A ViaQuatro promoveu uma nova edição do programa Cliente do Amanhã com adolescentes atendidos pela ONG Estrela Nova. Durante a visita, os jovens tiveram a oportunidade de conhecer os bastidores da operação da Linha 4-Amarela de metrô. Reportagem do site acompanhou a experiência e relata a seguir como foi o evento.
A chegada dos jovens ocorreu por volta das 13h30. O grupo de 10 adolescentes foi recepcionado por funcionários da ViaQuatro e separado em duas turmas de 5 pessoas. Todos se deslocaram para o interior da estação Vila Sônia onde foram expostos alguns projetos e campanhas realizadas pela concessionária.
Ainda na estação os adolescentes visitaram o mural “Ideias tem o poder de alegrar um coração”, onde estavam expostos desenhos produzidos pelos próprios jovens. A ideia aqui é passar uma mensagem positiva relacionada a temas como tolerância, diversidade e respeito.
Após a passagem pelo mural os visitantes foram deslocados para o Pátio Vila Sônia onde estava localizado o simulador de trens utilizado pela ViaQuatro para o treinamento de seus funcionários.
O Simulador de Trens
Assim como o simulador de trens na escola ferroviária da CPTM, o equipamento da ViaQuatro possui um posto para o operador, um posto para o instrutor e uma série de telas onde os alunos podem acompanhar as ações executadas.
Os adolescentes tiveram a oportunidade de conduzir trens em determinados trechos e terem uma experiência de como é ser maquinista. O site também teve a oportunidade de conhecer de perto o equipamento e todos os seus diferenciais.
O simulador de trens da Linha 4-Amarela foi construido pela empresa espanhola Lander, especializada na fabricação deste tipo de equipamento, bem como no desenvolvimento dos softwares para emulação da operação ferroviária.
O posto onde o aluno realiza a operação é semelhante a um trem da Série 400 fase 1, fabricados na Coreia do Sul e que foram os primeiros a operar na Linha 4-Amarela. O console do trem fica embutido dentro de compartimentos, de tal forma que é necessário realizar a remoção de uma tampa de proteção para acessar os comandos principais.
O trem da ViaQuatro foi construído pela Hyundai-Rotem, mesma empresa que fabricou os trens da Série 9500 da CPTM que operam nas Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa. A interface de informações é bastante semelhante entre ambos os trens.
Durante a simulação existem dois modos de condução. O modo automático é o principal e utilizado com maior frequência na Linha 4-Amarela. Neste caso os trens são comandados automaticamente pelo sistema de sinalização CBTC.
O modo manual pode ser utilizado em situações específicas como em emergências e durante operações sem a presença do sistema de sinalização. Nos primeiros dias de operação da estação Vila Sonia os trens foram comandados em modo manual, sendo que neste caso a velocidade é limitada a 30 km/h.
Durante os exercícios realizados, o treinando pode se deparar com diversos cenários operacionais que podem ocorrer em situações reais. É possível simular ocorrências como a presença de pessoas na via, defeitos no trem e até mesmo operação de reboque e manobra.
O simulador também conta com uma segunda tela na parte traseira do equipamento que permite realizar intervenções nos equipamentos do trem. Neste sentido o treinando pode realizar atuações no sistema de portas, armários de disjuntores, equipamentos pneumáticos, etc.
O treinamento de um funcionário da ViaQuatro leva em média quatro dias. Durante este período são fornecidos treinamentos teóricos, práticos e uma prova. Apesar do curto período de treinamento, todos os agentes de estação passam por até dez ciclos de atividades ao longo do ano, sendo quatro simulados e seis com um trem real.
Na última etapa da visita os adolescentes tiveram a oportunidade de conhecer a sala do Centro de Controle Operacional (CCO) onde as atividades de operação, manutenção e gestão são realizadas. O centro de controle operacional é dividido em partes distintas que englobam gestão de segurança operacional, controle do tráfego e centro de manutenção.
Apesar de uma operação totalmente automatizada, o fator humano é uma variável a ser considerada nas atividades do centro de controle, uma vez que ocorrências operacionais podem gerar situações fora da rotina, o que exige pronto atendimento para a normalização da operação.