Contrato do Trem Intercidades abre margem para cobrança de tarifa por distância percorrida

Cláusula contratual poderá incluir a instalação de bloqueios na saída das estações. Modelo seria adotado na Linha 7-Rubi e no TIM
Bloqueios de saída poderão cobrar tarifa (Jean Carlos)
Bloqueios de saída poderão cobrar tarifa (Jean Carlos)

Após a publicação do edital do Trem Intercidades no final do mês de março, novas informações sobre o projeto foram reveladas. Uma delas abarca o sistema de bilhetagem que poderá adotar, no futuro, um modelo de cobrança diferenciado.

Na minuta de contrato, na cláusula 49.10, são citados os investimentos contingentes que são acionados pelo governo do estado. Um destes investimentos é a expansão do TIC até Americana.

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Porém, dois itens chamam bastante atenção e estão atrelados à bilhetagem. O item ii. menciona novos investimentos em hardware e software em função de possíveis modificações no sistema de arrecadação.

Essa modificação é natural e pode ocorrer dentro dos 30 anos de contrato. Ao longo dos últimos anos foi possível ver a adoção de novos métodos de pagamento como o QR Code e o uso de cartões de débito e crédito, mesmo que de forma muito mais lenta do que o esperado.

O que deve entrar em destaque é uma reformulação ampla no método de pagamento no sistema metroferroviário. O item iii. cita a seguinte possibilidade:

“(iii) novos investimentos para implantação de bloqueios para leitura dos TÍTULOS DE VIAGEM na saída de estações, para permitir a tarifação dos PASSAGEIROS em função de distâncias percorridas, ou outro modelo tarifário a ser implantado”.

 

Bloqueios com leitores podem ser adotados na saídas das estações (Jean Carlos)
Bloqueios com leitores podem ser adotados na saídas das estações (Jean Carlos)

Em suma, o governo do estado abre a possiblidade de ocorrer uma alteração do modelo de tarifa no sistema sobre trilhos. Em vez de uma tarifa fixa de R$ 4,40, o passageiro pode vir a pagar pelas distâncias percorridas.

O item ainda cita a possibilidade de outro modelo tarifário, mas não especificado. Isso pode indicar que, até certo ponto, estudos estão sendo realizados neste sentido.

A temática da tarifa por distância percorrida por si só seria alvo de grandes discussões, ainda mais levando em conta as condições socioeconômicas da região metropolitana, onde a população de menor renda tende a ficar mais afastada dos polos de emprego, educação e lazer.

No entanto, trata-se do modelo mais comum em sistemas mundo afora, por ser mais justo ao estipular o custo da viagem diante do trecho usufruído. Por conta disso, é preciso validar a entrada e saída no sistema de bilhetagem, de forma a calcular o trajeto total.

Apesar de ser apenas uma vaga possibilidade, é importante que isso seja previsto em contrato, dependendo de mudanças futuras na rede de transporte.

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  1. Tipo, com a (tentativa de) desmantelação da CPTM imagino que uma das ideias era justamente fazer a cobrança por distância percorrida, algo que na verdade é comum em alguns países, só que problemático para cobrança.

    Eu não acharia errado que se existir o TIC no modo “baldeação”, que as tarifas entre Campinas – Jundiaí sejam diferentes das tarifas Jundiaí – RMSP. Até aí, tudo ok.

    Só que para o modelo que temos hoje, só analisar quando por exemplo o Expresso Aeroporto cobrava tarifa à parte, depois sendo integrado ao sistema sem cobrança adicional.

    O sistema de transportes sobre trilhos em São Paulo é algo essencial e quaisquer modificação tarifária teria um problema mais para toda a cadeia empresarial do que eles mesmos pensam que não seriam atingidos.

    Lembrando que antes da CPTM, as tarifas entre serviços ferroviários eram cobrados de forma segregada mesma, por linha. As linhas por operadoras (CBTU, Fepasa, Metrô) tinham suas integrações internas, mas a transferência entre serviços tinha custos (poderia pagar uma tarifa diferenciada por integração, diga-se).

    A mudança para a CPTM e a integração tarifária mudou toda a dinâmica da RMSP, se pararem para pensar, bem para melhor.

  2. Bloqueios nas saídas eu acho que seria uma forma interessante de controlar os trajetos mais utilizados, onde sobe mais gente, desce mais gente. Como uma pesquisa origem destino contínua, a fim de direcionar investimentos e melhorias. Agora cobrar por distância não é uma boa para nós. Mas logo logo será necessário que paguemos mais mesmo, haja vista que a CCR vai receber a cada transferência que fizermos, conforme o modelo de concessão por linhas individuais.

  3. Seria justo se transporte público não tivesse função social.

    Na Europa e em outros paises, geralmente os subúrbios é onde moram as famílias com melhores rendas e os mais pobres na região central. Aqui no Brasil é diferente. Então fazer esse tipo de cobrança penaliza ainda mais o cidadão.

    Mas eu não duvido nada. Para nossos governantes e as empresas que fazem forte lobby querendo abocanhar todo o dinheiro público, eu não duvido nada.

    1. Pelo visto o tal João não conseguiu passar no concurso e acha justo prejudicar a população toda por causa do ego ferido.
      A exemplo da tarifa acima de R$6 que está sendo repassada pro grupo CCR, seja direta ou indiretamente a população vai pagar mais caro pelo serviço! O transporte sobre trilhos aqui tem antes de tudo função social, e vale lembrar que o caso do Brasil, e mais precisamente do estado de SP precisa ser estudado aquém dos modelos de tarifa de outros países, porque a distribuição geográfica e os padrões de deslocamento dos usuários (e potenciais clientes deste futuro serviço se implantado) são diferentes. Antes de tudo, também, é importante que o serviço EXISTA, e considerar que a sua implantação e operação exigiriam investimentos altíssimos e competência operacional. E a verdade é que as concessões têm se mostrado incapazes em realizar estes investimentos e oferecer um serviço seguro e de qualidade; sequer têm sido cumpridos os contratos firmados entre estado e empresa privada (vide casos da Supervia e Viamobilidade, por exemplo).

  4. Votei no Tarcísio e por enquanto só noticias boas! Tem q privatizar tudo!! Trabalho no ramo ferroviário e vejo de perto a mamata que é ser funcionario publico da CPTM.
    Só progresso!

    1. Joao disse:
      12 de abril de 2023 às 07:28
      Votei no Tarcísio e por enquanto só noticias boas! Tem q privatizar tudo!! Trabalho no ramo ferroviário e vejo de perto a mamata que é ser funcionario publico da CPTM.
      Só progresso
      ***********************
      Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      João , você deveria ESTUDAR MAIS, inclusive para passar nos concursos 👍 e parar de escrever MENTIRAS sobre quem trabalha na CPTM!
      E quando você estiver pagando R$ 10,00 no valor do transporte, vai chorar 😭 se dizendo que foi enganado.

  5. Impressionante! De repente aparece até bostonazista dizendo que trabalha na CPTM e que por lá o povo vive na mamata. Nada mais falso que o próprio criador da mentira!

    Companheiros, tenhamos orgulho de ter a nossa profissão como das mais admiradas! É um prazer inestimável ver uma criança em festa quando o trem chega na plataforma, ou alguém agradecendo por simplesmente fazermos o nosso trabalho, sempre dando o nosso melhor!

    Um grande abraço a todos os ferroviários e metroviários!
    Vocês são essenciais para o crescimento do estado! Orgulhe-se disso!

  6. É de se causar espanto a falta de lucidez comentários dizendo ser ferroviário e que funcionário público da CPTM possui benesses, se tratando obviamente de falácias!
    Com relação ao governador paraquedista Tarcísio recentemente esteve reunido em Brasília junto com o presidente eleito para reivindicar entre outras obras de mobilidade de Metrô, para Guarulhos e o ABC além do TIC, junto com o senador Astronauta vendedor de travesseiros da NASA Marcos Pontes indicado pelo presidente derrotado que já se juntou com Rodrigo Garcia discípulo do Dória, não fez absolutamente nada de relevante por São Paulo enquanto foi Ministro dos Transportes em passado recente, duas das pontes construídas às pressas na sua gestão na região Amazônica já desabaram, e com relação a São Paulo embora esteja colocado em primeiro lugar com ~31,2% da arrecadação nacional, ficou colocado em último lugar dos 27 estados em investimentos e nem completou o desvio nos dois viadutos prontos na Rio Santos na região do Litoral Norte local das últimas catástrofes que poderia ser minimizada neste momento, boicotando o estado de forma despudorada e acintosa e será um governante maquiado com muitas promessas inexequíveis e nenhuma realização inclusive com a revitalização e expansão das ferrovias paulistas de cargas e já falou que vai manter o projeto do BRT para a Linha 18-Bronze, mesmo em seu estado de origem que possui o número maior que São Paulo deseja extingui-los, enquanto isto lá já decidiram que substituíram tudo por VLT, de acordo com o plano da Prefeitura do Rio de Janeiro de expandir o sistema de VLT na cidade.
    Com relação ao governador paraquedista Tarcísio recentemente esteve reunido em Brasília junto com o presidente eleito para reivindicar entre outras obras de mobilidade de Metrô, para Guarulhos e o ABC além do TIC, junto com o senador Astronauta vendedor de travesseiros da NASA Marcos Pontes indicado pelo presidente derrotado que já se juntou com Rodrigo Garcia discípulo do Dória, não fez absolutamente nada de relevante por São Paulo enquanto foi Ministro dos Transportes em passado recente, duas das pontes construídas às pressas na sua gestão na região Amazônica já desabaram, e com relação a São Paulo embora esteja colocado em primeiro lugar com ~31,2% da arrecadação nacional, ficou colocado em último lugar dos 27 estados em investimentos e nem completou o desvio nos dois viadutos prontos na Rio Santos na região do Litoral Norte local das últimas catástrofes que poderia ser minimizada neste momento, boicotando o estado de forma despudorada e acintosa e será um governante maquiado com muitas promessas inexequíveis e nenhuma realização inclusive com a revitalização e expansão das ferrovias paulistas de cargas e já falou que vai manter o projeto do BRT para a Linha 18-Bronze, mesmo em seu estado de origem que possui o número maior que São Paulo deseja extingui-los, enquanto isto lá já decidiram que substituíram tudo por VLT, de acordo com o plano da Prefeitura do Rio de Janeiro de expandir o sistema de VLT na cidade.

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