Concessão das linhas 11, 12 e 13 deve ser adiada para o segundo trimestre de 2025

O leilão para a concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM, denominado pelo governo como Lote Alto Tietê, deverá ser adiado. A informação foi revelada pelo secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

Durante entrevista dada ao podcast da Revista Exame, o dirigente afirmou que as empresas que estão estudando o futuro projeto pediram por um prolongamento dos prazos. A data do leilão está marcada para 28 de março.

A justificativa seria a complexidade do contrato que deverá movimentar mais de R$ 13,9 bilhões em novos investimentos. Para Benini é melhor que a obra seja garantida em vez de acelerar o processo.

“Mobilidade urbana, que a gente tem o Alto Tietê agora com o leilão marcado para março, e já te adianto que o pessoal já está pedindo mais prazo, então esse prazo deve abrir. Mobilidade urbana são projetos grandes, de dezenas de bilhões de investimentos, e onde os estudos são complexos. Então, assim, a gente entende isso, o TIC praticamente adiou quase seis meses de leilão por causa disso, e é importante a gente ter a obra, não fazer rápido.”

O prazo para o prolongamento dos estudos ainda não foi definido, mas seria entre dois e três meses adicionais. Em linhas gerais, a prorrogação jogaria o leilão para maio ou junho, ainda no primeiro semestre de 2025.

O secretário ainda cita que o adiamento do leilão trará impactos nas futuras concessões. O governo pretende ainda realizar o leilão das linhas 10 e 14, TIC Sorocaba, Santos e São José nos próximos anos.

“A gente já está estruturando agora, colocando dentro do nosso pipeline e avisando o privado o que a gente está fazendo, porque eu não quero que eles cheguem que nem no Lote Alto Tietê me pedindo mais 2, 3 meses, entendeu? Porque quando é 2, 3 meses aqui, não é só aqui que eu atraso, eu atraso o TIC Santos que ia sair em 2028.”

A concessão do Lote Alto Tietê já teria despertado o interesse de empresas como Grupo Comporte, Grupo CCR e inclusive estrangeiros da Transdev. O prazo da concessão será de 25 anos prevendo, sobretudo, a expansão de linhas e novas estações.