O leilão realizado pela CPTM nesta quarta-feira, 11, tinha como objetivo permitir que vagões da Série 1700, desativada no ano passado, pudessem ser arrematados por colecionadores ou empresas interessadas em transformá-los em algum tipo de projeto temático. Mas, infelizmente, tudo leva a crer que o vencedor dos cinco lotes oferecidos (com um vagão em cada) transformará os carros em sucata.
O certame online foi encerrado há pouco e arrecadou um total de R$ 268.500 para a CPTM (incluído a comissão do site), um ágio de 32,4% em relação ao lance inicial, de R$ 40.550 por vagão (R$ 202.750). Ou seja, a companhia conseguiu uma receita extra de R$ 62.750, indicando que o formato de lotes individuais por vagões foi muito mais bem sucedido que o do leilão realizado em setembro.
Naquela ocasião, nada menos que 71 vagões das séries 4400 e 1700 foram leiloados como sucata num lote único e que não teve nenhum lance, resultando numa receita de R$ 2,9 milhões para a companhia.
A sessão desta quarta-feira foi frenética em alguns dos lotes. O carro A705, por exemplo, recebeu nada menos que 46 lances culminando com um preço final de R$ 70.500, quase R$ 30 mil a mais do que o valor inicial. O vencedor, identificado apenas pelo código L16H446, também venceu os outros quatro lotes com lances no fechamento do certame.
Embora não seja possível afirmar categoricamente que o destino dos cinco vagões seja a sucata, fato é que o mesmo participante arrematou um pequeno lote de materiais inservíveis por R$ 1.025, indicando que não se trata de algum interessado em preservar os carros fabricados em 1987. Outro aspecto que reforça essa impressão é que dificilmente haveria interesse em levar todos os vagões se o objetivo fosse outro que não vendê-los por peso para reciclagem.
Se for esse mesmo o destino dos Série 1700 é algo a se lamentar, porém, a decisão de abrir o leilão para outros tipos de interessados se mostrou correta. Quem sabe em futuros certames seja possível resgatar alguns desses trens da destruição.
… penso que se a intenção da CPTM, fosse de fato “preservar alguns exemplares desta série”, ela mesma teria guardado ao menos um carro. Ou então, teria disponibilizado ao menos um, em forma de doação, para algum museu e ou entidade preservacionista.
Enfim, os Trens agora são do “novo dono”. Que poderá “picotar” os mesmos, ou não…
“Talvez revenda mais caro, a possíveis interessados, em um exemplar?!… quem sabe?!…”
Enfim, honestamente, NÃO vi a menor vontade por parte da CPTM, em preservar exemplares, ou ao menos um, desta série MAFERSA 700/1700.
O FOCO SE MOSTROU NA ARRECADAÇÃO ($$$)!