Consórcio Temoinsa-Sifang vence concorrência para fornecer trens da Linha 13

Fabricante chinês produzirá em parceria com empresa brasileira oito composições destinadas à linha da CPTM que ligará o Aeroporto de Guarulhos
Trem do Metrô de Ghangzhou: Sifang vai estrear no Brasil (foto: Nissangeniss)
Trem do Metrô de Ghangzhou: Sifang vai estrear no Brasil (foto: Nissangeniss)
Trem do Metrô de Ghangzhou: Sifang vai estrear no Brasil (foto: Nissangeniss)
Trem do Metrô de Ghangzhou: Sifang vai estrear no Brasil (foto: Nissangeniss)

A CPTM, enfim, divulgou na quinta-feira, 29, o vencedor da concorrência internacional para fornecimento de oito trens para a Linha 13-Jade. E a surpresa é que pela primeira vez São Paulo terá trens de origem chinesa circulando na rede metroferroviária. O consórcio Temoinsa-Sifang fez a proposta mais barata: R$ 316,7 milhões, contra R$ 326,1 milhões da Hyundai Rotem e R$ 396,7 milhões da CAF, ou seja, 25% a mais que o concorrente vencedor.

As oito composições deverão ser entregues a partir de 2019 e operarão na nova linha da CPTM que ligará o Aeroporto de Guarulhos ao restante das linhas. Eles serão semelhantes ao trens mais novos da empresa, com passagem livre entre os vagões, ar-condicionado e câmeras de monitoramento, porém, virão equipados com bagageiros para dar conta das malas de passageiros vindos do terminal aéreo.

A licitação dos trens havia sido concluída em maio, porém, por conta do financiamento externo, todo o processo precisou ser repassado ao Banco Europeu de Investimento que apenas recentemente deu aval ao certame.

Azarão

Não é a primeira vez que a Sifang tenta vender trens no Brasil. Em 2009 a empresa participou da licitação de 30 trens para a Supervia no Rio, porém, perdeu para sua conterrânea CNR na época. No exterior, a empresa forneceu trens para o metrô de Chicago e também construiu e opera linhas de trem bala na China. Recentemente, a CSR Sifang foi incorporada pela CRRC, que reúne também a CNR, fornecedora dos trens do Metrô do Rio. O grupo também vendeu composições para o Ferrocarril Mitre, de Buenos Aires.

Já a Temoinsa faz parte do consórcio que venceu uma licitação da CPTM para manutenção de 96 trens, mas que foi cancelada pela empresa após suspeitas de favorecimento apontadas pelo Ministério Público.

O consórcio derrotou  não apenas a Hyundai Rotem, que havia vencido parte da licitação anterior da CPTM e que está instalada no Brasil, como também a espanhola CAF, que é hoje a base da frota de trens da empresa de trens metropolitanos.

Ferrocarril Mitre, de Buenos Aires

 

 

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1 comment
  1. Quem diria!
    Vamos ter os “Dragões Chineses” da Sifang correndo na Linha 13 – Jade da CPTM!

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