várias delas dependem de melhorias para transportar mais pessoas, caso das linhas 1 e 3 que estão recebendo o sistema de controle CBTC para reduzir os intervalos. Apesar disso, restam dúvidas se há espaço para ampliar as viagens caso a demanda seja muito grande.
A Linha 2-Verde, por exemplo, deverá receber muitos passageiros da Linha 15 além do crescimento orgânico causado pela expansão de outros ramais. Como deverá ser expandida a partir de 2020, a linha deverá ver seus números saltarem na próxima década tornando-se a mais movimentada da rede. Já as linhas 4 e 5 devem continuar a ampliar seus números sobretudo a primeira quando inaugurar a estação Vila Sônia, no extremo oeste da capital.
Mas é a Linha 15 que promete adicionar um número significativo de usuários no sistema. De 100 mil passageiros por dia, o ramal deve atingir 300 mil pessoas nos próximos meses e anos. Toda essa gente acabará distribuída pelos outros ramais de metrô e também da CPTM, tornando a rede ainda mais crucial para os deslocamentos diários.
A grande preocupação com esse crescimento está no fato de os planos de expansão mais factíveis não ampliarem as conexões da rede como seria desejado. Exceto pela Linha 2, que tirará passageiros da Linha 3, mas também acrescentará outros usuários, as demais tendem a trazer mais pessoas sem uma distribuição adequada. A própria Linha 6-Laranja, que deve movimentar mais de 600 mil pessoas, deve criar poucos pontos de conexão, sendo mais um ramal com tendência a um movimento pendular, desta vez vindo do noroeste da capital.
Já as linhas 19 e 20, que possuem trechos centrais que poderiam criar mais interligações no sistema, devem priorizar as pontas distantes em Guarulhos e São Bernardo do Campo, possivelmente trazendo mais passageiros para os mesmos eixos atuais.
Uma coisa é certa: os números do transporte ferroviário em São Paulo só tendem a bater novos recordes no futuro.
Está na hora do governo criar linhas com maior capacidade do que apenas 6 carros. Em Tokyo, as linhas de metrô operam com trens de 10, 12 e até 14 carros, com intervalos de 2 a 3 minutos e mesmo assim andam lotados e olha que a rede lá cobre a cidade toda.
Considerando que SP tem quase a mesma população de Tokyo, como espera sobreviver com linhas de metrô com apenas 6 carros cada? Tem que criar para até 10 carros, mais capacidade em uma mesma linha.
A CPTM opera com trens de 8 carros, pq o metrô não poderia operar com trens de 8 carros tb?
Além de tudo isso, parar de ver a bike como brinquedo e o onibus como um modal de ultima classe. Tem que investir em corredores e BRT´s, integração gratuita para permitir que o usuário opte por ir de onibus ou metrô, o que for mais rapido em seus deslocamentos, ao invés de ficar dando voltas no mundo pelas linhas do metrô ou onibus, superlotando.
Mesmo que possa parecer que vai lotar mais um ou outro, a integração permitirá a distribuição da demanda entre as redes de onibus, metrô e trem.
Já imaginou se não fosse gratuito a integração metrô com a CPTM, o que seria dos onibus da EMTU e do sistema viario? melhor nem pensar né
Quanto mais vagões um trem tem, maior é a estação e quanto maior a estação mais caro a obra fica, no nosso cenário atual que não se compara ao de Tóquio, vale muito mais a pena aumentar a quantidade de viagens na Linha do que quantidade dentro dos trens.
E outra coisa: a expansão decaiu e se o GESP não abrir novas frentes, construir logo a linha 6 até Cidade líder (nem sequer tem previsão do trecho até São Joaquim) e novas linhas no centro para desafogar as linhas 1 e 3, essas 2 serão as primeiras a entrar em colapso, ainda mais por serem linhas antigas.
Ao invés de ter gasto no CBTC (muito mais importante na CPTM do que no metrô), deveriam ter é investido em novas linhas, como a 19….
Agora é preciso fortalecer a linha 11 e levar logo para a Barra funda para ajudar a linha 3.
Mas pelo visto, vão esperar dar B.O para fazer algo, como de praxe!
Esse trecho da linha 6 foi cancelado (virou a futura linha 16 – violeta [Cidade Líder – Oscar Freire]), agora ela só vai de São Joaquim até Brasilândia.
https://www.metrocptm.com.br/metro-estuda-nova-linha-para-a-zona-leste/
A expansão do metrô tem sido feita de acordo com as condições financeiras do estado. Não dá para exigir mais do que já é feito.
Vejamos a expansão do metrô por década:
1970 – 19,9 km
1980 – 26,5 km
1990 – 10,5 km
2000 – 12 km
2010 – 32,3 km (década ainda não finalizada)
Como a expansão decaiu se vemos exatamente o contrário, com ela crescendo nas últimas três décadas? E a perspectiva mais pessimista para a próxima década (entrega da Linha 2 até Penha e Linha 17) garantem 16 km de expansão ao metrô, maior que o entregue nas décadas de 1990 e 2000.
Como o CBTC não é importante para o metrô no momento? Deixar a segurança de milhões de pessoas nas mãos de um sistema de sinalização da década de 1960 seria arriscado demais.
Além disso, o valor investido no CBTC não constrói um único quilômetro de metrô, então é falso que deixar de investir no CBTC garantiria mais quilômetros de metrô.
Aquela projeção de linhas de 2020 viria bem a calhar. Precisam criar novas conexões entre essas linhas pra dividir a demanda.
Olá sr. Roberto, pessoal, quero comunicar a todos que após muitas criticas que fiz ao site “https://transparencia.metrosp.com.br/dataset/relatório-de-expansão-obras-e-modernização” e em atitude de respeito para todos que se interessam sobre o andamento das obras do metro no relatório de novembro já disponível no endereço acima, voltaram a inserir o item Avanço físico (%) Todo avanço por menor que seja, será sempre um passo adiante e agradeço á todos que com seus comentários, criticas e sugestões e divulgação de informações e public relations contribuem por um transporte melhor. Um feliz Natal e um grande 2020 á todos. Abraços e fiquem com Deus
Gilberto