Com temor de baixa demanda, governo deverá remunerar operação dos trens expressos do TIC Campinas

Decisão facilitará a gestão financeira dos trens expressos. Segundo governo, o aporte na operação do TIC deverá facilitar a tomada de financiamentos
Governo poderá custear parte da operação do Trem Intercidades (Jean Carlos)
Governo poderá custear parte da operação do Trem Intercidades (Jean Carlos)

A implantação do Trem Intercidades (TIC) entre São Paulo, Jundiaí e Campinas é uma das metas prioritárias para o governo do estado. Entretanto, a iniciativa privada está resistindo ao projeto atual e atua para modificar os pilares do contrato.

Além da preocupação com o financiamento público do projeto, que deverá sofrer reajuste com maior participação do estado, as questões relativas à demanda do TIC também incomodam.

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Segundo reportagem publicada pela Revista Ferroviária, o governo do estado pretende bancar parte da operação do TIC. A ideia é que, a partir da publicação do novo edital, a nova regra possa diminuir o risco do futuro operador privado.

A decisão teria sido justificada como um catalisador positivo na tomada de financiamentos por parte da operadora privada, já que haveria aumento no fluxo de caixa.

Originalmente o governo do estado planejava fazer com que o risco de demanda do TIC fosse assumido inteiramente pela futura concessionária, cabendo a ela definir as tarifas e arcar com todos os custos do serviço, sem qualquer tipo de contribuição do estado.

Estação Barra Funda, ponto de partida do TIC (Jean Carlos)
Estação Barra Funda, ponto de partida do TIC (Jean Carlos)

As questões relativas à demanda também são postas na mesa. Neste caso, dois aspectos importantes poderiam influenciar a utilização do Trem Intercidades: A competição com o Trem Intermetropolitano (TIM) e a confiabilidade da demanda no longo prazo.

No que se refere à competição com o TIM, pressupõe-se que o passageiro opte por usar o serviço parador entre Campinas e Jundiaí para assim tomar o trem expresso, com uma tarifa menor, até São Paulo.

Isso significa que os passageiros, em vez de usarem o TIC diretamente de Campinas, fariam uso do serviço TIM e baldeariam em Jundiaí para economizar. Segundo a reportagem da Revista Ferroviária, a economia seria de R$ 15 por viagem. O tempo, entretanto, aumentaria em 15 minutos.

TIM poderá ser alternativa mais barata que o TIC (Jean Carlos)
TIM poderá ser alternativa mais barata que o TIC (Jean Carlos)

Noutro aspecto, a confiabilidade dos indicadores de passageiros transportados no serviço expresso, que indica demanda de 60 mil passageiros ao dia, é questionada. Os entes privados põem em xeque a solidez da previsão, visto que ao longo dos anos de construção do TIC, que deverá operar em meados de 2031, a demanda possa se alterar.

Isso significa que existem receios de que o fluxo de passageiros se mude devido às mudanças no dinamismo entre as cidades. Ao longo dos anos, mais ou menos pessoas podem habitar Campinas, empresas podem ou não se instalar na região, o que poderia gerar motivos e fluxos de viagens divergentes.

Estação Vinhedo (Jean Carlos)
Estação Vinhedo (Jean Carlos)

Em resumo, existe um verdadeiro temor de que as previsões do governo estejam equivocadas, o que se reflete em oferecer condições mais sólidas para atrair o investidor privado.

Neste caso, as condições de segurança seriam justamente aumento do aporte público que mitigue os riscos do operador privado. O resto, como ressalta Rafael Benini à Revista Ferroviária, dependerá da criatividade do operador privado em estabelecer um modelo de negócios atraente para os futuros passageiros.

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  1. Trem é pra FUNCIONAR, servir a população, se vai construir isso com objetivo de dar dinheiro pra empresários então é melhor não fazer

    1. Para um trem funcionar, é preciso dinheiro para pagar suas despesas. Prefiro o estado e a iniciativa privada dividindo a conta do que o estado sozinho pagando a conta (e cortando recursos de educação, saúde, segurança para pagar a conta do trem como ocorria nos tempos da Fepasa).

      1. A inciativa privada vai pagar oq Ivo? 80% bancado pelo estado, e ainda com subsídios bilionários pra manter, e vc vem falar em dividir? A conta ai não bate

      2. Você acredita em Coelho da Páscoa né? O governo vai pagar a maior parte (na verdade tudo mas não dizem) e a empresa privada vai ficar só com o retorno. E faça uma comparação honesta, pois a Fepasa já não existe há muito tempo. E aliás tenho lembrado muito dela justamente com a empresa privada, ViaMobilidade, que presta um serviço até pior.

      3. Ivo

        os recursos da saude, educação e segurança pública não dependem dos transportes metropolitanos. nem na época da fepasa.

        se você realmente estivesse preocupado com o erário público do estado de SP, não defenderia essa concessão e nenhuma outra, pois são elas que justamente aunentam o custo do Estado.

        se você soubesse como é dividido a verba de cada secretária e órgão público na alesp, saberia que o TJSP custa mais que toda a stm.

        e explica pra mim, porque os ônibus de sp tem subsídios cada vez maiores com menos veículos em circulação? explica o repasse bilionário para empresas de ônibus? explica porque recurso para corredores de ônibus e terminais foram para asfaltar ruas e avenidas onde sequer passam ônibus ou poucas linhas de ônibus, há praticamente 1 ano das eleições municipais?

        explica aí Ivo.

        1. Outro ponto importante, é q tem bairros com mais de 30 anos sem asfalto, ruas q existem há décadas, e nunca foram asfaltadas, mas não foram contempladas com pavimento nesta operação do Sr. Prefeito Ricardo Nunes.

          Ou seja, além de tirar recursos de outras áreas, para esta mega operação de recapeamento, aimda fez o serviço incompleto

  2. Impressionante a preocupação do governo em atender as demandas de mitigação de risco dos investidores para viabilizar, muito mais para eles, e nem tanto para quem vai utilizar o serviço, o trem intercidades e intermetropolitano.
    Que se deixe a operação do serviço com a CPTM, muito mais simples e barato, sem necessidade de malabarismos contratuais e financeiros para mitigar riscos privados. Por isso que as grandes ferrovias do mundo são públicas!
    Quero deixar meus parabéns ao portal por estar sempre atualizando seus leitores!

  3. Isso já está virando palhaçada!
    É melhor o governo paulista arcar logo com tudo ou não fazer nada!
    Melhor que ficar passando a mão na cabeça de empresa privada.
    Esses editais deveriam ser revistos e as empresas interessadas que façam os estudos de viabilidade já que não confiam nos do governo.
    A gente percebe que há coisa errada só pelo fato de nenhuma empresa estrangeira ter se interessado nesses projetos.
    Onde estão os europeus e asiáticos que têm mais experiência com transporte ferroviário?

    1. O estado vai bancar 9 bilhões, enquanto a inciativa privada apenas 3 bilhões, o estado deve teraia 3 bilhões pra completar o valor

  4. 15 reais economizados com 15 minutos extras de viagem, ninguém vai querer, só a torcida do Flamengo e do Corinthians.
    Se o trem não for barato nem eu nem ninguém vai usar.

  5. isso só mostra que esse projeto do tic não é viável, como já cansei de falar aqui. é só um pretexto para conceder a linha 7 e atender a sanha do mercado financeiro que quer abocanhar mais dinheiro público

  6. Palhaçada viu! Então o Estado vai dar mais dinheiro ainda pra as operadoras lucrarem mais e investir apenas parte disso de volta. Não faz sentido nenhum!

  7. por que o pessoal não viu edital , que o governo fez para tic campinas desculpa o português verdadeiro que vou falar , mas literalmente ia enfiar no c…. de quem pegar o tic num grau que teria que ficar com obras da linha , pátio, cco mais as compras de trens

  8. Se for pra ser desse jeito e ainda pagar 80% da obra que a CPTM opere mesmo, pois assim só vai onerar o caixa do estado pra iniciativa privada lucrar, se é que esse não é o objetivo

  9. E ainda por cima vão acabar com o serviço 710, o que vai prejudicar a vida de muita gente, pois a grande maioria das pessoas não tem como ponto final a Barra Funda. Isto vai sobrecarregar a linha 3 do metrô.

  10. Aí é fácil ser a favor da privatização.. vamos torrar bilhões na construção e depois sustentar esses empresários. o lucro deles não vão dividir com o povo. esse lixo do Tarcisio veio para isto.. Semear a boa nova e dar nosso dinheiro para esses sanguessugas do Estado.. estado mínimo somente para os pobres…

  11. Se vai dar prejuízo tanto pro Estado como pra iniciativa privada (que vai ser bancada pelo Estado outra vez), pra que fazer?

    Há demanda que justifique tudo isso? Se tiver mais de 10 mil pessoas de demanda eu ficaria surpreso.

    1. Não tem demanda, esse trem vai chegar no centro de Campinas, em uma região pouco habitada, ninguém vai pegar ônibus pra ir até a estação, para aí pegar o trem. Quem não tem dinheiro vai de Cometa logo porque é mais barato, quem tem dinheiro vai de carro e boa.

  12. Esse tipo de investimento tem que ser custeado e subsidiado pelo Estado pois trem de passageiros é anti econômico e dá prejuízo e apenas duas linhas em todo mundo é considerado lucrativo a iniciativa privada que é o TAV japonês Tóquio-Osaka e o TGV francês Paris-Marselha enquanto o restante são todos deficitários. Outro exemplo é a estatal americana Amtrak que cuida dos trens de passageiros de longo percurso nos EUA que opera de maneira deficitária e precisa de cerca de 1 bilhão de dólares por ano pra se manter, mas ela ainda existe até hoje por ser considerado um bem social mesmo nessas condições.

  13. O governo do estado constrói uma rodovia ligando São Paulo a Campinas. Estimulados por esse mesmo governo, empresários do ramo de ônibus se interessam em colocar linhas operando entre as duas cidades, utilizando-se da estrada. Contudo, temem que a demanda dos passageiros, ao longo das décadas, possa variar (!), inclusive para baixo. Esse governo do estado, então, assume, com os cofres públicos (dinheiro de toda a população do ente federativo), a responsabilidade de pagar aos empresários do setor privado eventuais quedas tarifárias em função da perda de passageiros usando as linhas de ônibus, que, por sinal, nunca deixam de ser reajustadas.

    Alguém vê algum sentido na situação exposta acima? Se não, por que veria lógica no que está sendo agora proposto pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o serviço de trem de passageiros a Campinas, cidade que, por sinal, está bem perto da capital paulista em termos ferroviários (ninguém, até onde nos consta, está propondo levar trens de passageiros para São José do Rio Preto, Presidente Prudente ou Matão, que aliás já tiveram esse tipo de serviço décadas antes da privatização das ferrovias)?

    Enquanto a ladainha diversionista da privatização/concessão à iniciativa privada de serviços públicos essenciais ocupar o centro do discurso político hegemônico no estado de São Paulo, os(as) paulistas não vão parar de se prejudicar. Estarão sempre entregando o próprio futuro precarizado (e mais caro) a preços de bananas para oligopólios do capital estrangeiro (quando não monopólios, caso absurdo da CCR hoje na Grande São Paulo).

    Parafraseando um antigo e péssimo presidente-ditador do México: “Pobre Estado de São Paulo. Tão longe da qualidade de vida para seus cidadãos, sempre tão perto da fantasia privatista.”

    Ou o belo adágio maquiavélico: “Aos amigos, os favores. Aos cidadãos comuns, o capitalismo.”

  14. Setor privado é assim. Não quer assumir riscos, só os lucros. Aliás, não é nem criativo suficiente para buscar soluções que minimizem os riscos. O setor público tem que bancar 80% dos investimentos, assumir (boa) parte do custeio do serviço, qual a vantagem de se ter o setor privado como “parceiro”?. Se a ideia é trazer capital privado para os investimentos públicos, algo está errado nessa conta, pois o que se vê é o dinheiro público indo para o setor privado, como sempre foi na história.

  15. E o gado da privatização, depois que foi por terra a falácia de qualidade do serviço com a ViaMobilidade estava usando a falácia do custo operacional, que foi por terra também.

    Agora vão assumir que são massa de manobra? Ou acham bonito dinheiro público gasto pra garantir enriquecimento de empresário?

  16. Isso tudo é conversa fiada pra empresários ganhar dinheiro as custas do governo, são contratos mal redigido onde o estado entra com o prejuízo, desviando verbas dos cofres públicos que deveriam ser investido na saúde, segurança, educação e no próprio transporte público. Me mostrem o que deu certo na concessão das linhas do metrô e CPTM? a única melhoria é o dinheiro que sai do governo e é dado a CCR. Na verdade já sabemos quem irá ganhar essa licitação.

  17. A revista Forbes colocou esse ano o Brasil ganhou mais alguns bilionários, entre eles 5 são empresários da CCR Via Mobilidade. Enquanto isso a gente que mora em Barueri e depende da linha 8 diamante vimos o serviço piorar bastante, não tem mais confiabilidade, vive dando falhas, bem diferente de quando era da CPTM. Como trabalho na região da Paulista, agora sou obrigado a pegar o carro todos os dias , para um trajeto que até pouco tempo atrás eu fazia de trem . Mas foram tantos atrasos, que fiquei com medo de perder o meu emprego. Estão concedendo as linhas de trem de São Paulo para piorar e encher os bolsos dos donos dessa CCR. Muito triste o que estão fazendo com o povo se São Paulo que batalhou para construir essa infraestrutura de transportes.

  18. Resumindo todos os comentários
    Não faz nada deixa como está
    Se não tem demanda não tem que implantar uma solução para um problema que não existe

  19. isso é fácil de resolver,CPTM continua com a extensão Jundiaí campinas,e em horários específico faz um trem expresso parando somente em estações especificas,+- assim campinas Jundiaí Lapa são Paulo na Barra funda ou luz.é q políticos e comparsas querem enche os bolsos de algum jeito.

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