Uma curta nota na seção Painel do jornal Folha de São Paulo deste sábado (18) dá pistas sobre a saída que o Metrô encontrou para resolver mais um impasse na Linha 17-Ouro, na Zona Sul de São Paulo. Afetada pela rescisão de contratos com os consórcios vencedores da licitação, a linha está em ritmo lento há meses e com muitas frentes de trabalho paralisadas.
Mas, segundo a Folha, o maior gargalo da obra deve ser resolvido em breve: o pátio de manutenção Água Espraiada, que ficará em cima do piscinão da avenida Roberto Marinho, deve ser assumido pelo consórcio TIDP. Formado pelas empresas TIISA e DP Barros, o consórcio já é responsável por sete estações da linha, únicos canteiros que estão ativos no momento.
O TIDP já havia assumido meses atrás as obras de três estações do Lote 1, que antes estavam com a Andrade Gutierrez e CR Almeida, também vencedoras da obra do pátio. As estações, inclusive, tiveram os trabalhos retomados nesta semana.
O que não fica claro na informação é que o TIDP não teria participado da licitação do pátio e, em tese, não poderia assumir a obra mesmo aceitando o valor oferecido pela Andrade Gutierrez e CR Almeida, o que fez no caso da estações, onde participou efetivamente do certame.
Do outro lado do Rio
Caso isso se confirme, faltará ainda resolver a questão do restante das obras civis das vias. A última informação que circulou no mercado é que o consórcio Monotrilho Integração teria entrado em acordo com o Metrô para produzir as últimas vigas-trilho do trecho, mas o içamento delas e de outras que estão prontas deveria ser objeto de nova licitação – a parte de sistemas e dos trens foi assumida pela Scomi recentemente.
De toda forma, a Linha 17 já acumula atrasos que colocam em xeque a inauguração ainda na gestão Alckmin, que se encerra no final de 2018. Coincidentemente, nesta semana o Metrô requereu a licença ambiental de instalação de dois trechos da fase 2 da linha.
Ela compreende a travessia do Rio Pinheiro na altura da Chácara Santo Antonio, a passagem pela região do Cemitério do Morumbi e o término em Paraisópolis e, caso concedida pela Cetesb, permite que os canteiros sejam instalados.
Questionada, a assessoria do Metrô disse ao blog que se trata apenas de formalidade. Não há, por enquanto, planos de retomar essa fase enquanto não se resolvem os problemas com desapropriações do cemitério, da avenida Perimetral e de dois empreendimentos que serão afetados pela passagem do monotrilho.