A Linha 16-Violeta é um dos grandes empreendimentos metroviários iniciados em 2022, graças ao lançamento da licitação de anteprojeto de engenharia e projeto básico. Após a divulgação do projeto diretriz é possível fazer uma análise mais detalhada sobre todas as estações.
Nesta série de matérias iremos revelar mais informações sobre as futuras estações, iniciando com a estação Cidade Tiradentes no extremo leste da capital.
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A área onde ficará a futura parada da Linha 16 também contempla a estação da Linha 15-Prata. Por essa razão, o empreendimento promete ser um marco na distante região da Zona Leste. Em estudos recentes do Metrô, notou-se que o fluxo de passageiros que podem utilizar o monotrilho seria tão elevado que achou-se por bem estender a Linha Violeta até o encontro com a Linha Prata, para oferecer opções de trajeto para os usuários.
Os estudos de localização da estação Cidade Tiradentes levaram em conta quatro posicionamentos principais. Foram levados em consideração para a implantação da estação a questão de geometria de via (restrição A), localização do terminal de ônibus (restrição B) e a existência de córregos canalizados (restrição C).
A opção adotada foi construir a estação próximo a praça multiuso e ao estacionamento das Casas Bahia.
A demanda estimada para a estação Cidade Tiradentes no ano de 2039 é de 71,2 mil passageiros por dia. A demanda hora pico é de 16 mil passageiros com igual carregamento no sentido Oscar Freire.
A estação Cidade Tiradentes é a unica da Linha 16-Violeta a contar com um terminal de ônibus. Ao todo são 13 linhas com destino ao terminal e 8 delas que passam pela região com destino aos bairros da zona leste e região central.
A principal funcionalidade da estação é realizar o atendimento do Conjunto Habitacional Cidade Tiradentes e a integração com o terminal da SPTrans. A região é marcada pelo uso comercial, de serviços, residenciais e serviços sociais. Percebe-se a presença de mais residências verticais conforme se afasta da estação.
Em termos de equipamentos urbanos destacam-se a EE Ruy de Mello Junqueira com 2002 alunos e a EMEF Cláudia Bartolomazi com 1541 alunos. Os atendimentos de saúde são realizados na UBS Cidade Tiradentes.
Existe baixa presença de equipamentos culturais na região, sendo a Casa da Cultura Cidade Tiradentes o único ponto deste tipo. O comércio local é abastecido por hipermercados como o Extra, além do comércio de eletrodomésticos pela Casas Bahia e Lojas Marabraz.
O local possui algumas favelas como a Domênico Tritto e a Suspiro. Destaca-se a favela Castro Alves com 950 domicílios.
No que se refere a interferências nas obras, foram detectados a presença do córrego Itaquera (canalizado), redes de esgoto, adutoras e redes subterrâneas de telecomunicações.
A estação Cidade Tiradentes será construída em uma profundidade de 21,54 metros. O método utilizado será o VCA (Vala a Céu Aberto). Os túneis escavados entre a estação o VSE25, última estrutura da linha, até a estação Fazenda do Carmo, passando pelos VSEs 23 e 24 será em NATM2.
O NATM 2 é o método de escavação manual que dispensa o uso do tatuzão e que abre espaço para duas vias. Este método foi aplicado entre as estações Faria Lima e Vila Sônia na Linha 4-Amarela.
A estação Cidade Tiradentes precisou passar por estudo de dimensionamento diferenciado. A vala da estação será modificada e alargada na porção norte de forma que seja possível alocar equipamentos para circulação vertical de passageiros.
Estão previstos 15 bloqueios para acesso e saída da estação, áreas comerciais na área não paga e sanitários. A estação contará com quatro acessos. Os acessos A e B estarão localizados na avenida Naylor de Oliveira junto ao terminal de onibus.
O acesso C ficará junto à vala principal junto a praça Maria da Graça dos Reis enquanto o acesso D cruza a avenida dos Metalúrgicos e fica entre o 28º Batalhão da PMESP e a EE Ruy de Mello Junqueira.
Estão previstos estudos no projeto funcional relativos ao reposicionamento dos pontos de ônibus, continuação da ciclovia na região, viabilizar o atendimento com foco no pedestre e a viabilidade de exploração comercial.
Por fim, a área prevista de imóveis para ser desapropriados na Linha 16-Violeta é de aproximadamente 4,3 mil m². No total os terrenos a serem utilizados possuem 6,9 mil m²
Parabéns pela matéria Jean super detalhada e bem explicativa, deve ter dado um trabalhão pra escrever, tal linha seria importantíssima, pois atenderia uma região muito deficitária em relação a transportes, moradores levam horas e horas para chegarem a seus trabalhos.
Infelizmente, acho que não verei tal obra concluída em vida, ou pior ainda, capaz de inventarem uma porcaria de BRT no lugar como fizeram com a findada Linha Bronze.
Parabéns, mesmo. Muito detalhada. Quem dera assim fossem tratadas as linhas e projetos futuros, com todos os impactos posteriores em diversas áreas sendo abordados. Talvez dessa maneira teríamos mais linhas e mais projetos sendo completados em menos tempo e com menos problemas depois de prontos! A região é mesmo muito carente em questão de transporte rápido e seria excepcional um projeto desses, aumentando a mobilidade para todos que lá residem e trabalham no centro de São Paulo ou em outros lugares mais distantes dali. Mas com a data de entrega do projeto, a esperança é mesmo de que o final não seja como o da linha bronze, um dos maiores retrocessos que já vi em termos de mobilidade urbana!
Parabéns pela matéria! Muito bem escrita e detalhada, eu como morador do bairro, sei da importância de ter uma linha de metrô ali. E agora serão duas né, com o monotrilho tbm. Infelizmente não sei se verei isso pronto em vida. Mas mesmo assim é bom saber que vão finalmente investir na região.
Ola Sr. Jean e amigos participantes
Pois é Sr. Felipe, nem o sr., nem eu e muitos outros que estão aqui vão ver essas obras virar projetos realizados em nossa existência, somente na linha amarela levaram mais de 17 anos para construir as obras até a Vila Sônia. Na verdade muito desses projetos não passam de ideias do tipo quem sabe vai que cola. Talvez se optassem por obras mais simples (Como foi a linha azul) sairiam do papel para a execução, porém obras são sempre uma ação predominante dos políticos e grupos interessado
Nem sabia que a linha 16 e linha 15 seria assim
16——-15
15——-10
16——–4
Nunca existiu um único projeto de metrô para Cidade Tiradentes e isso era por falta de demanda
Magicamente surge esse bem em ano eleitoral?
Proposta eleitoreira do governo Garcia que usou o metrô para dar credibilidade a essa promessa sem sentido. A Linha 15 é mais do que suficiente para a Cidade Tiradentes.
O que eu não entendo é postergar a expansão da Linha 15 até o Hospital Cidade Tiradentes.
Este projeto é primordial para atender a região e o Estado mais uma vez mostra que não se importa com o povo.
Monotrilho não dá voto. Metrô dá voto.
E eu desafio qualquer um a procurar a demanda para o metrô em Cidade Tiradentes.
Segundo a matéria do Jean, a demanda máxima no pico manhã para Cidade Tiradentes é de 16 mil passageiros/hora/sentido. Essa demanda é compatível com a Linha 15 Prata, projetada para uma capacidade máxima de 48 mil passageiros/hora/sentido.
Ou seja, a Linha 15 tem capacidade projetada 3x superior a demanda prevista em Cidade Tiradentes.
Duas??? kkkk Uma e olha lá.
Se a L16 for para CT, a L15 não irá.