O Metrô de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (11) que a empresa Constran Internacional será responsável por concluir as obras remanescentes da Linha 17-Ouro, abandonadas pelo consórcio Monotrilho Integração, além de outros serviços complementares nas estações.
A construtora havia feito a menor oferta na licitação de número 10014517 durante o leilão no dia 16 de agosto, mas aguardava a conferência dos documentos exigidos para sua habilitação. A partir de agora, o contrato será preparado para assinatura do Metrô e da empresa e posteriormente será emitida a ordem de serviço que dará início formal às obras.
Durante o certame, a Constran pediu R$ 494,9 milhões para executar os serviços que envolvem a execução das obras civis ainda não concluídas, acabamento, paisagismo, comunicação visual e instalações hidráulicas nas estações Congonhas, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e no Pátio Água Espraiada – a estação Morumbi não está incluída por fazer parte de outro contrato recente.
A construtora também será responsável por implantar uma ciclovia no trecho da avenida Roberto Marinho além de fazer seu recapeamento e construir um um centro comunitário e esportivo para o lugar do espaço que existia dentro do piscinão onde hoje está o pátio. Mas é a fabricação e o lançamento das vigas-trilho que está um dos pontos mais importantes do trabalho. Atualmente a linha está sem esses elementos dentro do pátio e também no trecho da Marginal Pinheiros, de difícil acesso.
Apesar da homologação, ainda é possível que outros participantes entre com recursos para impedir a assinatura do contrato. A Constran faz parte do grupo UTC, que foi alvo da operação Lava Jato e é um dos sócios da Move São Paulo, concessionária que deveria ter construído e operado a Linha 6-Laranja. A empresa tem longo histório de obras com o Metrô desde a Linha 1-Azul na década de 70.
Conclusão em 2022
Nos documentos da licitação, o Metrô fornece um cronograma com todos os serviços a serem executados pela empresa baseados na data da ordem de serviço. As metas com o prazo mais longo envolvem trabalhos secundários como o paisagismo do pátio e do centro comunitário e esportivo cuja entrega deverá ocorrer em até 870 dias, cerca de 2 anos de 5 meses. Se a Constran iniciar seus serviços ainda em 2019 eles deverão estar concluídos em meados de 2022, data que coincide com as previsões de entrega dos trens e sistemas, caso não surjam imprevistos.
Os prazos relacionados às estações são mais curtos, com previsão entre seis a dez meses aproximadamente. Já outras tarefas são mais complexas como o enterramento das redes aéreas (540 dias), a instalação das vigas-trilho no pátio (420 dias) e de passarelas de emergência (480 dias), mas em termos gerais, a empresa deverá ter concluído as principais etapas no primeiro ano do contrato.
Agora os holofotes se voltam para outra licitação, a que escolherá a empresa que fornecerá os sistemas e os trens de monotrilho e cujo certame ocorrerá na próxima terça-feira, 17 de setembro. São eles que devem determinar de fato quando será possível vislumbrar uma data de inauguração da Linha 17-Ouro e que será operada pela ViaMobilidade.
É serio que ai assumir uma empresa da UTC, um das empreiteiras clássicas nos grupos de corrupção