Confira as melhorias realizadas nas estações da Linha 10-Turquesa

Durante visita técnica foi possível observar uma série de obras sendo realizadas nas estações. Ainda há planos para reconstrução das estações Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires
Obras na estação Prefeito Saladino (Jean Carlos)

Nas últimas semanas o site acompanhaou uma visita promovida pela CPTM para realizar uma série de visitas técnicas nas linhas da companhia. Já tratamos das principais melhorias nas Linhas 12-Safira e 13-Jade. Nesta sequência de matérias abordaremos as ações realizadas na Linha 10-Turquesa.

Na primeira parte de nossa análise mostramos um apanhado geral sobre as melhorias nas estações que contemplam reformas, soluções e novos projetos.

Estação Juventus-Mooca

Seguindo a ordem das estações entre Brás e Rio Grande da Serra, o primeiro destaque vai para a estação Juventus-Mooca que recebeu uma passarela retrátil no acesso da avenida Presidente Wilson.

Neste acesso em específico não existe ligação diretamente com as plataformas que prestam serviço, sendo necessário realizar a travessia através de uma passarela que não conta com acessibilidade.

Para sanar este problema foi construída uma passarela retrátil que liga o acesso até a plataforma sentido Jundiaí, facilitando o acesso dos passageiros com restrições de mobilidade até os trens.

A passarela é conectada com o sistema de sinalização da estação de forma que, quando for acionada, gera uma ocupação no trecho detectável ao sistema de controle dos trens. Atualmente a via é utilizada apenas por trens de carga da MRS.

Passarela metálica (Jean Carlos)

Estão previstas reformas na estação Mooca de forma que a parada possa ser dotada de todos os itens de acessibilidade como rampas, pisos táteis e elevadores, porém estas intervenções ainda não tem data para ocorrer.

Estação Ipiranga

A estação Ipiranga também está no radar da CPTM. Ela deverá ser alvo de uma reconstrução, de forma que possa estar plenamente adaptada para receber os passageiros provenientes da Linha 15-Prata que deverá ser estendida até esta região.

A estação também receberá novidades técnicas importantes como um novo sistema de alimentação de energia que usará linhas de alta tensão internas da própria CPTM.

Estação Tamanduateí

Na estação Tamanduateí foi levantada uma questão para a equipe da diretoria de operação presente na visita sobre a operacionalização da plataforma 4. Atualmente essa plataforma não conta com vias, mesmo sendo projetada para tal.

Não há por parte da CPTM intenção de tornar essa via operacional neste momento. A construção da estação com as quatro plataformas previa a implantação do Expresso ABC, antigo serviço expresso que ligaria a região central passando por Tamanduateí, São Caetano, Santo André e Mauá.

Estação São Caetano

A estação São Caetano foi alvo de uma série de ações, dentre elas as obras de acessibilidade da estação que está recebendo investimentos mais generosos por parte da atual gestão.

Dentre as mudanças mais visíveis está a implantação de uma passarela metálica que será dotada de escadas fixas e elevadores. Essa ligação possibilitará com que os passageiros tenham acesso a todas as plataformas de forma acessível. Apesar da implantação da passarela, o saguão subterrâneo continuará sendo utilizado.

Pontos que também estão sendo atacados são as coberturas em concreto das plataformas que serão reformadas. As partes que atualmente estão descobertas deverão receber o complemento de forma a proteger os passageiros das intempéries

As escadas deverão ser remodeladas, assim como as muretas de proteção que dão acesso às plataformas. As mudanças deverão promover melhorias no fluxo de passageiros.

Serão realizadas também melhorias no conjunto de câmeras de segurança (CFTV) e sonorização. Nova iluminação deverá ser implantada adotando lâmpadas LED que são mais eficientes e econômicas.

As plataformas receberão o novo piso de granito que confere maior aderência e menor manutenção. O piso podotátil também está sendo instalado. No geral as plataformas não necessitam de muitos ajustes quanto a regulagem do vão até os trens.

O tamanho das passarelas ajudou bastante na dinâmica da troca de pisos, uma vez que os trens poderiam parar em pontos diferentes da estação facilitando a implantação das melhorias.

A estação São Caetano teve um projeto especial tendo em vista a sua dinâmica. É uma parada inserida em uma região de centralidade onde o fluxo de pessoas embarcando e desembarcando é bastante elevado. 

A quantidade de plataformas existentes na estação pesou de forma positiva para a realização das obras, já que as equipes responsáveis pelas intervenções possuem maior flexibilidade para a realização das tarefas, uma vez que a operação pode alternar as plataformas.

Isso pode evitar uma série de paralisações como as que foram vistas no início das obras de Capuava ou no isolamento das plataformas de Utinga e Prefeito Saladino. São realizadas várias negociações com a operação para permitir mínima interferência.

Um dos principais desafios é o içamento de vigas metálicas da nova passarela. A rede aérea muitas vezes precisa ser desligada para a instalação das partes metálicas. 

Por questões de segurança, toda a passarela é aterrada, assim como todos os elementos metálicos da estação, de forma que todas as estruturas estejam protegidas.

Vagão passarela de São Caetano

A estação São Caetano também ganhou uma melhoria bastante importante que permitiu agilizar o tempo de embarque e de viagem. Trata-se da passarela móvel.

A passarela móvel foi montada por equipes da CPTM utilizando um vagão prancha. Este vagão foi dotado de estruturas metálicas retráteis e resistentes de forma que pudessem propiciar a passagem dos passageiros entre plataformas.

Os vagões originalmente não tinham serventia para a companhia e foram reutilizados para esta função. Ao todo quatro deles estavam disponíveis, sendo dois deles transformados em passarelas.

A passarela móvel passa por um esquema especial de manutenção para que seja garantida a segurança de todos os passageiros. Ele também gera uma ocupação no sistema de sinalização, gerando segurança ao tráfego de trens.

Os vagões são travados através de freios próprios e de calços instalados nas rodas. Se necessário eles podem ser movimentados para qualquer estação.

Estação Capuava

A estação Capuava foi alvo de obras de acessibilidade que foram recentemente entregues pela CPTM. O site fez uma matéria exclusiva dedicada a mostrar os principais pontos dessa reforma.

Estação Capuava (Jean Carlos)

Estação Ribeirão Pires

A estação Ribeirão Pires é tombada pelo patrimônio histórico e não pode sofrer os mesmos níveis de reforma que as demais paradas da Linha 10-Turquesa.

Por esse motivo, está sendo planejada a construção de uma nova estação à norte da atual. Juntamente com a nova estação será realizada a erradicação da passagem em nível da cidade, que atualmente atende apenas pedestres.

A nova estação dotará a cidade de uma passarela acessível, permitindo o cruzamento da via férrea com segurança. Não há previsão para a construção da nova estação.

PN da estação Ribeirão Pires (Jean Carlos)

Estação Rio Grande da Serra

A estação Rio Grande da Serra é a última da Linha 10-Turquesa e deverá também ser reconstruída. Está em curso a elaboração do projeto básico sob responsabilidade da MRS Logística.

Alguns aspectos da estação atual suscitaram questionamentos como a questão da passarela metálica histórica. Ela foi removida para as obras de acessibilidade da estação e não há previsão exata para sua reimplantação.

Rio Grande da Serra foi a primeira a estação da CPTM a receber o novo padrão de comunicação visual que padronizará todo o sistema de transporte sobre trilhos. As demais estações da rede estão sendo atualizadas gradualmente.

Outra questão importante é sobre o funcionamento da passagem em nível. A cancela geralmente costuma funcionar de forma automática quando o trem chega na estação, mas um funcionário precisa realizar a liberação da travessia após o trem partir.

Devido às características do sistema de sinalização implantado, essa mudança ainda ocorre de forma manual. Com a nova estação prevê-se que a utilização da PN diminua drasticamente.

Ainda questionamos a equipe da diretoria de operação sobre a utilização da plataforma 1 da estação. Atualmente ela é plenamente acessível e pode ser utilizada em casos de contingência, quando há necessidade de obras na via ou interrupções não programadas do tráfego.

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2 comments
  1. E a estação de Mauá ?? Nunca será reformada, a estação tinha até um acesso por um Boulevard mas a própria prefeitura está retirando para adequar o novo terminal da cidade , outro questionamento dentro da estação não existe nenhum tipo de acessibilidade, as pessoas com maior grau deficiência, tem que ser carregadas por agentes da empresa terceirizada para acessar as plataforma, diga se passagem que seria construída uma nova estação ao norte da antiga … Mas isso já se faz mais de 1 década nessa promessa.

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