O Metrô de São Paulo amargou um novo fracasso na tentativa de conceder espaços comerciais de 16 estações da Linha 3-Vermelha. A segunda licitação do tipo teve a sessão de recebimento de propostas realizada na quinta-feira, 20, mas nenhum interessado compareceu ao local.
Apenas a representante da empresa Roselis Empório de Alimentos esteve presente questionando a respeito do pedido de impugnação do certame. Diante da ausência de propostas, a comissão de licitação encerrou a sessão, resultando como “fracassada”, quando não há propostas válidas.
Na primeira vez em que licitou os espaços comerciais, em outubro do ano passado, apenas a empresa RZK Concessões compareceu, mas fez uma proposta bastante modesta, de R$ 2 milhões pelos cerca de 4 mil m² de área disponível. As licitações das linhas 1-Azul e 2-Verde resultaram em valores muito superiores, de R$ R$ 12,5 milhões e R$ 10,6 milhões ao Metrô, respectivamente.
Na ocasião, a empresa, que venceu a licitação da Linha 1-Azul, sugeriu que o Metrô reduzisse sua participação na receita bruta da concessão, prevista em 55,7% caso o valor ultrapasse R$ 2,3 milhões mensais.
Na modelagem do contrato, o Metrô condiciona a concessão ao repasse de uma participação elevada do faturamento da concessionária, o que certamente pode ter afastado possíveis interessados.
Se por um lado terá direito a arrecadar com o aluguel do espaço comercial, a empresa também será responsável por investir na infraestrutura, além de assumir despesas de administração, conservação, manutenção, operação, limpeza e vigilância da área concedida.
As estações envolvidas na concessão são Corinthians-Itaquera, Artur Alvim, Patriarca, Guilhermina-Esperança, Vila Matilde, Penha, Carrão, Tatuapé, Belém, Bresser-Mooca, Pedro II, Sé, Anhangabaú, República, Santa Cecília e Marechal Deodoro.