Conheça a estação de “trem bala” na China que movimenta 1 milhão de passageiros em um único dia

Estação ferroviária de Wuhan atende cinco linhas de trens de alta velocidade e tem conexão com três linhas metroviárias
Estação Wuhan transportou mais de 1 milhão de passageiros (Zheng Zhou)
Estação Wuhan transportou mais de 1 milhão de passageiros (Zheng Zhou)

O transporte ferroviário regional é uma das maneiras mais eficientes de deslocamento de longas distâncias nos territórios. Na China, a estratégia adotada tem atraído milhões de pessoas, como é o caso da Estação de Wuhan.

Transportar mais de um milhão de pessoas é um número bastante expressivo para um sistema sobre trilhos. Mas na China esse fato acabou se tornando realidade em apenas uma única estação.

Segundo dados divulgados pela embaixada da China, em apenas um único dia a mega estação transportou 1,074 milhão de pessoas durante o período de feriados no país. Atualmente o local atende a cinco rotas de trens de alta velocidade.

Estação de Wuhan (Soramimi)
Estação de Wuhan (Soramimi)

A cidade também possui grande conectividade com o hub de transporte, com três linhas de metrô diretamente conectadas com a estação de Wuhan.

O complexo, inaugurado em 2009, possui pelo menos 370 mil m² de área e 20 plataformas para embarque.

O setor de ferrovias na China transportou 3,6 bilhões de passageiros em 2023, com recorde diário de 20 milhões de passageiros no dia mais movimentado.

A malha ferroviária do país é composta por 159 mil quilômetros de trilhos. A rede de alta velocidade, a maior do mundo, é composta por 45 mil quilômetros de vias que se concentram, sobretudo, na região leste da China.

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5 comments
      1. Credo, essa lógica é um pouco conformada demais pro meu gosto. Claro que o TIC será bom, mas pro tamanho de SP, e considerando que já tivemos muito mais do que isso, trens mais velozes, enfim… estranho é a pessoa ler a notícia e ainda falar que não precisa de mais aqui, sendo que nem saiu do papel ainda.

  1. TAV Brasil: argumentos prós e contras – André Borges Lopes
    Voltando ao Brasil, uma discussão que eu ainda não vi devidamente colocada, é sobre a real necessidade dessa ligação ferroviária SP-RIO ser realizada por um “trem-bala” de altíssima velocidade (fala-se em 350 km/h), num padrão encontrado hoje apenas nos trens mais velozes do mundo.
    Parte-se da ideia de que, tendo em vista que será construída uma linha férrea inteiramente nova (já que o aproveitamento da obsoleta linha da Central do Brasil é impraticável), deve-se construir uma linha nos melhores padrões internacionais hoje existentes. Mas o fato é que a engenharia, projeto, construção e operação (em boas condições de segurança) dessas linhas especificamente desenhadas para trens de altíssimo desempenho é significativamente mais cara que a construção de uma linha convencional de média velocidade (180-200 km/h), como as que são utilizadas em boa parte das linhas férreas da Europa e Ásia no melhor trem expresso dos EUA (Amtrack Acela Express).
    Um exemplo: a Alemanha tem um dos melhores (se não o melhor) sistemas integrados de trens de passageiros do mundo. Eu já tive oportunidade de conhecer e usar os trens alemães, e eles são excelentes, embora na maior parte das linhas não sejam particularmente velozes.
    Você pode entrar no site da empresa estatal de trens alemã (http://www.deutschebahn.com) e consultar as opções de viagem entre duas grandes cidades – Colonia (Koln) e Munique – distantes 460 km em linha reta, o que deve dar algo próximo a 500 km em linha férrea (um pouco menos que distância estimada para a ligação via TAV de Campinas ao Rio).
    Vantagens sobre o avião.
    1) As estações podem ficar no centro da cidade, subterrâneas se for o caso, e não a 25, 30 km de distância.
    2) Você pode chegar na estação 10 minutos antes de embarcar no trem, com a passagem já comprada pela internet. Retira o ticket de embarque no terminal automático e vai imediatamente para a plataforma carregando suas malas. Não tem fila de check-in, não tem despacho de bagagem, não tem revista e raio X das malas de mão, não tem detector de metais apitando, nem avião mudando de “finger” na última hora, ou ônibus para te levar ao embarque remoto.
    3) Na hora prevista (ou, no máximo, com 5 minutos de atraso) o trem encosta na plataforma. Como você sabe em qual vagão fica o seu lugar marcado, dá para esperar ao lado da porta de embarque. Você sobe com suas malas e vai para o seu assento. Com chuva ou com sol, em 3 a 5 minutos o trem parte, sem reabastecimento, sem aguardar o carregameto das malas, sem taxiar até a cabeceira distante, sem ficar numa fila de aeronaves esperando a vez de decolar.
    4) As “escalas” no meio do caminho são igualmente rápidas. O trem desacelera por 5 minutos, encosta na plataforma e, 3 minutos depois, parte novamente. Mais 5 minutos e ele já está em “velocidade de cruzeiro”.
    5) Ao chegar no destino, você desembarca carregando as malas. Não precisa ficar aguardando vaga no “finger” ou o ônibus para levá-lo ao terminal. Não tem que esperar a mala aparecer (ou não) na esteira rolante. Você anda até a saída da estação e pega o metrô, ou um taxi, ou vai à pé até o seu hotel. Na Europa, há dezenas de hotéis próximos das estações de trem, aliás como costumava haver aqui no Brasil nos tempos áureos das ferrovias.
    6) De quebra, a gente aprende a viajar carregando poucas malas…

    Agora, do nada que nos restou após as privatizações e concessões perdulárias, queremos retomar o transporte ferroviário de passageiros com um trem-bala que fará Europa e Japão se curvarem diante do Brasil. Nessas horas, eu lembro do velho conselho que diz que “O pior inimigo do bom é o ótimo”. Eu gostaria muito de ver uma comparação do tipo Custos x Benefícios entre o Bom e o Ótimo, e não apenas entre o Ótimo e o Nada.

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