O Metrô considerou a licitação de construção de 60 moradias populares para famílias afetadas pela passagem da Linha 15-Prata como fracassada nesta terça-feira, 30.
A decisão ocorreu mais de dois meses após a companhia não ter conseguido convencer o Consórcio ESB Vila Prudente (SAP Engenharia, Engibras e Benito Roggio) a reduzir sua proposta de R$ 27,5 milhões para R$ 22 milhões.
A concorrente tinha oferecido o maior valor na licitação, muito acima dos demais participantes e acima do orçamento do Metrô.
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“Honrados pela oportunidade de participar deste processo, mas considerando toda a responsabilidade com a perfeita entrega deste empreendimento, respeitosamente vimos, por meio desta, informar que, apesar de nosso empenho, o desconto solicitado se mostra impraticável”, afirmou o consórcio em carta à comissão de licitação.
Retirada de moradores do trajeto do monotrilho
A ideia de buscar uma solução mais simples e rápida para acomodar as famílias que serão afetadas pelo trajeto da Linha 15-Prata até Ipiranga foi proposta na gestão do ex-presidente do Metrô, Silvani Pereira.
O caminho normal é repassar a tarefa à CDHU ou a Prefeitura de São Paulo, mas o processo costuma ser lento e complicado.
Como tem um terreno disponível na Rua Tomás Izzo, a cerca de 500 metros da Favela de Vila Prudente, onde passará a via do monotrilho, a companhia resolver contratar ela própria uma empresa para construir as moradias.
O certame, no entanto, acabou tendo a participação de quatro concorrentes, dois deles desclassificados inicialmente um terceiro afastado após não comprovar experiência nesse tipo de trabalho.
O Consórcio ESB, por outro lado, era o único que reunia empresas já habitudas a prestar serviços para o Metrô, porém, o valor ficou muito acima do previsto, com um custo unitário por moradia de cerca de R$ 460 mil.
Resta saber qual será o caminho proposto pelo Metrô com o fim da licitação original. A empresa pode reformular o edital e lançá-lo novamente ou então repassar esse trabalho a outros órgãos do governo.
Para os moradores afetados, a solução pode ser o pagamento de aluguel provisório até que as novas residências fiquem prontas.
Incrível como esse país é atrasado, primeiro que o governo não propicia um ambiente favorável ao empreendedorismo e ao mercado de trabalho, por isso tanta pobreza. Outra questão é que simplesmente o governo não está preparado para lidar com invasões de terras e a criação dessas favelas, depois o próprio governo tem que readequar essas áreas que sequer deveriam estar ocupadas. Enquanto isso não mudar vamos seguir sendo um país subdesenvolvido e sem perspectiva de melhora…
Ontem teve o anúncio do fracasso do certame da linha 20 rosa, antes o fracasso da compra das 44 composições e hoje mais um impasse do metrô, este ano, infelizmente, 2024 está marcado por estagnação.
367 mil por unidade de casa popular, considerando os 22 mi que o metrô se dispõe a pagar (e isso porque o terreno é grátis). Aham.
É só o Metrô deixar de ser “orgulhoso” e deixar esse trabalho para a CDHU.
é rdiculo o quanto essas licitações são mau feitas e estupidas, essa de ficar indo atrás da mais barata só da problema, tem que pegar um serviço barato? sim mas tem que ser bom tbm, adianta nada pagar menos e depois ter que gastar o dobro pra arrumar a besteira da empresa, ditado classico ” o barato sai caro”, melhor pagar mais e ter um serviço descente.
Deveriam desapropriar a favela toda e construir habitação pra todos. Dificilmente haverá oportunidade mais propícia que essa, se bem que nem 60 casas eles conseguem entregar…
A iniciativa do metrô é louvável, porém o valor por cada unidade parece não se justificar (quase meio milhão por uma moradia popular?). Tomara que enecontrem uma saída que contemple os interesses do metrô e dos moradores