Conheça a estação Santa Marcelina da futura Linha 16-Violeta

Localizada próximo ao hospital de mesmo nome na Zona Leste, parada terá demanda de 21 mil passageiros por dia
Nova estação Santa Marcelina transportará ter 21 mil passageiros diários (Jean Carlos)
Nova estação Santa Marcelina transportará ter 21 mil passageiros diários (Jean Carlos)

O projeto diretriz da Linha 16-Violeta revelou uma série de novas informações sobre novas estações que deverão ser construídas na Zona Leste de São Paulo. Neste artigo abordaremos a estação Santa Marcelina

Localização

A primeira alternativa de localização da estação Santa Marcelina seria nas proximidades do Parque do Carmo. Anteriormente a estação receberia o nome deste parque e contaria uma uma estação intermediária no trecho até Jardim Brasília denominada estação Líder.

A baixa ocupação e a proximidade com a zona de amortecimento do Parque do Carmo fizeram o Metrô deslocar a estação 500 metros em direção ao norte.

A estação passou a ser situada nas proximidades da Avenida Líder e das ruas Harry Dannenberg e São Teodoro. O local poderá atender de forma facilitada a Faculdade e Hospital Santa Marcelina.

Localização da estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Demanda

A demanda estimada para a estação Santa Marcelina será de 21,8 mil passageiros por dia. O carregamento no horário de pico nesta estação está estimado em 35,2 mil passageiros, sendo que 4,4 mil embarcarão no sentido Oscar Freire.

Demanda da estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Linhas de ônibus

A região da estação Santa Marcelina é servida por ônibus municipais e intermunicipais. As 21 linhas gerenciadas pela SPTrans atendem as estações Itaquera, Artur Alvim, Penha, Tatuapé e Bresser Mooca.

Os terminais de grande fluxo atendida pelos ônibus municipais são o terminal Vila Carrão e o Parque Dom Pedro II. Em âmbito intermunicipal apenas uma única linha passa pela região.

Linhas de ônibus que passam pela estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Uso e ocupação do solo

O principal foco da estação será atender ao comércio local, bem como à Faculdade e Hospital Santa Marcelina.

Uma das principais barreiras urbanas é o Rio Verde que corta a região de norte a sul. Na margem esquerda o uso é predominantemente residencial e já ao norte, ele é misto.

Na margem direita o uso é mais diversificado com residências horizontais e verticais. Esta área é classificada na lei de zoneamento como ZC (Zona de Centralidade) e ZEUP (Zona Eixo de Estruturação e Transformação Urbana Previsto)

Uso e ocupação do solo na estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Equipamentos urbanos

Os equipamentos urbanos que compõem a região podem ser divididos no seguintes segmentos:

Equipamentos de educação:

  • EE Professora Luzia de Queiroz e Oliveira (618 alunos)
  • EE Professor Quintiliano J. Sitrangulo (1.538 alunos)
  • EMEF Danylo José Fernandes (1.400 alunos)
  • Creche conveniada Monte Carmelo III
  • CEI indireta Casa do Cristo III
  • Faculdade Santa Marcelina

Os principais equipamentos de saúde listados são:

  • Hospital Santa Marcelina (533 leitos)
  • Ambulatório de especialidades AME Santa Marcelina
  • AMA/UBS integrada Cidade Líder

Além disso, o local ainda conta com um ponto para assistência social denominado como Centro para Juventude Santa Marcelina.

A questão da habitação informal também está inclusa na área com destaque para a Favela Miguel Ignácio Curi I, Favela Peniel e a Favela Francisco Munhoz Filhos

Equipamentos urbanos na região da estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Equipamentos urbanos na região da estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Interferências

As interferências para a construção da estação são basicamente duas: a existência de uma adutora e do Rio Verde.

A adutora possui 600 mm de diâmetro e está localizada no eixo da Avenida Líder, sendo necessário posterior remanejamento para a construção da estação.

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O Rio Verde por sua vez é um corpo d’água que corta a região e que deverá necessitar de mais estudos, tanto quanto a questão de drenagem da bacia existente quanto da realização de futuras obras que possam impactar o futuro empreendimento metroviário.

Interferências próximo a estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Interferências próximo a estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Topografia e traçado

A estação Santa Marcelina deverá ser escavada a uma profundidade de aproximadamente 33 metros.

No eixo sentido Cidade Tiradentes a estação encontra um declive de 3% enquanto no sentido Oscar Freire a inclinação é de 1,3%. As plataforma da estação serão laterais.

Topografia e traçado da estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Topografia e traçado da estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Método de escavação

O método de escavação dos túneis neste trecho será o NATM. Neste tipo de escavação é feita a retirada gradual e sequenciada de material do túnel com maquinário para assim receber o reforço estrutural.

Método de escavação na estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Método de escavação na estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Implantação da estação

A estação Santa Marcelina deverá ter uma baixa demanda segundo os parâmetros do Metrô. Atenderá o polo hospitalar da região e também o público lindeiro.

Os estudos estimam que 70% das entradas da estação serão do público local, enquanto o restante deverá ser proveniente do sistema de ônibus.

A estação será construída através de um poço central em um terreno inclinada com desnível de 17 metros. Neste mesmo local deverá ser construída uma estação para a passagem dos trens da Linha 14-Ônix ligando Guarulhos ao ABC.

Método de escavação na estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Método de escavação na estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Poços para escavação de tuneis (Metrô SP)
Poços para escavação de tuneis (Metrô SP)

Devido a este fato, a estação proderá receber um acréscimo de passageiros futuramente. O mezanino deverá ser maior e espaços para acréscimo de escadas rolantes estão previstos.

O projeto da estação prevê também o prolongamento da Rua Santa Marcelina por meio de uma ponte que cruza o Rio Verde. Essa conexão permitirá uma maior integração entre os bairros que poderão se beneficiar dos equipamentos existentes na região.

A estação deverá contar com quatro acessos. Os acessos A1 e A2 compartilham o mesmo lote, sendo situadas na Rua Sebastião Ivo (Acesso A1) e na Avenida Líder (Acesso A2).

Na parte baixa encontram-se os acessos B1 e B2. O acesso B1 se localiza na Avenida Líder, enquanto o acesso B2 se localiza na Avenida Doutor Francisco Munhoz Filho e deverá promover travessia de pedestres em nível na ponte proposta sobre o Rio Verde.

O projeto funcional ainda deverá estudar tópicos adicionais como:

  • Faseamento da obra para desviar o trafego da avenida Doutor Francisco Munhoz filho
  • Criar espaços qualificados para pedestres com arborização do bairro
  • Verificar a cota de inundação do Rio Verde para projetar o mezanino de bloqueios
  • Implantação de baias kiss & ride
  • Implantação de bicicletário e paraciclos
  • Propor área para ponto final de linhas de ônibus
  • Atenção especial com a Área de Preservação Permanente do Rio Verde
Implantação da estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Implantação da estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Desapropriação

A estação Santa Marcelina demandará a desapropriação de 18 imóveis com base no cadastro fiscal, liberando uma área de 7,8 mil m². Deste espaço, a estação deverá consumir 2,8 mil m² de área construída.

Desapropriação para a construção da estação Santa Marcelina (Metrô SP)
Desapropriação para a construção da estação Santa Marcelina (Metrô SP)

Confira também as outras estações da Linha 16-Violeta

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8 comments
    1. É um conteúdo plenamente viável.
      Apesar de não precisar datas, certamente estará no nosso radar.
      Obrigado pela sugestão!

  1. Ha una informação errada….. Na rua Harry Dannenberg, não é uma linha só intermunicipal e sim duas: uma para Ferraz de Vasconcelos e outra para Santo André.

  2. Vocês do Metrocptm poderiam dizer o porquê da região de São Miguel – Itaim Paulista ser esquecida pelo Metrô? Não há projeto?

    1. Dorival, boa noite!

      Até onde temos conhecimento, o Metrô de São Paulo não tem projetos para a região de São Miguel e Itaim Paulista.
      Entretanto, uma nova linha da CPTM deverá atender a região no futuro.
      A Linha 14-Ônix deverá ligar Guarulhos ao ABC passando pela estação São Miguel Paulista. Falamos um pouco sobre este tema neste dois artigos:
      https://www.metrocptm.com.br/linha-14-onix-da-cptm-ganha-novo-tracado/
      https://www.metrocptm.com.br/governo-quer-conceder-a-linha-10-turquesa-e-14-onix-em-um-pacote-unico/

  3. É absurdo em pleno 2023 o Metrô ainda ignorar o formato Y no sentido bairro. Olhe no mapa o quão próximo essas estações desta região vão estar das linhas 3 – Vermelha e 11 – Coral e não terá nenhum tipo de curva para conexão.

    Um exemplo da curva do trajeto por demanda é a Linha 5 – Lilás em Santo Amaro, que na lógica deveria descer direto e reto a avenida João Dias vindo de Capão, mas se curva pro sul pra ir até a estação Santo Amaro.

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