Conheça a Linha 6-Laranja, que deve ser inaugurada em 2020

Veja imagens, dados e informações sobre a nova linha do Metrô de São Paulo que começa a tomar forma
Projeção da estação Santa Marina
Projeção da estação Santa Marina
Projeção da estação Santa Marina
Projeção da estação Santa Marina

Primeira linha de metrô no Brasil a ser construída e operada num regime de PPP plena, a Linha 6-Laranja já está com as obras em andamento desde o começo do ano. Nesta semana, durante a 21ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada pela AEAMESP (Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô) em São Paulo, o consórcio MoveSP, responsável pela nova linha do Metrô paulista, apresentou as principais características do ramal além de imagens e projeções do projeto.

A Linha 6 deve se assemelhar a Linha 4 em vários aspectos. Também usará trens sem condutor, as PSDs (portas de plataforma) assim como o sistema CBTC de controle de trens, que é mais avançado e permite intervalos entre composições de apenas 75 segundos. Com 15,3 km na primeira fase, a linha terá 15 estações sendo três delas integradas a terminais de ônibus. Para dar conta dos 633 mil usuários diários, serão usados 22 trens ainda de fornecedor desconhecido – para efeito de comparação, a Linha Amarela possui hoje 14 trens com previsão de chegar a 29 com a conclusão de todas as estações.

Escavação da estação Freguesia do Ó avança
Escavação da estação Freguesia do Ó avança

Para escavar os 15 km serão usados dois shields, mais conhecidos como tatuzões. Ambos começarão seus trabalhos no poço Tietê, ao lado da marginal, na altura da Avenida Santa Marina. Um deles seguirá na direção noroeste até chegar ao pátio Morro Grande enquanto o outro escavará sentido São Joaquim, passando por bairros como Sumaré, Perdizes, Bela Vista.

A linha também impressiona pela profundidade de suas estações. A mais profunda, Higienópolis-Mackenzie, ficará a 69 metros da superfície em razão da necessidade de passar por baixo da Linha 4, que já é tem profundidade significativa. Santa Marina, Sesc-Pompéia e Perdizes serão as estações mais próximas da rua, com 28 metros de profundidade.

MoveSP já começa a estocar as peças antes mesmo da chegada do tatuzão
MoveSP já começa a estocar as peças antes mesmo da chegada do tatuzão

Fábrica de anéis

A apresentação também dá uma ideia mais clara do andamento das obras. Além do VSE Tietê, onde as escavações já ocorrem há algum tempo, a estação Freguesia do Ó tem um dos poços avançando, como mostram duas fotos no arquivo. Outra frente até então pouco conhecida é a da fábrica de aduelas, instalada em Perus bem ao lado da ligação entre o Rodoanel Oeste e Norte.

A fábrica, que produz os anéis de concreto que serão instalados pelos dois tatuzões, já está funcionando e armazenando os primeiros conjuntos que devem começar a ser usados a partir do ano que vem. Segundo a MoveSP, o primeiro shield chegará no final deste ano ao Brasil enquanto o segundo será entregue no início de 2016.

O pátio Morro Grande, onde haverá a manutenção dos trens
O pátio Morro Grande, onde haverá a manutenção dos trens

A pressa em aumentar o ritmo da gigantesca obra tem uma razão: a concessionária só poderá receber pelo serviço com ao menos um trecho ligado à rede metroferroviária. Para a MoveSP, a linha será inaugurada por inteiro em 2020. Será, portanto, uma prova de fogo para o modelo de PPP plena. Se der certo, passará a ser uma referência para futuros projetos. Caso contrário, a certeza de que no Brasil os problemas burocráticos e gestão conseguem inviabilizar qualquer tentativa de evolução.

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