Conclusão do contrato de construção da estação Vila Sônia é prorrogado para o fim de março de 2021

Prazo anterior estipulava fim dos trabalhos em 30 de novembro, mas novo aditivo ampliou em quatro meses tempo de execução dos serviços. Governo afirma que entregará obras civis até este mês
Estação e terminal VIla Sônia (iTechdrones)

A conclusão das obras civis remanescentes para conclusão da fase 2 da Linha 4-Amarela teve seu contrato prorrogado por mais quatro meses. A informação consta do 9º aditivo assinado pelo Metrô e consórcio TC-Linha 4 Amarela em 30 de novembro. Com isso, os trabalhos na estação Vila Sônia e no terminal de ônibus anexo devem ser finalizados até 31 de março de 2021.

Até então, o prazo oficial era justamente o dia 30 de novembro, que se alinhava à previsão do governo do estado de concluir as obras civis até este mês. Em resposta ao site, o Metrô reafirmou o prazo: “as obras civis serão concluídas ainda em dezembro deste ano, para que a estação entre em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2021“.

No entanto, imagens e vídeos recentes da obra revelam que há muita coisa ainda se fazer antes de o Metrô entregar a estação à ViaQuatro, operadora do ramal e que é responsável pela instalação de parte dos sistemas.

Em relatório mensal de transparência da companhia consta outro prazo, de maio de 2021, considerado como “meta de entrega à concessionária”. A versão mais recente do documento, datada de outubro, no entanto, não está visível na página de expansão e obras do Metrô – ela consta no site, mas sem link visível.

A estação Vila Sônia concluirá o projeto original da Linha 4-Amarela, iniciado nos anos 2000 e que passou por várias atribulações como o rompimento do poço onde fica a estação Pinheiros, que vitimou funcionários e pessoas no entorno. Após ser retomada, a obra foi entregue parcialmente em 2010 no trecho Faria Lima-Paulista, evoluindo até chegar ao trajeto Luz-Butantã no ano seguinte.

Estação Fradique Coutinho, a única estação da fase 2 da Linha 4 a ser entregue
Estação Fradique Coutinho, foi a primeira estação da fase 2 entregue, em 2014

Fase 2

Para agilizar a construção e também reduzir custos na época, o governo do estado decidiu separar parte das estações para uma segunda fase. As estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho e São Paulo-Morumbi tiveram apenas parte das obras realizada. Na primeira licitação, o projeto foi assumido pelo Isolux-Corsan, que fez uma proposta extremamente baixa. A empresa, no entanto, só concluiu uma estação, Fradique Coutinho, em 2014.

Afastada pelo Metrô após desmobilizar os canteiros, a Isolux deu lugar ao consórcio TC-Linha 4 Amarela, formado pela Tiisa COMSA S.A. O grupo então conseguiu entregar as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi até 2018, mas Vila Sônia, diante da complexidade e vulto da obra, acabou ficando para o final.

Com a provável abertura no primeiro semestre de 2021, Vila Sônia acrescentará 1,5 km à rede metroferroviária e deve receber um movimento diário de mais de 70 mil passageiros. A próxima fase da Linha 4 será chegar a Taboão da Serra com mais duas estações. A responsabilidade por esse trecho pode ficar com a ViaQuatro caso a gestão Doria encontre uma forma legal de alterar o contrato de concessão, condicionando o investimento ao aumento do período de operação do ramal.

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